Ela era linda, seus enormes olhos com cílios escuros e grandes, a boca tentadora e aquele ar de "confiança" estava me deixando cada vez mais fascinado, me aproximei e ela continuou a me encarar, para talvez mostrar que não tinha medo de nada, e eu ri por dentro, ela era adorável. Com a mão que estava apoiada na pia peguei um pouco de espuma que estava na louça que ela lavava e passei na sua bochecha direita, ela se assustou no inicio e depois sorriu.
- Ah é? - E ela pegou toda a espuma acumulada na esponja e antes que eu me afastasse agitou as mãos fazendo meu rosto encher de vestígios de espuma caindo na gargalhada e foi a primeira vez que eu ouvi, era alta e prazerosa, eu queria ouvi-la gargalhar o tempo todo agora, e e eu peguei mais e de repente estávamos em uma briga de água e espumas, e foi assim que minha mãe e Ben nos encontraram, quando percebemos ambos nos assistia sorrindo, Olívia ficou vermelha como um pimentão e logo se desculpou voltando a lavar louça, eu apenas sorri para eles. Ben se aproximou:
- E então, qual a programação para hoje?
- Temos uma pesquisa para fazer. - Eu disse secando a ultima louça que ela havia me passado.
- Ah é... Bom, estou indo para casa então, a gente se vê amanhã na escola. Juízo, crianças. - E saiu sorrindo com minha mãe ao lado dele. Eu revirei os olhos, Olívia terminou a louça e se virou para mim.
- E então?
- Pode me esperar tomar uma ducha para então irmos? - Ela pensou um pouco e depois respondeu:
- Okay, espero onde? Na sala? - Eu quase ri da urgência que ela tinha para colocar uma distância entre nós. Eu peguei sua mão e a puxei para o meu quarto, claro que eu não faria nada com ela, mas queria que ela me esperasse confortavelmente. Quando eu passei pela porta, ela travou ali.
- O que está fazendo? - Eu rolei os olhos.
- Relaxa, não vou fazer nada. - Mostrei a elas uns livros e disse que ela poderia me esperar ali e peguei a toalha e umas roupas indo para o banheiro. Tomei um banho rápido e vesti uma boxe e uma calça jeans surrada, passei desodorante e fui até o quarto pegar a minha camiseta. Quando ela me viu os olhos dela arregalaram e ela me olhou de cima a baixo, ela estava sentada na minha cama e ao ver o quão nervosa ela tinha ficado eu não resisti me aproximei dela.
- O que foi? - ela perguntou na defensiva. Quando fiquei de pé na sua frente e me inclinei para aproximar meu rosto dela, ela pôs a mão no meu abdômen para me parar, o calor da sua mão fez uma corrente elétrica correr na minha espinha e sem pensar eu a beijei.
No início ela não teve muita reação, mas aos poucos foi respondendo, minhas mãos foram para o seu rosto e eu fui avançando até ela está deitada embaixo de mim sem parar o beijo. As mãos dela me abraçaram e deslisaram pela minha costa, uma das minhas mãos foi para a cintura dela enquanto a outra segurava a sua nuca. Eu já estava excitado e quando beijei seu pescoço ela gemeu baixo, aquilo foi o som mais sexy que eu já tinha escutado, colei meu corpo ao dela e voltei para sua boca, nosso beijo se aprofundou e foi quase selvagem, nossos corações batiam em um ritmo acelerado e eu não conseguia diminuir o ritmo, minhas mãos puxaram sua camisa azul para cima a deixando só de sutiã branco, aqueles lindos seios cheios eram deliciosos aos olhos, e eu gemi chamando o seu nome, foi nesse instante que ela "despertou" e me empurrou, procurando apressada sua camiseta e a vestindo. Eu tentei acalmar minha respiração e o meu pau que estava duro como uma pedra, com certeza minhas bolas iam doer hoje.
- Qual o seu problema? - Ela estava corada e irritada, sentada na cama tentando refazer o coque. Eu me levantei e sentei ao seu lado.
