Capítulo 15

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Por Draco

Domingo já havia chegado e hoje eu ia falar com a Minerva. O Snape queria realmente fazer um plano de fuga para mim, mas achei melhor não estar a fazer muitos planos e fazer uma coisa simples e normal, como se apenas saísse para ir às compras. Eu sei que pareço muito tranquilo, mas na verdade estou muito nervoso.

Eram 5 da manhã, toda a gente estava a dormir e os escuros da noite ainda era intenso. Abri a grande janela do meu quarto e fui para a varanda pensar. Sentei-me numa cadeira de jardim que tinha posto lá há dois anos. Acendi um cigarro e pensei em como as coisas tinham mudado em menos de um mês.
Via o fumo desfazer-se com o ar frio da noite. Sei que até pode parecer uma coisa fácil sair da Malfoy Manor, mas não, muito menos entrar. O meu pai, quando o Lord das Trevas regressou lançou um feitiço de proteção à volta da casa para que só entrasse quem estivesse autorizado, para que fossem prevenidos possíveis ataques. E sair? Devem estar a perguntar qual é o problema de sair. Se eu passar pela barreira um alerta vai ser dado para o meu pai. Sim, isto só acontece comigo, pelo simples facto de eu ter desaparecido sem deixar um único rasto.

É estupido o facto de não me terem vindo procurar à minha própria casa, mas como o meu pai tem uma grande influência no ministério não estranhei. Quanto à morte de Dumbledore acho que não pensam em mim como possível assassino, apesar de ter o sobrenome que tenho e que espero em breve não ter.

Conhecia alguém que conhecia cada canto desta casa muito bem, o Dobby, mas tinha medo de o chamar e ele ser apanhado a entrar aqui. Mas calma, se ele já entrou aqui uma vez e um alerta não foi soado e consegue entrar mais do que uma e consegue-me fazer sair.
Acabei de fumar o meu cigarro e chamei.

-Dobby? Dobby?- achava aquilo meio estúpido e que não ia resultar. Mas tentar é de graça não é? – Dobby?
Já estava quase a desistir quando atrás de mim surgiu uma voz.

-Chamou mestre Draco?

-Sim Dobby, nunca pensei que isto fosse resultar mesmo. Ainda bem que resultou, senti a tua falta.

-Dobby também sentir falta de mestre Draco.

-Já falamos sobre isso, não tens de me tratar por mestre, bata Draco.

-Tudo bem Draco. Em que pode Dobby ajudar o menino?

-Perciso que me ajudes a sair daqui sem passar pela barreira.

-Isso ser difícil, Dobby entra e sai por um fenda pequeninha entre duas rochas. Dobby não saber se Draco cabe lá.

-Sempre podemos tentar não é.

-Claro que sim Draco. Mas o que se passa? Porque Draco não sair por a porta normal?

-Nos últimos tempos têm acontecido muitas coisas Dobby, e meio que o meu pai não me deixa sair mas eu tenho mesmo de falar com a Minerva e com o Harry Potter.

-Porque Draco querer falar com Harry Potter?

Fiquei envergonhado com aquela pergunta. Deveria dizer-lhe que gostava dele?

-Lembras-te quando no inicio do ano estiveste cá e eu disse-te que gostava de uma pessoa- Dobby acenou positivamente com a cabeça- Essa pessoa é o Harry.

Dobby ficou um pouco admirado a olhar para mim, mas algo nos olhos grandes e verdes dele dizia já o saber.

-Então Draco contou para Harry Potter que gostava dele?

-Sim, mas ele não reagiu muito bem. Mas agora temos falado e acho que ele também gosta de mim.

-Menino Draco esta com cara de apaixonado. - fiquei envergonhado com aquilo. Mas sabia que lá no fundo era verdade. Eu estava completamente apaixonado por ele.

-Vamos sair daqui então Dobby? Tenho mesmo de falar com ele.

-Sim Draco.

Olhei para as malas qu já tinha feito na noite anterior. Lançei-lhe um feitiço de redução e metias no meu bolso. Acendi outro cigarro dentro de casa mesmo. Os meus pais proibiram-me de fumar aqui dentro mas já taquei o foda-se, afinla esta não seria mais a minha casa.

-O menino Draco devia deixar de fumar. - disse Dobby carinhosamente.

Olhei para o cigarro na minha mão. Lá no fundo eu sabia que ele tinha razão, mas estava demasiado nervoso para pensar nessa possibilidade agora. Apenas lhe dei um sorriso de volta como se lhe estivesse a dar razão.

Voltei o olhar para o meu quarto, as paredes que antes estavam cheias de livros nas estantes e figurinhas dos maiors feiticeiros da história estavam agora vazias, assim como o closet. A cama que estava frequentemente por fazer estava feita. Tudo direito e apenas uma pedaço de pergaminho em cima dela, onde estava escrito:

"Neste momento já devo estar longe. Espero que não me vão procurar e muito menos que me continuem a chamar de vosso filho. É dificil para mim ter uns pais assim. Que simplesmente não se importam ou que se inportam mas não querem saber. À algumas noites foi a gota de água e quem eu menos esperei que me apoiasse foi quem me apoiou. Podem retirar o meu nome da família Malfoy, pois apartir deste momento eu deixo de ser vosso filho.
DRACO"

Em cima da carta tinha deixado também o anel da família Malfoy que me pertencia.

-Vamos Draco? Ainda temos de ir para o jardim traseiro.

Segui Dobby cuidadosamente por todos os corredores da casa e finalmente chegamos ao jardim traseiro onde Dobby me levou até às tais pedras.

Quando Dobby me disse que o espaço entre as pedras era pequeno eu pensei que realmente o fosse. Mas não, eu conseguia passar por ali. Apesar de ter alguns musculos no meu corpo não eram nada assim ds muito volumoso.

Quando já estava fora da barrira da mansão Dobby olhou para mim e eu olhei para ele. Comecamo-nos rir. Acho que nunca pensei fazer aquilo assim como o Dobby nunca pensou que eu o fizesse.

-Draco, quer que Dobby o leve para algum lugar?

-Sim, se poderes leva-me para Homesgead e vai a Hogwarts chamar o Snape e traz-lo até mim.

Assim ele o fez, e quando deixou o Snape comigo Dobby despediu-se e disse:

-Dobby estará sempre disposto a ajudar Draco e quando ele se casar com Harry Potter, Dobby querer ser convidado especial.

-É claro que vais ser Dobby. -sorri para ele e ele simplesmente desapareceu.

-Draco, são quase 7 horas da manhã, temos de ir agora para o castelo se queres falar com a Minerva e ter uma resposta boa, acredito que o humor dela esteja melhor logo quando acorda.

-Então vamos Snape.

-E mais uma coisa, Harry Potter ficará no castelo hoje, ele sabe que tu vais falar com a Minerva. Ele quer-te ver depois disso.

Senti borboletas no estômago. Finalmente iria poder ver o meu amado novamente.

Com todo o meu amor Onde histórias criam vida. Descubra agora