CHAPTER FOUR

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— Muito prazer, eu sou Miranda. — Diz uma mulher de longos cabelos loiros e a mesma aparentava ter 25 anos — Essa sacola é para você, tem algumas roupas novas. Assim que terminar de se trocar, poderá descer e eu servirei seu almoço.

Apenas sorri em agradecimento, se eu não confiava em Bill, era mais difícil ainda confiar em alguém que trabalha para ele.

Fechei a porta do quarto e fui até a cama, puxei a primeira peça de roupa era um vestido e abaixo uma lingerie.

Sem mais voltas, me vesti rapidamente. Saí do quarto e desci as escadas até à sala onde Miranda já esperava por mim. Seguimos até a sala de jantar e me sentei em um lugar da mesa.

Miranda caminhava de lá para cá, começando a colocar as comidas na mesa, mas eu só conseguia concentrar na chave, juntamente com seu crachá à um fio de cair no bolso de seu avental.

Uma coisa é certa, essa chave abria alguma porta dessa casa e eu precisava agir agora.

Assim que a mesma caminhava com a última travessa de comida e para ao meu lado para colocar sobre a mesa, peguei cuidadosamente a chave e escondi rapidamente. Disfarcei, começando a me servir, mas fome era a última coisa que eu sentia agora, eu só queria sair daqui o mais rápido possível.

— Estarei na cozinha se precisar de mim. Bom apetite — Diz se retirando.

Assinto. Assim que Miranda saiu do meu campo de visão, peguei a chave e li o crachá, "Porta dos fundos". Essa seria a minha saída.

Levantei da mesa, fazendo o mínimo de barulho possível e saí da sala de jantar. Segui até um corredor que eu logo imaginei que lá teria a tal porta dos fundos. Com as mãos trêmulas pela ansiedade de me ver livre e eu mesmo tendo que fosse apanhada a fugir, abri a porta, mas antes mesmo de colocar os pés fora, ouvi uma voz que me fez arregalar os olhos.

— Ellie.

Virei para encarar ele.

— Alan? — Digo ainda sem acreditar ao ver Alan com os braços atados por uma corda e Bill atrás do mesmo — Bill, solta ele.

— Fecha a porta e me entregue a chave.

Faço o que Bill manda sem contestar, temia mais pela vida de Alan.

— Estou vendo que preferiu me desafiar — Diz guardando a chave em seu bolso.

— Bill, eu te imploro, não faça mal à Alan — Sentia lágrimas rolar — Ajoelho se você quiser, mas não o magoe.

— Eu avisei que teria consequências, Ellie.

— Bill, não — Digo aos prantos ao vê-lo arrastar Alan para aquele quarto onde está Ryan.

Corri até Bill, tentando o impedir de levar Alan, mas apenas recebo um empurrão que me fez perder o equilíbrio e cair.

— O que você fez à Alan? — Pergunto assim que Bill regressou sem Alan — Me responda — Corri até ele, começando a socar seu peito.

— Por enquanto nada — Pegou em meus dois braços com toda a sua força, me contorci de dor — Você está perdoada por tentar fugir e Alan continuará vivo, por enquanto. Mas não posso dizer o mesmo de Miranda.

— Bill, ela não tem culpa de nada.

— Ellie, seu castigo seria assistir o show da morte de Alan, mas eu estou considerando passar seu castigo para Miranda. Você tem duas opções, quem você escolhe?

Encarava Bill sem acreditar, esperando que isso não passasse de uma brincadeira, mas era tão sério quanto o semblante em seu rosto.

— Você não pode me obrigar a escolher isso, Bill.

— Se dependesse de mim, mataria os dois, mas estou te dando o poder de escolher quem você quer que morra.

— Bill, eu faço o que você quiser.

— Escolhe, Ellie. Alan ou Miranda?

Passei a mão entre os cabelos, sentindo a tensão e pânico me dominar, meu peito subia e descia freneticamente, minha mente estava com um turbilhão de pensamentos, mas querendo que isso não passasse de um pesadelo.

— Terminou seu tempo — Diz destravando uma arma e virando na direção ao quarto onde estava Alan.

— Não, Bill. Espera... — O travei — E-eu já decidi.

— Então diga, Ellie. Quem você quer que morra?

— M-Miranda — Digo e Bill sorri.

— Linda menina — Depositou um beijo em minha testa. Fechei os olhos com força, me sentindo a pessoa mais podre por dentro.

Miranda morreria por minha culpa e eu nunca me perdoaria por isso.

08:00 AM

Vi a noite cair e o sol nascer, não conseguia dormir, os pensamentos me corroíam, assim como o sentimento de culpa. Por querer a minha liberdade, pagaria um preço alto.

Me assustei com a porta do quarto abrindo e Bill entra.

— Vem comigo — Foi tudo que disse antes de sair do quarto.

Segui o mesmo até chegar na cozinha e encontrando Miranda parada olhando para o nada e assim que percebe nossa presença, logo mostra que morria de medo. Sem dizer nada, Bill pegou em seu braço e a arrastou para fora de casa, levando-a até uma casinha de madeira no quintal.

Amarrou seu corpo em uma cadeira enquanto a mesma chorava horrores, eu não conseguia olhar para a cena sem me sentir culpada.

Em seguida veio até mim e amarrando meus braços e pés.

— Senhor, por favor, me perdoa — Ela diz se debatendo.

— Foi Ellie que decidiu isso — Diz Bill e Miranda me encarou com fúria.

— Sua vadia, deveria ser você aqui, a culpa é sua.

Bill foi até a mesa pegando um alicate, voltou para onde Miranda estava e pegou em sua mão.

— Eu quero ouvir aquele grito gostoso — Arrancou sua unha do dedo polegar, a mesma da um grito alto — Aí está ele!

— Bill, para — Digo aos prantos, com as lágrimas embaçando minha visão.

— Bill... — Miranda tenta falar.

— Não quero ouvir meu nome sair de sua boca, entendeu?

— S-sim, senhor — Diz ela com dificuldade.

— Agora me diz uma coisa, porquê você tem fotos minhas em seu quarto? — Miranda arregalou os olhos. Ela permaneceu calada, mas só irritou mais Bill que arrancou sua outra unha e a mesma dá mais um grito alto — Responda porra.

Sentia meu coração apertar.

— Solta ela, mate à mim — Digo.

— Você já decidiu, Ellie.

Bill pegou uma cadeira e sentou na frente de Miranda.

— Você sempre sonhou comigo fodendo você, não é mesmo? Hoje é a sua oportunidade, mostra o que sabe fazer — Diz começando a soltar Miranda.

Miranda sorri entre as lágrimas, me deixando confusa. Sentou no colo de Bill e pegou em sua mão, deslizando por sua coxa.

— Não sei o que você viu nela, Bill. Todos esses anos trabalhando para você. Eu não sabia mais o que fazer para você me notar — Diz Miranda e eu só conseguia ficar cada vez mais confusa.

— Você tem razão — Diz Bill. Miranda sorri convencida — Eu já deveria ter notado você há muito tempo e perceber que já deveria ter te matado — Bill direcionou a arma em sua barriga.

— BILL, NÃO — O meu grito soou ao mesmo tempo que o disparo. O sangue de Miranda se espalha por todo o lado, sua vida saía lentamente de seu corpo.

Mas eu fiquei mais assustada ainda ao ver Bill sorrir da situação, me aterrorizando. Como isso era divertido para ele?

𝗽𝘀𝘆𝗰𝗵𝗼 ! bill skarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora