ℙ𝕒𝕣𝕥𝕖 𝕍

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𝙉𝙖𝙧𝙧𝙖𝙙𝙤𝙧 𝙋𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙊𝙛 𝙑𝙞𝙚𝙬

A jovem Helena havia saído do hospital semanas atrás e desde então passou a organizar sua festa ao lado de suas amigas e familiares. Vez ou outra ela sentia uma falta de ar gritante, um cansaço incomum.

As pessoas estavam começando a se preocupar, mas a jovem se mostrava cada vez mais forte. Os momentos em família se tornaram mais frequentes e em todas as vezes, Helena, fazia questão de dizer o quanto os amava.

Ainda deitada em sua cama, ela pensava em como queria ver sua amiga, Valentina. Fazia um tempo que não via a mesma e agora sentia necessidade de tê-la por perto.

— Ela está aqui, filha. — a mãe da garota entrou no quarto sendo seguida pela sua amiga de cabelo curto.

— Fiquei sabendo que queria me ver. — a garota sorriu, mas não era aquele sorriso alegre de sempre, era um sorriso preocupado.

— Senti saudade da minha melhor amiga. — ela esticou a mão como se fosse um convite para sua amiga se aproximar.

E assim ela o fez, mas com muita cautela como se qualquer movimento pudesse prejudicar saúde de sua amiga. Seu coração batia descontroladamente, mesmo de maneira inconsciente, ela sabia o que estava acontecendo.

— Eu também senti sua falta — ela se sentou ao lado de Helena na cama, e segurou em suas mãos. — Eu não quero te perder.

O ar pareceu faltar nos pulmões de Valentina, e as lágrimas desciam sem que ela pudesse controlar. Ela sempre foi muito emocional quando se tratava de sua amiga, ambas tem uma conexão forte uma com a outra, é um amor de irmã que ninguém consegue explicar.

— Vai ficar tudo bem, eu vou ficar bem. — ela não derramava nenhuma lágrima, tentando passar confiança pra sua amiga.

— Eu te amo tanto, sabe disso não é?

— Eu sei, e eu também te amo, eu te amo muito, Valente. — a cada palavra dita o aperto de mão ficava forte.

— Filha, temos que ir. — seu pai a chamou para que pudessem ir ao hospital, no estado em que sua filha está, não se pode se dar ao luxo de ficar em casa esperando o pior.

Valentina ajudou sua amiga a levantar, e todos saíram juntos da casa, a família foi para o hospital e ela foi para sua casa, pedindo a Deus e a qualquer ser que pudesse  ouvir o seu clamor, que trouxessem sua amiga de volta pra casa, com saúde.

Já no carro, os pais e os irmãos estavam aflitos, Helena era a única que mantinha a calma. Ela sorria lindamente para os familiares, acariciava o rosto de seus pais e pedia calma, pedia para que eles fossem fortes, porque passariam mais alguns dias no hospital.

— Eu só queria que tudo isso acabasse, queria te levar pra casa sabendo que você nunca mais precisaria fazer quimioterapia, que não fosse precisar mais usar nenhuma aparelho pra respirar. — Rodrigo olhava pra sua filha, como um pai em desespero.

— Eu amo vocês, com todo o meu coração.

— Nós te amamos, meu amor. — seu pai respondeu com emoção.

Logo chegaram ao hospital e ela foi levada para o quarto, o médico logo veio ao seu encontro e não fez uma cara muito boa. Mas ela não estava surpresa, ela sabia o que estava por vir. Ela foi ligada a um monitor cardíaco, os batimentos estavam fracos, no entanto estavam constantes.

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𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝑨 𝑼𝒍𝒕𝒊𝒎𝒂 𝑷𝒆𝒕𝒂𝒍𝒂 𝑪𝒂𝒊𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora