Quando terminei o livro que eu lia já passava da meia noite, me espreguicei no banco de balanço e me levantei para entrar em casa, dei um pulo quando percebi que Dylan estava parado ao lado da sua moto me olhando da calçada.
- Oi figurante drogada em festas. - E ele mostrou aquele lindo sorriso com dentes perfeitamente alinhados. Esses olhos puxados não saíam da minha mente, mesmo que eu finge-se que ele não mexia comigo, estava cada vez mais difícil de me manter indiferente. Ele se aproximou e parou na escada da minha casa.
- O que aconteceu? - eu perguntei apontando para sua mão ferida nos nós dos dedos.
- Ah... Um contratempo. - ele disse sorrindo de lado.
- Salvando alguma mocinha no caminho até aqui?
- Digamos que sim, a protagonista. - Isso me deu um leve aperto no peito, então ele achou alguém.
- E para não parecer um mané para ela, veio até aqui para limpar a ferida?- Ele sorriu subindo as escadas.
- Exatamente, achei que minha amiga atenciosa cuidaria de mim. - Revirei os olhos.
- Se sente aí, eu já volto. - Entrei e peguei a maleta que ficava no armário da sala, meu coração ainda protestava sobre a ideia de ele ter alguém e tentei ignorar aquela nova sensação desagradável. Voltei e me sentei ao seu lado, ele olhava todos os meus movimentos calado. Tirei alguns algodões e remédios para limpar e fazer o curativo. Enquanto eu fazia isso ele me olhava e eu tentava me concentrar apenas no que estava fazendo. Para acabar com o silêncio constrangedor, falei:
- E a mocinha, foi salva?
- Acho que por hoje sim e cuidarei para que fique bem em todos os outros dias também.
- Ah, então você é mesmo um herói? - Eu disse terminando o curativo.
- Bom... Se ela precisar disso, eu serei.
- Uau, em poucos dias já está de quatro por ela? Essa garota deve ser incrível não? - Eu fiz a besteira de olhá-lo quando perguntei, ele estava me encarando intensamente.
- Sim, ela é incrível apesar da língua afiada, mas acredito que esse seja o maior charme dela.
- Bom, se ela é alguém que não fica só alimentando o seu ego, eu já gostei dela. - Eu terminei o curativo e coloquei a maleta ao lado do banco que estávamos sentados. Ele encostou na parte de trás do banco e passou o braço por trás do meu encosto.
- Ela não levanta meu ego não, apesar de as vezes eu perceber uns olhares intensos na minha direção.
- Alguém com uma auto estima tão alta não deveria se machucar dando um soco em alguém. - Eu falei apenas para provocá-lo.
- Não foi só um soco, foram 3... em um só, mas tinha mais de 20 caras. - Eu arqueei as sobrancelha.
- 20? Você é o quê? O líder de uma gangue ou algo assim? - Ele gargalhou alto.
- Pareço ser? - Eu o olhei novamente, ele era bonito demais. Os caras que eu já tinha visto no meu passado eram horríveis, em todos os sentidos.
- Sim. - Menti. Ele me encarou e depois passou a mão nos cabelos afastando alguns fios que estavam saindo do seu rabo de cavalo baixo.
- E você parece diferente do que tenta parecer. - Ele disse por fim. Eu realmente não esperava ouvir isso.
- Ah é? E o que eu tento parecer? - Eu sei que não deveria estar entrando no jogo dele, e já deveria ter entrado em casa e ido dormir, amanhã era segunda e toda a minha correria iria começar novamente.

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Meu Bom Rapaz
RomanceE quando você se vê no papel do Bad Boy das histórias de romance que você lia? Me chamo Olivia tenho 18 anos e estou no 3 ano do ensino médio. Perdi um ano da escola na epoca que minha mãe morreu, cuido da minha irmã mais nova Aurora, ela tem 6 anos...