ℙ𝕒𝕣𝕥𝕖 𝕀𝕀𝕀

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𝙃𝙚𝙡𝙚𝙣𝙖 𝙎𝙢𝙞𝙩𝙝 𝙋𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙊𝙛 𝙑𝙞𝙚𝙬

Fazem duas semanas desde o dia em que minhas amigas vieram aqui, mas isso não quer dizer que deixamos de nos ver, muito pelo contrário. Nos encontramos várias vezes, saímos para comer lanche, agora mesmo estamos chegando na Paulista.

— Meninas, olhem aquelas beldades. — Lari indicou uma direção, e nós olhamos curiosas.

Meu queixo caiu em descrença, pensei que ela estava falando de outras pessoas, mas ela estava apontando para o nosso reflexo no vidro do ônibus. Mas tenho que concordar estamos belíssimas, eu vestia uma calça jeans larga, uma blusa preta com uma caveira no meio, nos pés um sapato preto. Minha maquiagem era delicada e ao mesmo tempo chamativa, e meus brincos eram duas argolas enormes, estou arrasando.

Valentina usava um short jeans branco, com uma blusa preta bem larga, e nos pés ela usava um all star branco. Lari, estava de calça jeans clara, e uma blusa branca, e nos pés uma sandália bem delicada.

— Realmente, essas beldades são de parar o trânsito. — entrei na brincadeira, e reparei que minha irmãzinha estava no mundo da lua.

— Valente, você tá bem? — sempre gostei de chamar ela assim, pra lembrá-la que ela é uma garota valente, que ela é forte, e que pode superar tudo.

— Você não sente medo? — ela parecia meio angustiada, mas entendo ela.

— De morrer? — nós já conversamos sobre isso algumas vezes, e minha resposta sempre é a mesma. — Eu tenho medo de não viver.

Isso me faz lembrar de um trecho do livro Quem é você Alasca, é o meu livro preferido.
"Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia"

Viver não é só respirar, viver é aproveitar a vida, é fazer uma coisa só porque deu vontade. Não precisamos de grandes explicações ou de grandes momentos, faça o que te faz feliz. Programar um roteiro é uma grande perca de tempo, nós não sabemos nada sobre o dia de amanhã. Então viva o hoje, aproveite o agora, dance no meio da praça, ou cante bem alto dentro do transporte público, porque são pequenos momentos que fazem a sua vida valer a pena.

— Então vamos fazer valer a pena todos os segundos. — ela é uma pessoa extraordinária, sempre esteve ao meu lado e cada segundo ao lado dela, me faz um bem danado.

— Vamos passar muita vergonha, meninas. — esse é o plano, Lari estava muito empolgada com esse rolê.

— Helena, aperta aí o botão, que nós vamos descer. — fiz o que a Valente pediu.

Descemos do ônibus fazendo muito barulho, a Lari tropeçou e quase caiu de cara no chão, e foi aí que tivemos uma crise de risos. E eu nem podia rir muito que dava falta de ar.

Paramos bem de frente ao MASP, tinham muitas pessoas ali, andando de skate, vendendo aqueles artesanatos. Tocava uma música por ali, e todos estavam curtindo com seus respectivos amigos.

Nós ficamos lá conversando, fazendo barulho, cantarolando de acordo com as músicas que tocavam. A Valentina era a mais ativa, dançava de um jeito maluco e descontraído, e eu só conseguia rir dos passos estranhos dela.

𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝑨 𝑼𝒍𝒕𝒊𝒎𝒂 𝑷𝒆𝒕𝒂𝒍𝒂 𝑪𝒂𝒊𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora