/FÊNIX\
Deixe uma noite fria atualizar meu corpo antes de me direcionar para uma janela e ver o início de um nascer. Quando o sol já está quase terminado de nascer e posso cortar no Pesadelos me preparando para mata-la. Eu tinha calculado cada minuto. Escrito e lido tudo ou que fazer. E até sonhava comigo voltando com seu sangue sujando minhas roupas. Tudo daria tão perfeitamente bem.
Sai da varanda e fui tomar um banho. Depois do banho escolhi como adagas que levaria escondido. Coloquei elas escondidas sobre uma calça preta que eu cobria, eu tinha escolhido uma camisa simples e leve. Haviam armas por todos os lugares. Fui em frente e vesti o grande capuz preto que deixava apenas o meu nariz abaixo a mostra, fechado nos ombros. Um sorriso felino, de quem esperava uma hora certa para gravar como garras na presa.
Eu virei uma porta e ela foi aberta. A figura de cabelos loiros estava radiante.
-Magnifico! Está pronto para o lado de fora?
-Não vejo uma hora.
Ele saiu da frente da porta e eu sorri antes de andar em direção à liberdade, liberdade que eu vejo por dezesseis anos, e agora ela estava a passos de distância. Dei um passo para uma porta e ouvir com clareza a voz dos criados. O Tamlin colocou o meu lado e começou a andar para que eu seguisse. As paredes tinham pinturas belíssimas, pessoas sorrindo, outras chorando, criadas falando de outras salas, uma brisa que fluía levemente pelas janelas abertas. Seguimos uma grande sala de jantar que tinha uma mesa gigante cercada por cadeiras. Senti uma mão em cima do meu ombro.
-Quando voltar, jantar aqui todos os dias.
Virei meu olhar e encontrei o seu, quase, me deixei me levar pela emoção de imaginar aquela cena. Voltei a olhar a porta aberta que dava para uma iluminação assustadoramente forte. Vi a grama, as flores, as pessoas, os portões. Tudo o que eu sonhei por anos que só pude ver pela janela escura. Nada mais estava embaçado e distante, estava claro e a um toque de distancia. Abaixei-me e toquei a grama com as mãos, era macia e gelada, e acariciava as pontas de meus dedos, me levantei e senti o vento da primavera carregado com o cheiro das rosas dos jardins.
-É... Tao diferente do que nos livros.
Disse e olhei em volta, as pessoas paravam para encarar e então voltavam a andar.
-E tudo diferente, diferente dos livros que leu, de tudo que ouvia pelas paredes.
Lembrei das paginas que contavam sobre o cheiro das rosas, Era completamente diferente, era doce e desnorteante. Lembrei de colocar o ouvido perto da porta para poder ouvir os criados conversando sobre o jardim, sobre as flores que nunca morriam, e depois ir comparar com as informações que eu tinha anotado. Nada daquilo chegava perto da sensação de liberdade que encheu meus olhos. Eu tinha passado dezesseis agonizantes anos abraçando as paredes em busca de qualquer relato do mundo de fora.
-Vá! E a mate!
Um homem alto de cabelos negros e pele branca parou em nossa frente estendendo a mão. Seria ele quem me levaria.
-O senhor já esta pronto?
Assenti com a cabeça e segurei sua mão com rigidez. Olhei para traz e meu pai já saia antes mesmo de se despedir de mim. Eu estava livre.

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Nascidos Para Matar
RomantikUma princesa, com alma de guerreira, ela esta disposta a conhecer o mundo e as pessoas, e diferentes do que seus pais fizeram ela não quer viver com máscaras, por mais que isso esteja a cada dia parecendo mais difícil. Lilyana a senhora das estrelas...