As Dez Regras do Apocɑlipse

Capítulo 6: Emboscada ( Part. 1)

Dia 1 após o início do Apocalipse. Horário: 07:02.

     Já fazia cinco horas que eu estava acordada e não aguentava mais. Ficava sentada apoiada a roda traseira do Mustang com a M4A1 ficava no meu colo enquanto os outros dormiam exceto Maryanna. Aproveitei o momento para olhar cada um..Guilherme vocês já sabem como é, Heloisa é uma baixinha morena e exatamente a minha cara se tirasse os óculos; Arthur era baixo e branco com cabelo loiro porque aquilo parecia uma calopsita; Gabryel era a coisa mais fofinha do mundo em meio ao Apocalipse, baixinho, moreno e inteligente; Por último mas não menos importante vem Maryanna, a cantora do grupo. Tamanho normal, cabelo enrolado e sempre com o violão na mão ao invés de uma arma diferenciam aquela morena de todos daquele grupo. Assim que olhei para cada um acabei caindo no sono por uns quinze minutos até Guilherme me acordar. Assim que todos levantaram e nos preparamos para partir veio mais um problema na conta. Tinha peso demais na van e ela mal estava andando.

-- O que faremos agora?-- Arthur disse descendo da van.

-- Temos que tirar algo da van. Óbvio né?-- eu falei.

-- Mas aonde levaríamos isso tudo?-- Heloisa apareceu na janela do carona.

-- Peguem outro carro...-- Guilherme bufou e desceu do Mustang.

     Ele logo foi para perto de um Doblô cinza e deu um tiro no vidro do lado do banco do motorista destrancando o carro. Após isso ele tirou os cacos do vidro do banco e arrancou o painel de baixo do volante junto com dois fios, um azul e outro vermelho.

-- Obrigado Deus por filmes de assalto..-- Guilherme fez ligação direta no carro e garantiu que os fios não se soltariam.

     O mesmo então saiu do Doblô e Maryanna se sentou no banco do motorista. Depois disso passamos um caixote de comida e duas bolsas com as armas e então voltamos para os carros. Assim que eu e Guilherme entramos no Mustang Heloisa veio correndo e começou a bater na janela do lado do motorista.

-- Eu esqueci de entregar isso..-- Ela deu um walkie-talkie para Guilherme enquanto ria de nervoso.-- Eu achei lá encima e pensei que seria útil. Já entreguei para o Gabryel e para Maryanna. Vai facilitar e muito nossa comunicação.

-- Okay Heloisa. Agora vai lá rápido. Não temos tempo a perder.-- Guilherme disse engatando a ré.

      Heloisa entrou na van e então saímos do estacionamento. Dirigimos por mais de cinco horas naquela estrada numa fila indiana com o Mustang na frente, a van no meio e o Doblô atrás e finalmente chegamos a Iguaba ( terceira cidade antes de Arraial do Cabo ). Dirigíamos por uns quinze minutos até, de repente, dois carros aparecerem e acertaram o Doblô na frente e atrás.

-- Alguém me ajuda aqui!!-- Maryanna gritou pelo walkie-talkie alguns segundos após a batida.

-- Volta! Volta!-- Gritei dando tapas no braço do Guilherme.

-- Tá! Tá!-- Guilherme engatou a ré e voltou com o Mustang.

     Assim que começamos a dar ré 5 pessoas com os rostos cobertos desceram dos carros segurando pistolas. Guilherme parou um pouco perto deles enquanto a van ficava mais afastada. Então eu e Guilherme pegamos as M4A1 e descemos do Mustang apontando elas para os estranhos. E agora?...