Capítulo 1: Como tudo começou....

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Dia 0 antes do início do Apocalipse. Horário: 09:23.

Algumas horas antes do início de tudo.

     Manuella havia acabado de levantar da cama e desceu para a sala. Olhou ao redor e não viu ninguém em casa, se sentou no sofá e ligou a televisão porém todos os canais estavam sem sinal. Deu de ombros por não poder ver nada e se levantou indo para a cozinha parando no meio do caminho para se olhar no espelho. Manuella era uma garota de porte médio que usava óculos e era a típica menina carioca, pode parecer indefesa mas com certeza não é. Puxou um pouco os cabelos e ajeitou os óculos voltando a caminhar em direção a cozinha. Assim que chegou lá e abriu a geladeira alguma coisa grande vinha atrás dela sorrateiramente e quando se aproximou...fez cócegas na barriga dela?!

-- Guilherme seu miserável!!-- Manu gritou dando uns tapas nele enquanto o amigo dele ria daquilo. -- Como foi que entrou aqui?

-- A porta tava aberta...-- Guilherme se recompôs.

-- Que estranho...aliás, curti a roupa nova.-- Disse Manu pegando uma caneca de café.

     Guilherme era um garoto alto, moreno e frio, mas era fachada porque ele era mais mole que garota apaixonada, a maior surpresa foi ele estar usando uma blusa de manga comprida e apertada de cor vermelha e com gola v ao invés da suas habituais roupas pretas. Guilherme foi e se sentou na mesa que ficava na parede perto da passagem para a sala.

-- Viu que aqueles infectados do novo vírus fugiram da quarentena?-- o mesmo falou após se sentar.

-- Não vi o jornal tem um tempo. O sinal de TV caiu.-- botou um pouco de café na caneca e bebericou.

-- Que estranho. Também não vi muita gente nas ruas...muito menos algum parente meu.-- Guilherme retrucou.

-- Eu também. Desci do quarto e não vi ninguém aqui em casa.-- Manu colocou a caneca encima da mesa.

     De repente um barulho alto ecoou na rua. Os dois se levantaram e olharam pela janela vendo um homem mancando segurando o braço direito que estava escorrendo sangue enquanto gritava em pânico:

-- Ele me mordeu! Aquele mendigo me mordeu!!

     Então o dito mendigo surgiu de repente correndo atrás dele e ambos desceram a rua correndo.

-- Espero que isso não atrapalhe a festa que vai rolar mais tarde...-- Manu parecia indiferente com o que acabara de presenciar.

-- Espera...você não se importa nem um pouco com o que acabou de ver? Aquele mendigo parecia um dos cara que fugiram da quarentena e você quer ir pra festa? Acho melhor ficar em casa...-- Guilherme saiu de perto da janela.

-- Tá bom...-- Manu falou revirando os olhos.

-- Ótimo...agora tenho que ir. Vou resolver umas coisas e mais tarde venho aqui de novo.-- Guilherme disse e um tempinho depois saiu da casa de Manuella.

     Manu logo subiu de novo e ficou deitada por horas na cama pensando se ia ou não na festa. Assim que deu umas 20:00hrs Manu desceu novamente e começou a se aprontar.

-- Nem ferrando que eu perco essa resenha-- Disse antes de começar a tomar banho.

     Após tomar banho Manuella logo se ajeitou toda e saiu de casa. Enquanto caminhava até a festa pode notar que não havia ninguém nas ruas, a cidade estava em silêncio. Mas Manu parecia não ligar para aquilo e continuo caminhando. Assim que terminou a caminhada de 10 minutos até a festa chegou na rua onde o evento aconteceria e viu que lá estava movimentado. Assim que deu um passo em direção até começou uma carnificina. Pessoas começaram a aparecer e morder umas às outras enquanto Manu ficava paralisada olhando. Então quatro desses "infectados" com as roupas rasgadas e banhadas em sangue começaram a cercar ela.

-- Droga..-- ela fechou os olhos.

    De repente um carro apareceu e atropelou dois dos infectados e parou a dois metros de Manuella. A porta do banco do carona se abriu e Guilherme gritou:

-- Vem!

     Sem hesitar, Manu começou a correr por sua vida em direção ao carro.

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