𝕯𝖆𝖓𝖌𝖊𝖗𝖔𝖚𝖘 𝖜𝖔𝖒𝖆𝖓 • 𝕹𝖔𝖆𝖗𝖙 (interrompida)

₆.

SINA DEINERT

ㅡ E daí se eu sou mulher? Acha que eu não consigo me defender sozinha? Que preciso de um homem como você para me salvar? Está errado ㅡ falo irritada

ㅡ Não foi o que pareceu mais cedo
ㅡ seu tom era de provocação e deboche, enquanto ele descia da bancada

Ando a passos pesados até ele, minhas mãos formigavam para dar um tapa naquele rosto lindo. Eu ergui a mão e tentei depositar o tapa rapidamente, mas Noah segurou firme meu pulso e sorriu provocativo.

Tentei usar a outra mão, mas ele também segurou o outro pulso. Nossos olhos estavam colados. Provocantes. Desafiantes. Emanavam calor.

Noah me prensou contra a parede, segurando os meus pulsos também contra ela sem os machucar.

Seus olhos estavam entre os meus lábios e os meus olhos.

ㅡ Eu te odeio! ㅡ digo dividindo a minha atenção entre os olhos e a boca dele

ㅡ É um bom começo...

É a última coisa que ele diz antes de colar os nossos lábios. Noah soltou meus pulsos de leve e minhas mãos encontraram seu macio cabelo.

Suas mãos pesadas pousaram na parte de trás das minhas coxas, por onde ele me levantou. Rodeei sua cintura com as pernas. Quando o fôlego de Noah acabou, ele colocou o rosto no meu pescoço.

Ele distribuía beijos molhados por toda a extensão do meu pescoço, enquanto eu deixava gemidos baixos escaparem. Noah apertava a parte de trás das minhas coxas, o que me fazia arfar. Depois suas mãos correram as laterais do meu corpo, uma delas parou na minha nuca e a outra no meu cabelo.

Urrea me desencosta da parede, me carregando em direção à bancada da cozinha, enquanto nossos lábios voltavam a se encontrar. Ele me coloca delicadamente na bancada, ficando por cima de mim tomando cuidado para não me machucar.

Minhas mãos percorriam as costas nuas e musculosas de Noah, deixando alguns arranhões. Jacob passava a mão pela minha coxa, segurando-a junto à sua cintura.

Logo ouvimos o som da campainha. Noah estala a língua e sai de cima de mim, seguindo em direção à porta.

ㅡ Você sempre chega em uma hora ruim, Carlos ㅡ Noah diz abrindo a porta

ㅡ Foi mal ㅡ o entregador magrela rio e entregou a pizza para Noah

ㅡ Aqui ㅡ Urrea entrega uma nota para o tal Carlos

ㅡ Valeu, cara. ㅡ O entregador recebe a nota ㅡ Boa noite, gata! ㅡ ele da um sorriso de lado para mim

Sorrio fraco e aceno com a cabeça.

ㅡ Tchau, Carlos ㅡ Noah diz com uma voz de tédio e fecha a porta antes que o entregador possa responder

Noah revira os olhos e coloca a caixa da pizza em cima da bancada da cozinha.
Levanto do sofá, me aproximando da pizza.

ㅡ Pedi de pepperoni ㅡ ele tira a caixa da embalagem

ㅡ Minha favorita ㅡ sorrio sentando na bancada

Noah senta na minha frente e a caixa da pizza ficou entre nós dois. Pego os braços dele, queria ver os detalhes das suas tatuagens. Havia uma maior no antebraço, era um rosto feminino e logo acima a cabeça de um lobo, com alguns rabiscos e um prisma. No outro braço havia uma linha tribal ao redor do antebraço e uma mais em cima.

Pouco acima das duas clavículas e haviam os números 1940 e 1960. No dorso da mão havia uma cruz no canto do dedão. Uma sereia no bíceps esquerdo. Uma frase no antebraço. Além das outras tatuagens menores nos braços.