𝕹𝖔𝖆𝖍 𝖀𝖗𝖗𝖊𝖆

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NOAH URREA

Estaciono minha belezinha, minha Harley Davidson Softail no beco escuro, com uma neblina de inverno. Entro na base secreta do FBI, nos fundos de um restaurante chinês, em um dos becos desertos do Brooklyn. Era uma noite fria em Nova Iorque.

ㅡ Joshua, Sabina, Bailey e Ross na minha sala ㅡ digo em tom de ordem

Coloco a minha jaqueta atrás da cadeira de couro da minha sala, sentando na mesma. Poucos instantes depois Sabina, Joshua, Bailey e Ross adentraram a minha sala.

ㅡ Nos chamou? ㅡ Bailey pergunta se apoiando na minha mesa

ㅡ Sim. ㅡ assenti com a cabeça

ㅡ Só um surdo para não escutar os berros do Urrea ㅡ Joshua provoca

ㅡ Tipo o Bailey ㅡ Sabina aponta o dedão para Bailey, o provocando

Bailey mostra o dedo do meio para Sabina, que mostra a língua para ele.

ㅡ Vocês podem focar? ㅡ pergunto impaciente ㅡ Parecem crianças...

ㅡ Qual o motivo do mal-humor, Jacob? ㅡ Josh pergunta sentando na cadeira a minha frente

ㅡ A garota de ontem não era boa o suficiente? ㅡ Ross complementa

ㅡ Cala a porra da boca, Ross! ㅡ digo dando um soco na mesa

Todos se calam e olham para mim.

ㅡ Ótimo! Chamei vocês porque tenho notícias dos Deinert. A filha de Mitchell está vindo para Nova Iorque, ainda não sabemos o motivo, mas coisa boa não é. ㅡ digo os mostrando a foto da garota ㅡ O nome dela é Sina, tem dezenove anos e ficaremos de olho nela.

ㅡ Gostosa ㅡ Ross diz assentindo algo com a cabeça

ㅡ Você não cansa de ser nojento? ㅡ Sabina olha para ele com cara de repugnância e ele apenas da de ombros

ㅡ Nós a capturaremos e então eu poderei fazer algumas perguntas ㅡ digo olhando para os quatro ㅡ Josh e Ross, chequem em todos os galpões e cartéis do leste. Sabina e Bailey, vocês ficam com os do oeste e tentem não se matar ㅡ digo revirando os olhos

ㅡ E você? ㅡ Bailey pergunta

ㅡ Eu farei o trabalho duro do interrogatório. Quando localizarmos a Sina, a capturamos. ㅡ digo encostando na cadeira

Eles assentem com a cabeça no mesmo ritmo e saem de lá. Olho mais uma vez a foto de Sina e sorrio, encostando na cadeira.

Você se meteu do lado errado, garota.

Sou Noah Jacob Urrea, mas prefiro apenas o Noah Urrea, o nome Jacob me deixa impaciente. Há dois dias atrás recebi o comando da missão dos Deinert, depois de o meu anterior ter sido ameaçado firmemente de morte.

Não tenho medo de uma ameaça, se é o que está se perguntando.

Me mudei para Nova Iorque logo depois de receber a proposta de virar um agente do FBI. Sou soldado naval, servi no Iraque por um tempo. Deixei de exercer a minha missão no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos depois da proposta do FBI.

Ingressei no Corpo de Fuzileiros Navais com dezoito anos, seguindo os passos do meu pai e do meu avô. Não foi nada fácil. Os treinos são totalmente loucos e pesados, perdi parte do meu vocabulário, já que os fuzileiros tem um vocabulário próprio.

Com tantas coisas para fazer e aprender, sob tanta pressão e cansaço, perdi completamente o senso de tempo durante os treinamentos. Uma semana parecia mais um mês.

Estive no Iraque. Aquilo tudo foi um tanto quanto traumático para mim. Perdi vários amigo e companheiros, alguns morreram ao meu lado, alguns na minha frente e outros nos meus braços. Não fazíamos pelo país, por patriotismo ou porque somos máquinas programadas para matar, mas por causa do cara do nosso lado. Você luta pelo seu amigo, para mantê-lo vivo e ele luta por você.

Passava a maior do tempo livre correndo, lutando boxe e levantando peso com Tony, um marombado de Ohio que gritava quando falava, jurava que tequila era afrodisíaco, e era, de longe, meu melhor amigo na unidade. Ele me convenceu a fazer algumas tatuagens nos braços.

Alguns dos meus amigos ficavam deitados em suas beliches lendo livros, quando se está no exército, há muito tempo para ler, os mesmos se esquiavam da presença feminina. Outros dos meus amigos saíam, entupidos de testosterona à procura de mulheres para um pouco de alívio e até chegaram a se casar com as moças do lugar, casamentos que raramente funcionavam. Eu sempre me encaixei no grupo dois.

Namorei dezenas de mulheres durante esse período. No Red, semore haviam mulheres. Em todas as vezes, foram casos passageiros. Usei as mulheres e me deixei usar por elas, sempre resguardando os meus sentimentos. As minhas noites de sexta me lembram o Red, um bar perto da base, onde eu encontrava as minhas companheiras da noite. Depois dos meus turnos nas sextas, sigo para um bar em um beco aqui perto e faço o que fazia quando estava na base.

Meu pai e meu avô morreram em combate. Minha mãe e meus irmãos sofrem todos os dias a falta do meu pai. Essa foi uma das minhas motivações para lutar para voltar para casa e deixar os fuzileiros, minha família. Hoje em dia eles vivem no condado de Orange na Califórnia.

Atualmente tenho vinte e dois anos. Encontrei um emprego "mais calmo", que não me desconectou da Ordem.

Joshua, Sabina e Bailey, minha família aqui em Nova Iorque. Os três são como irmãos para mim. Trabalhamos juntos, saímos juntos.

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𝕯𝖆𝖓𝖌𝖊𝖗𝖔𝖚𝖘 𝖜𝖔𝖒𝖆𝖓 • 𝕹𝖔𝖆𝖗𝖙 (interrompida)Onde histórias criam vida. Descubra agora