CAPÍTULO 3

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VIVIENNE THOMAS

Dou uma última conferida no espelho e sorrio largamente.  Meus cabelos estavam soltos e desciam totalmente lisos até minha bunda. O vestido longo e perolado tinha um decote generoso evidenciando meus seios grandes e fartos e as costas eram completamente nua.  Eu coloco os Scarpins altíssimos e dou uma última borrifada de perfume.  Estava pronta para o coquetel como a mais nova diretora de markenting.

 Não estava acreditando. A ficha não havia caído ainda.

Finalmente moraria no Brasil, meu lugar favorito no mundo. Mal acreditava que agora poderia morar a poucos metros da praia, poderia curtir o samba da Lapa, curtir o sol brilhante e o clima agradável e principalmente desfrutar do cardápio de homens lindos e quentes totalmente a minha disposição.  Com esse pensamento cumprimento o porteiro que avisa que o carro já me esperava para me levar até o coquetel que fiz questão de ajudar na organização e decoração, queria que aquele evento tivesse a minha marca.

Depois de anos apenas modelando para La’Curve e fazendo parcerias para meu blog de moda, estaria dentro da empresa, dirigindo toda a publicidade e comandando os ensaios e viagens para divulgações.

Amava viajar, conhecer lugares novos, inspirar mulheres como eu a se amar como são, a se sentirem representadas  e seguras de que mulheres gordas, com números a mais do que o ‘’permitido’’ eram sexys, confiantes, femininas e donas de si.

Me formei na Yale em administração mas mal exerci, naquela época já me interessava por moda, maquiagem e por isso fiz um blog. Fui uma das primeiras a começar o movimento de aceitação e positividade corporal. Claro que me cuidava, fazia exercícios, fazia uma boa alimentação, mas mantive minhas curvas exageradas, os seios grandes  e naturais e abracei meu sangue latino que antes me era renegado por causa da minha mãe.

A noite carioca era uma das mais lindas do mundo, o clima fresco da noite me recebe quando saio do carro e entro no grande salão iluminado. Olho ao redor e sorrio com a decoração bem feita, a banda que tocava salsa animadamente. Logo o garçom me oferece um dirty Martini que aceito de bom grado e beberico enquanto caminho em direção a Maya que acena para mim sorrindo.

-Vivi, como está linda! –Ela comenta sorrindo.

Eu a abraço calorosamente e retribuo o elogio, afinal ela era linda. Raví o seu marido me cumprimenta com um beijo na palma da mão e eu sorrio encabulada. Era um moreno bonito, bem apessoado, mas irremediavelmente apaixonado pela esposa.  Troco palavras gentis com os dois e então sou puxada por Gabi, uma amiga de longa data e também modelo.

-Cara, precisa pegar mais leve na beleza. Puta merda! –Ela diz alegrinha, logo me dou conta que ela estava bebendo e a coitadinha não aguenta quase nada de bebida.

-Acho melhor maneirar na bebida maluquinha. –Reviro os olhos.

-Nunca! Não vou dispensar toda essa comida boa e bebida grátis. –Ela dá uma piscadela. –Como se sente sendo a mais nova CEO?

-Não sou bem uma CEO, mas me sinto poderosa e finalmente tenho um bom motivo para fazer morada no Rio de vez. –Eu confesso bebericando um pouco mais do Martini.

Aos poucos, outras modelos se aproximam e me cumprimentam, muitas conheciam meus trabalhos e eram admiradoras do blog. Era a parte mais gratificante para mim, eu as ajudava a reconhecerem o quanto eram lindas.

-Para tudo. –Gabi comenta lambendo os lábios. –Ele chegou.  –Ela diz apontando o queixo em direção a porta de entrada e logo outras mulheres cochicham como adolescentes.

Eu acompanho o olhar disfarçadamente e então me deparo com a imagem imponente do homem que elas tanto cochichavam e rasgavam elogios sussurrados.  E não eram mentirosos. O cara era gato. Muito gato....

RICO (SPIN OFF DA TRILOGIA PERDOAR)Onde histórias criam vida. Descubra agora