Capítulo 5: Hora das compras...

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Dia 1 após o início do Apocalipse. Horário: 02:42.

     Já estava na estrada a mais de duas horas e ainda estávamos perto da Ponte Rio-Niterói ( malditas estradas bloqueadas ).  Após uma ligação decidimos entrar no estacionamento de um shopping e acendemos uma fogueira no local que estava vazio.

-- Querem checar as lojas? Sabe..nova casa, roupas novas.-- Gabryel falou.

-- Topam?-- Heloisa perguntou.

     Todos assentiram e preparamos um pequeno grupo para checar os andares e as lojas. Eu, Heloisa, Maryanna e Arthur pegamos uns fuzis M4A1 e algumas pistolas junto de uns cartuchos e decidimos subir enquanto Guilherme e Gabryel ficaram lá no estacionamento.  Subimos pelas escadarias já que não sabíamos se os elevadores ainda funcionavam e nos dividimos. Eu e Heloisa fomos checar o primeiro e segundo andar enquanto Maryanna e Arthur foram para o quarto e quinto andar, com o ponto de encontro sendo um mercado no quinto andar. Eu e Heloisa passamos primeiro em uma loja de roupas e pegamos duas mochilas cada e enchemos de roupas levando mais uma mochila para pegar mais comida no mercado. Quando íamos em direção ao quinto andar já que havíamos excedido o limite. Foi então que Heloisa me puxou pela camisa.

-- O que foi?-- Perguntei quando ela puxou.

-- Aquilo ali vai ser útil?-- Ela apontou para uma loja que tinha algo que nem havíamos considerado.

     Não demorei e logo arremessei uma das mochilas com roupas na vitrine da farmácia ( graças ao peso delas o vidro arrebentou ).  Pegamos a mochila reserva e limpamos duas prateleiras com vários remédios diferentes e subimos direto para o quinto andar. Após passar pelas escadarias com esse peso das mochilas vimos Arthur e Maryanna esperando na frente do mercado com três caixotes de plástico pretos com tampas cinza.

-- Cadê as roupas?-- Heloisa perguntou.

-- Guardamos as bolsas em um dos caixotes. Vamos encher mais dois com a comida e vamos embora.-- Maryanna falou.

     Não falamos nada e entramos no mercado. Pegamos muito comida sendo metade alimentos não-perecíveis ( miojos, comidas em lata e bolinhos Ana Maria ), os guardamos nos caixotes (eles lotaram kkk) e amarramos os três com uma mangueira e começamos a puxar os caixotes para fora do mercado. Quando chegamos perto da escadaria um grupo de 30 infectados apareceu na frente da porta. Não daria para correr para lá por causa dos caixotes e se atirassemos poderíamos atrair mais infectados. Não tínhamos nenhum plano até Guilherme aparecer na porta das escadarias e começou a atirar de forma aleatória e matou todos os infectados.

-- Vamos logo!-- Ele manteu a porta da escadaria aberta, pegou um dos caixotes na mão e saiu na nossa frente.

     Não demoramos muito para correr até atrás dele puxando os caixotes ( agora estava mais leve). Assim que passamos e os quatro começaram a carregar os dois caixotes Guilherme, que estava nos esperando dentro do saguão, chutou a porta e a fechou. Assim que chegamos no estacionamento organizamos os caixotes ( um cheio de roupas e os outros dois com comida para uns 5 meses) e os colocamos no fim da van junto com as armas. Logo após eu e Maryanna ficamos acordadas enquanto o resto dormia. O dia que estava a nossa frente seria longo...

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