- Olívia, você tem que parar de fingir que não me deseja, está muito claro o quanto nos desejamos. Eu quero você, como namorada, como amiga, como amante, eu quero você e não sou de ficar fazendo joguinhos.
- Dylan...
- Olha não vem colocar sua família no meio falando que não pode por causa disso... Me deixa te mostrar que vai dar certo...
- Me escuta! Eu não posso! Eu tenho uma vida fodida Dylan, não queira entrar nesse inferno! Eu não posso te trazer para os meus problemas, você tem uma família calorosa e bondosa, você tem um futuro e é um cara legal...
- Pára Olívia, cacete! Pára de se menosprezar. - Eu fiquei em pé irritado e ela também se levantou.
- Eu destruo tudo que toco Dylan... Minha mãe morreu por minha causa... Meu vô ficou doente por minha causa... Por favor, eu não quero estragar sua vida, eu não quero te destruir! - Eu a olhei, quanto peso ela carregava?
- Olívia... - Tentei me aproximar.
- Não Dylan, não faça isso... A minha mãe foi traída tantas vezes pelos homens que ela amou... eles a machucaram... Eu não quero ter a vida que minha mãe teve... Eu não devo amar você... Eu vou te destruir. - Lágrimas caía dos seus olhos.
- Olívia! - Eu a chamei mais alto para que ela parasse de falar. - Eu tenho o direito de escolher como irei destruir minha vida, não acha? - Ela ficou calada e me encarou como se eu fosse louco.
- Dylan...
- Você não está errada em sentir medo Olí... Eu também estou com um medo do cacete, eu nunca sentir nada tão intenso assim... por ninguém, eu tenho necessidade de te ver, de te ouvir e até discutir com você, e isso em tão pouco tempo, eu também tenho medo no que isso pode virar... Mas eu prefiro ir para o inferno depois de viver isso... Do que fugir e nunca saber o que teria acontecido. - Ela ficou calada e eu me aproximei, segurei sua mão direita e minha outra mão foi para o seu rosto, limpei cada lágrima com os dedos. - Me deixe tentar, divida o seu inferno comigo, deixa eu carregar um pouco dessa carga... Deixe alguém cuidar de você Olí...
Ela me olhou intensamente e por fim, me abraçou afundando seu rosto na curva do meu pescoço, eu a apertei contra mim e por um segundo ela parecia uma menina que precisava apenas de colo e alguém para ouví-la. Ficamos assim por longos minutos, apenas abraçados no meio do meu quarto, ela se acalmou e quando me olhou sua expressão estava mais tranquila.
- Obrigada Dylan.
- Disponha, Olí. - E sorri beijando levemente seus lábios. - Vamos? Temos uma pesquisa de campo para fazer. - Vesti a minha camisa e saímos, para a minha sorte o meu quarto tinha acústica, eu costumava tocar muita guitarra e violão e por isso meu pai teve um cuidado de escolher um lugar que os quartos não deixassem o barulho sair, então eu sabia que minha familia não tinha escutado, mesmo com os nossos gritos de desabafos.
Fizemos a pesquisa com trabalhadores que limpavam as calçadas das praças e etc. Quando estava próximo de dar 18hrs ela se despediu dizendo que precisava buscar a irmã na escola e eu fui direto para a casa. Depois da nossa conversa no quarto não nos beijamos mais, ela só pediu para que mantivéssemos segredo das outras pessoas o que estava acontecendo ali, e eu aceitei aquela condição. Eu esperaria o tempo dela, porque eu sei que aquilo valeria a pena.

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Meu Bom Rapaz
RomanceE quando você se vê no papel do Bad Boy das histórias de romance que você lia? Me chamo Olivia tenho 18 anos e estou no 3 ano do ensino médio. Perdi um ano da escola na epoca que minha mãe morreu, cuido da minha irmã mais nova Aurora, ela tem 6 anos...