Meu Bom Rapaz

Capítulo 2

- E então, como foi o primeiro dia? - Minha mãe perguntava para meus irmãos e eu, enquanto jantavámos.

- Foi bem legal macita. - meu irmão mais novo respondeu enchendo a boca de carne.

- Dylan é o novo galã da escola. - Josh falou rindo para o meu pai. Revirei os olhos e continuei comendo calado.

- De novo? Isso que dá puxar para a minha beleza. - meu pai falou passando a mão no seu cabelo bagunçado pós banho.

- Pára com isso, nós só nascemos bonitos por causa da macita.. - Crash disse rindo, macita era o apelido carinhoso que colocamos na nossa mãe.

- Terminei. - levantei e quando fui deixar o prato na pia ouvi Josh lá da mesa.

- espera aí bonitão, hoje é você que lava a louça. - ah é, era o meu dia. Coloquei as panelas na pia e comecei a lavar, todos que iam terminando colocavam na pia e dava tapinhas nas minhas costas. Minha mãe foi a última e parou do meu lado.

- Eu seco.

- Tudo bem macita, pode ir ver tv.   - falei sorrindo para ela enquanto lavava.

- Porque está tão serio? - ela perguntou me ignorando.

- Por nada. Não aconteceu nada demais na escola, por isso não falei nada e também com os gêmeos na mesma escola que a minha, você saberá de tudo antes de mim, então fique tranquila. - lavei os últimos talheres e ela continuou enxugando.

- Pensei que estava com saudades de Aghata. - ela disse sem olhar para mim, focando nas louças.

- Ah mamãe para com isso, quantas vezes preciso falar que eu e a Aghata não temos nada? - peguei um pano e comecei a ajudá-la.

- Mas ela gosta de você, falo com ela sempre pelo celular, ela vai vir nas férias do meio do ano ficar uns dias aqui, já que ela cresceu com vocês né.

- Mamãe, pare de bancar a casamenteira. Eu já te disse e a ela também, não estou com cabeça pra isso, é o meu último ano para entrar em Havard. - ela suspirou. Minha mãe sempre se preocupou muito com todos os filhos, principalmente comigo. Ela não entendia porque eu não tive a fase rebelde, porque eu fui sempre tão certinho, fora as minhas tatuagens, eu nunca tinha aprontado nada, e diferente dela, era um bom rapaz.

Estranho não? A mãe querendo um filho rebelde, mas ela sempre me diz que ela foi assim e que aproveitou muito a vida, que se casou por amor e por isso era tão feliz, e que não queria me ver arrependido por não ter aproveitado. Mas eu realmente era feliz, queria me tornar um médico de prestígio e queria ajudar muitas pessoas. Eu tive apenas duas namoradas na minha vida, a Molly uma garota que conheci no primeiro ano da escola, namoramos por 6 meses e ela teve que ir embora, e a outra foi Patrícia, namoramos por um ano e um mês, eu gostava dela, mas ela era uma garota problema. Me traiu com um amigo, eu peguei os dois na cama. Depois disso eu me mudei para cá, e sim estou evitando namoro, só mais um ano e me mando daqui, está tudo muito organizado na minha cabeça.

Mas aqueles olhos verdes

Olívia, Cecília uma garota que me mostrou a escola hoje me falou. A vimos correndo de mãos dadas com Ben o garoto que começou hoje também. Na verdade eu já tinha prestado atenção nela durante a aula, ela deveria ter 1,70, não era magra, tinha curvas, seios lindos, um quadril estilo essas cantoras negras, o cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto e belos cachos ondulados desciam nas suas costas. Ela tinha os lábios cheios e olhos verdes e grandes, uma pele dourada linda. Cecília comentou que ela era a garota problema da sala, que veio do Brasil quando era mais nova e desde então sempre se metia em confusão, e que ela não tinha amigos.