Capítulo 3: O grupo...

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Dia 1 após o início do Apocalipse. Horário: 00:10.

Já havia se passado uns 6 minutos e nada do Guilherme me dizer para onde nós iríamos. Preferi não perguntar porque não sabia se ele estava com raiva de mim por não ter ouvido o que ele havia dito mais cedo. Aguardei mais um pouco e quando ia perguntar ele parou em um posto de gasolina. Uma van estava parada lá e havia um vulto segurando um objeto perto dela.

-- O mundo acaba mas vocês não perdem o luxo né?-- Uma voz familiar falou.

-- O mundo acaba mas você não perde a graça né Gabryel?...-- Guilherme saiu do carro e abraçou o amigo dele.-- Bom ver que ainda está vivo seu miserável...-- Ele deu uns tapinhas nas costas do amigo.

-- Digo o mesmo seu brutamontes cabeça oca...-- Gabryel respondeu.

-- Quem mais tá aqui?-- Guilherme perguntou.

-- Heloisa, Maryanna e o Arthur.-- Gabryel colocou a barra de ferro, que era o objeto que ele estava segurando, perto da porta do carona da van.

-- Resumindo...a galera da escola.-- Abri a porta do carro e sai.

-- Exatamente. Uma parte da galera da escola.-- Gabryel retrucou.

-- E onde eles estão?-- Guilherme falou cruzando os braços.

-- Foram naquele mercado ali.-- Gabryel apontou para um grande mercado que ficava de frente para o posto.-- Estava esperando vocês para olhar a loja do posto.

Guilherme foi até o carro e tirou a chave da ignição logo a guardando no bolso.

-- Se querem olhar lá, vamos olhar rápido.-- Ele se abaixou, pegou um pedaço do tubo de uma das bombas de abastecimento, enrolou na mão direita e o esticou com a mão esquerda.

-- Vamos lá.-- Gabryel pegou a barra de ferro e nós três seguimos para a loja que ficava naquele posto.

As portas da loja estavam no mesmo estado da concessionária. Vidro quebrado e um grande rombo o que permitia nossa passagem. Quando entramos Gabryel foi até o painel de força e acendeu as luzes, ou pelo menos tentou. A maior parte das luzes estamos quebradas e as que restaram não funcionavam direito e ficavam piscando.

-- O que viemos buscar aqui?-- Perguntei apreensiva a qualquer coisa que saltasse do nada.

-- Comida, bebida e também coisas básicas.-- Gabryel apertava mais a barra de ferro.

-- Vamos pegar umas sacolas de plástico e colocar tudo que conseguirmos.-- Guilherme foi checar algum outro corredor e eu e Gabryel ficamos no corredor que fica próximo a fachada da loja.

Abrimos as sacolas e começamos a encher todas com o máximo de comida que a gente achou. Conseguimos mais de 4 sacolas com comida até ouvir o barulho de uma ou duas estantes caírem. De repente um infectado foi arremessado loja a fora e outro teve o rosto arrastado no chão e deu de cara em uma parede. Guilherme saiu de um corredor carregando uma marreta que eu não faço idéia de onde ele arrumou.

-- Vamos embora...-- Guilherme saiu pelo buraco onde o infectado havia atravessado o vidro e deu uma marretada na cabeça dele.-- Miserável...

Eu e Gabryel só demos alguns risos e levamos as sacolas para a van. Aguardamos o outro grupo voltar e começamos a guardar as sacolas, que graças ao outro grupo crescerem para 20 sacolas de comida, dentro da van enquanto Guilherme ficava sentado dentro do Mustang com a cabeça apoiada no volante.

-- Vai ajudar ou não?-- Perguntei para Guilherme.

-- Não me irrita mais do que eu já estou irritado Manuella! Já é a segunda vez que tentam me transformar em comida. Não tô legal!-- Guilherme surtou e eu ri.

Após juntarmos tudo uma questão importante foi levantada.

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