C A P Í T U L O 2

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   " Querida, quando for embora...diga-me ... diga-me, para eu ter dizer que todas as vezes que te beijei foram únicas "

    Era como se o mundo tivesse desabando na cabeça de Adélia, ela olhou para o homem que estava em estado de confusão e por um momento ela se desesperou.
-- Você não se lembra de nada ? --- Adélia indagou temendo a resposta.
--- Ah... não, impossível! -- Ela murmurou pra si mesma enquanto andava de um lado pra o outro. Depois de um breve minuto de pânico, Adélia olhou para ele, seus olhos grandes azuis mostravam confusão, sua testa com curativo estava inchada e provavelmente doía. Adélia se acalmou e se aproximou dele hesitante.

--- Me desculpe por.... bem, eu encontrei você ontem desacordado no chão, e ... uma nevasca estava vindo então achei melhor ajudar você. --- Ela disse tentando evitar demostrar desamparo. O homem a olhou fixamente a mulher em sua frente era incrivelmente linda por mais que não tivesse lembranças de nada, ele tinha certeza que essa mulher era...boa, vendo seu olhar preocupado e hesitante enquanto o olhava fez seu coração pula uma batida. Seu olhar ser tornou gentil quando a olhava.

--- Eu... sinto muito, não lembro de nada. --- Ele disse rouco.

Adélia sentiu pena da situação toda, ela pensou por um momento até tomar sua decisão.

--- É natal, e tudo está fechado. A never não está tão grossa mas ainda sim, nada está funcionando. Assim que o feriado passar vamos ir a polícia tentar encontrar ...algo. --- Adélia sugeriu hesitante... ela nunca foi sociável e sempre evitar falar com pessoas aleatórias, era um sentimento estranho por ele , já que em parte ela simpatizava por ele,  ela sabia como é está perdido sem rumo. Porém, o medo e a preocupação porque um homem desconhecido estava em sua casa despertava sua busca por algo seguro. Depois daquele homem, Adélia nunca teve um segundo onde ela não buscasse algo seguro, o tempo todo o medo corroia sua carne a lembrando que aquele homem poderia encontra-la, o simples fato de está perto de um homem a assombrava, eles sempre a machucaram e até hoje a machucam.

--- Acho que só podemos fazer isso.. --- O homem disse gentilmente tentando não deixá-la assustada. O corpo dela que estava tenso desde que entrou se ralaxou um pouco.

--- Vou deixá-lo descansa, por favor coma um pouco, mas tarde venho troca suas bandagens. --- Adélia disse rapidamente antes de sair pela portar do quarto.

Fazendo alguém na cama sorrir pacificamente.

Para ele, essa mulher era interessante...

E... doce.

   O cheiro do mingau despertou sua fome e ele elegantemente rapidamente, por mais que sua mente estivesse em branco ele tinha uma leve percepção das coisas, ele olhou para o quarto que Adelia saiu e sorriu por um momento.


                              (●●●)

Adélia sentia sua cabeça doer, ela sabia que estava em um problema enorme, um homem desconhecido sem memória em seu quarto,  as coisas só iriam abrir depois do ano novo, o que seria há 5 dias, Adélia se acalmou e ser consolou com o fato de que só seria por 5 dia, depois ela poderia voltar pra sua vida normalmente e esquecer disso.

Adélia não era altruísta, ela não entendia por que fez isso, apenas fez.

Ela não esperava consequências.

O sol ser pós rapidamente era Natal, mas Adélia não fez questão de colocar nenhum enfeite. O final do ano era sempre o pior para ela, o quão solitário seria essas datas. Adélia ferveu a água e tomou um chá antes de fazer um bolo de Natal, ela pensou... em algum lugar aquele homem tinha uma família e essa família deve está preocupada com ele, ela esperava.

O bolo era simples. Ela cortou um pedaço antes de bater na portar do quarto e entrar.

Ele estava sentando na cama olhando a janela, estava começando a nevar.

Ele sorriu quando a viu parada.

--- Você não me disse seu nome, eu nem puder agradece a você. --- Ele disse com sua voz ainda rouca mas que tinha um charme.

--- Adélia, meu nome é Adélia. --- Adélia disse enquanto entrava, ela deixou a bandeja com dois pedaços de bolo e chá na cama.

--- Sei que não é muito, não gosto de Natal, bom... feliz Natal. --- Ela disse rapidamente antes de sair sem olha pra trás.

Ela não percebeu o olha que aquele homem deu.

O coração dele estava coçando de tanta doçura, ela parecia fria e indiferente mas quanso você olhava bem, percebia o quão frágil, e gentil ela era.

Ele pegou o pedaço de bolo e comeu, mesmo não tendo lembranças de nada ele tinha certeza que era o melhor bolo que ele já tinha comido.

Adélia...

O som de seu nome trazia conforto para ele.


Para meu, menininho.Onde histórias criam vida. Descubra agora