CHAPTER ONE

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A chuva amena caía em Londres, ainda assim não conseguindo ofuscar as luzes postas para simbolizar a época natalina. Pelo relógio da parada marcava 07:45 PM e uma temperatura de 15°C. Isso justificava o frio exagerado que fazia e o fato de quase não ter pessoas na rua.

Feliz ou infelizmente aqui estava eu, saindo do trabalho, e pensando em como a minha cama era o perfeito ponto turístico nessa época do ano.

Minutos passavam e eu continuava aqui esperando algum táxi que me levasse para casa. Eu já estava cansada de me manter nessa posição, meus pés doíam, as pontas expostas de meus dedos congelavam de tanto frio.

Desisti da ideia de esperar e comecei a andar até minha casa, embora seja um longo caminho a percorrer e fosse com certeza me arrepender dessa decisão.

O clima estava nublado, mas não o suficiente para impedir de ver um carro cinza, de marca Mercedes Benz, andando lentamente ao meu lado, aparentemente me seguindo.

Era como se tivesse uma arma direcionado para mim, sinto meu coração acelerar assim como meus passos, sempre alternando meu olhar entre o caminho que eu percorria e o carro que me seguia.

O vidro frontal é aberto, revelando o homem que dirigia. Seu olhar me analisou atentamente de cima à baixo antes de pronunciar as palavras.

— Qual é o seu nome? — Ele pergunta enquanto alternava seu olhar entre a estrada e eu.

Continuo andando, tentando ignorar o fato de ter um estranho me seguindo, mas de jeito nenhum ele desistia, pois de qualquer forma sentia seu olhar em mim.

— O que você quer? — Pergunto com o restante de paciência que eu tinha após um longo dia de trabalho; e parando de andar, mas com medo ao ver ele me encarar seriamente.

— Não é seguro para você andar sozinha à uma hora dessas. Deixa eu levar você para casa — Diz ele agora sorrindo de lado, o que foi muito estranho.

— Não te conheço! Porquê acha que seria seguro entrar em seu carro e não ir andando?

Observei o mesmo retirar o cinto de segurança e descer em seguida do carro.

— Porque eu não sou como os homens que você vai eventualmente encontrar se ir andando.

Dou dois passos para trás e sinto meu batimento cardíaco acelerar mais ainda, olhava para os lados e estranhamente agora não passava ninguém na rua.

Mas o homem apenas continuava me encarando, esperando pacientemente pela minha resposta.

Reparei então que ele é alto, digo, muito alto, médios cabelos castanhos e muito bonito por sinal, mas o que mais me encantou foi seu nariz incrivelmente perfeito.

Concentra, Ellie. Você tem um namorado!

— Não farei nada com você, só não acho seguro você andar sozinha à essa hora e sei que já faz tempo que você está esperando um táxi.

— Você estava me vigiando? — Pergunto franzindo o cenho.

— Não. Apenas passei na hora que você estava lá — Deu de ombros — Então, aceita ou não?

— Tudo bem — Falo derrotada, mas não entendendo porquê aceitei. Ele ainda era um completo estranho que poderia fazer alguma coisa comigo. Foi como se eu tivesse jogado todo o ensinamento da minha mãe para o lixo, mas eu me deixei levar por um rosto bonito e lá estava eu caminhando até seu carro, entrando no lugar da carona, após o mesmo abrir a porta — Obrigada. Qual seu nome?

𝗽𝘀𝘆𝗰𝗵𝗼 ! bill skarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora