CAPÍTULO 4

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Demorou mas chegou!
Obrigada pela paciência e o amor de vocês por minhas obras, eu só continuo graças a vocês!

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ENRICO FONTES

Estava meio louco, podia admitir isso para mim mesmo, pois era a pura verdade. Depois de voltar de Dubai, eu só pensava nela. Passava horas vendo seu instagram, admirando as fotos que postava, sempre sexy, sorridente, os seios eram de enlouquecer assim como a bunda farta. Me vi babando ao ver o ousado piercing que ela tinha no umbigo.
Eu era meio que obcecado por isso, acho sexy uma mulher que tenha piercing, não importa aonde. Eu ostentava um na cabeça do meu pau, doeu como o inferno para fazer, mas o prazer que eu sentia no sexo valeu a pena cada minuto de dor.

Não havia me conformado em ser recusado por ela. Se fosse outra mulher, respeitaria sua vontade, mas eu não conseguia parar de pensar sobre como seu corpo reagiu ao meu, em como seus olhos me mediram naquela festa. Podia estar me dando falsas esperanças mas eu precisava tentar mais uma vez, mesmo que fosse para aliviar os meus pensamentos.

Maya me encara surpresa ao me ver no seu escritório em uma segunda 10:00 da manhã. Ela só ficava no escritório duas vezes por semana para poder voltar a búzios para ficar com as filhas. Eu era acionista, mas nunca aparecia por lá, detestava ficar preso em salas se podia aproveitar minha liberdade. Mas ali estava eu...  Mandando à merda os ensinamentos da minha mãe sobre respeitar o espaço de uma mulher, aceitar o não, não entende-lo como charminho. Eu estava quebrando minhas regras, tentei me controlar e até consegui por uma semana.

-Quem morreu? –Maya diz bem humorada enquanto bebericava um café.

-Sou seu sócio, vim ver como as coisas estão, se estou investindo bem, talvez eu precise focar na la’curve, ser mais ativo, participar do crescimento da sua grife, sou uma figura pública, poderia ajudar no markenting....

-Cortejar a Vivienne um pouquinho também... –Ela murmura com um sorriso malicioso,

-Foi tão obvio? –Eu rio sem graça.

-Eu vi sua cara de tacho quando ela o deixou no meio da pista. Meu cunhadinho está perdendo o encanto!

-Talvez esteja certa. –Digo sorrindo. –Estou me comportando como um troglodita aqui, não conte para minha mãe.

-Deus me livre enfrentar a fúria da tia Thalia! –Maya ri.

-Eu a quero Maya. –Digo convicto.

-E porque acha que ela te quer? –Ela diz inclinando-se em minha direção.

-Eu ainda não sei, saberei agora. –Pisco um olho.

-Eu devia te impedir, mas você me conhece... Acredito em boas histórias de amor. –Ela brinca com a aliança em seu dedo.

-Não se empolga cunhada, é só uma paquera, quem falou de casamento? –Eu digo saindo porta a fora.

Sinto meu coração pulsar forte quando vejo o nome dela gravado na porta.  Sem pensar duas vezes eu abro, sem cerimônias.

Vivienne desliza o olhar da tela do computador para mim. Seus olhos surpresos por um momento se tornam sagazes, como de uma loba, a boca carnuda estava bem delineada com um batom rosa forte, linda... linda pra caralho. A mesa de vidro vasada me dava uma bela visão das pernas delineadas, o vestido vermelho tinha um decote generoso, mas elegante, os cabelos pretos estavam presos em um rabo de cavalo, para completar, ela usava um óculos de leitura. Ela parecia uma fantasia de professora sexy.

Vivienne limpa a garganta, me medindo, vejo como seu olhar escorrega pelo meu corpo, em como passa a língua pelo lábio carnudo. As unhas bem feitas tamborilam na mesa. Ela emanava poder.

-Pois não? –Sua voz sexy ressoa da sala clara e arejada.

-Vivienne? Que coincidência. –Dou meu melhor sorriso enquanto entro na sua sala sem pedir licença.

-É mesmo? Coincidência me achar na minha sala, cujo meu nome está gravado na porta? –Sua voz rouca tem um tom de humor sarcástico.

-Sim, coincidência porque essa era minha sala. –Minto descaradamente. –Eu entrei tão distraído que não prestei atenção na placa da porta. –Complemento a mentira deslavada, eu mal tinha cadeira naquele escritório.

-Interessante, pelo que eu soube você não costuma vir muito aqui. –Ela diz docemente enquanto tira o óculos e o deposita na mesa.

Eu sorrio maliciosamente enquanto me sento na cadeira de frente para ela. Ela arqueia a sobrancelha, talvez intrigada com a liberdade que eu achei que tinha direito.

-Perguntou sobre mim? –Murmuro.

-Sim. –Ela responde sem hesitar. –Não negarei minha curiosidade, você é um homem lindo.

-Que bela coincidência, acho que você também é lindíssima.

-Eu imaginei, tem curtido muitas fotos minhas no instagram. –Ela comenta com um sorrisinho enquanto levanta e vai até o pequeno balcão e aperta uma máquina de café. Ela se inclina um pouco, empinando a bunda farta e redonda em minha direção. –Aceita uma xícara? –Sussura me olhando de soslaio. Era uma provocadora de marca maior.

Eu me levanto e me aproximo vagarosamente, eu apoio uma mão no balcão enquanto aproximo meus lábios da sua nuca. Mas não a toco, se ela gostava de provocar, eu gostava muito mais.

-Aceito  o que quiser me dar Vivienne. –Digo rouco.

Ela dá um risinho safado e então tira sua xícara enquanto coloca outra para mim. Ela se vira em minha direção, seus lábios quase colam nos meus, mas assim como eu, não me toca.

-Só posso te oferecer boas xícaras de café, Enrico.

-Só Rico. –Digo sorrindo.

-Enrico.... –Ela repete baixinho. –Não é homem para mim, assim como eu não sou mulher para você.

-Então porque provoca Vivienne?

-Porque gosto de ver o desejo nos seus olhos. –Ela comenta voltando a sentar em sua cadeira.

-Eu vejo o desejo nos seus também Vivienne.

-Não nego o desejo Enrico, mas sou boa a resistir às tentações.

-O escritório é pequeno, não tem mais salas disponíveis, terei que dividir essa com você. Se importa? –Inclino-me na mesa.

-Não. Afinal só dividiremos a sala, não a cama.

-Isso nós veremos Vivienne. –Pisco um olho enquanto vou em direção à porta. –Outra coisa Vivienne... –Digo chamando sua atenção. Seus olhos profundos fitam os meus como fogo. –Se não quer uma cama, posso pensar em outras opções... –Mordo meu lábio lentamente.

Ela sorri largamente dessa vez, não responde, apenas beberica o café.

Eu teria aquela mulher.

RICO (SPIN OFF DA TRILOGIA PERDOAR)Onde histórias criam vida. Descubra agora