CHAPTER THREE

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Abro meus olhos com dificuldade por conta da claridade, minha cabeça latejava. Tentava identificar onde me encontrava, estava em um quarto pintado em branco, mobiliários aparentemente caros, a cama era enorme, como aquelas que eu e minha mãe sempre admirávamos nas lojas de móveis, o quarto também era enorme.

Levanto lentamente ainda sentindo a minha cabeça rodar, coloquei os pés no chão sentindo a umidade e todo o meu corpo estremece. Ergui o olhar para o espelho a minha frente, só então percebendo que estava usando roupas masculinas.

Comecei a me desesperar, convicta de que caí novamente nas mãos de Ryan e aqueles homens.

Em passos rápidos caminho até a porta e abro em seguida, esbarrando em uma figura masculina alta. Ergui meu olhar encontrando o de Bill.

— Está assustada. O que foi? — Com um semblante preocupado me analisou atentamente.

— Eu não entendo. O que aconteceu? Como eu vim parar aqui?

— Melhor você sentar — Diz me guiando até à cama — Eu estava indo até à festa quando vi você fugindo de algo ou alguém e depois desmaiou. Quem estava seguindo você?

— Ryan.

— Quem é Ryan?

— Meu namorado. Quero dizer, ex namorado — Olhei para baixo querendo chorar de novo.

— O que ele queria?

— Ele queria me forçar a trabalhar como garota de programa — Comecei a chorar.

Bill apenas me encarava, sem expressar nenhuma emoção. Limpei as lágrimas e olhei para ele.

— Vem comigo — Diz levantando.

Segui o mesmo. Saímos do quarto e caminhamos pelo longo corredor com o piso revestido por uma carpete de cor beje, eu ainda estava descalça, então poderia sentir a maciez da carpete.

Descemos às escadas e por baixo delas havia uma porta, Bill abriu a mesma revelando um cômodo do tamanho perfeito para um quarto de casal, quando o mesmo saí da minha frente, arregalei os olhos.

Levei minhas mãos à boca, horrorizada com o que meus olhos acabavam de presenciar. Ryan e os dois homens da noite passada estavam amarrados cada um em sua cadeira, com os rostos banhados em sangue e o corpo preenchido por ferimentos graves.

— Bill, o que é isso? — Olhei para ele que parecia se divertir com a cena.

— Os merdas que tentaram fazer mal à você.

— Bill, eles estão praticamente mortos — O olhei ainda admirada com sua capacidade de normalizar uma situação grave dessas.

— Não quer acabar com o sofrimento deles?

— Você é louco. Porquê está fazendo isso?

— C-corre, Ellie — Ouço a voz fraca de Ryan — Esse homem é um psicopata.

— Só estou fazendo pelo seu bem, Ellie. São os mesmos homens que tentaram te transformar em puta.

Bill caminhou até a cômoda de madeira, abrindo a primeira gaveta e tirando de lá uma arma.

— Bill, eu vou chamar a polícia.

𝗽𝘀𝘆𝗰𝗵𝗼 ! bill skarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora