Presa de lindos olhos

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/FENIX\

Eu estava no imenso salão de mármore negro, haviam varias pessoas, eu estava nervoso, eram pessoas demais para quem só havia visto três em toda a existência, mas, eu me concentrava, não podia perder o foco do alvo, que pelas trombetas infernais estava muito perto de chegar. Eu estava ansioso, não via a hora de sair daquele lugar, barulhento, cheirava álcool que eu já vi escorrer por debaixo da porta de meu quarto. Aquelas pessoas se esfregavam ao som da musica que tocava ao fundo, bebiam vinho e trocavam longos toques de carinho, nojentos. As trombetas soaram novamente e eu olhei pela fresta de pessoas, uma mulher de cabelos castanhos entrava de cabeça erguida, vestia preto como o parceiro ao seu lado, ele, tinha olhos violetas e cabelos negros azulados, os dois, tinham lá sua beleza, mas a verdadeira beleza entrava logo atrás, da cabeça aos pés ela brilhava como as estrelas que iluminavam as noites temorosas, os fios castanhos escuros se prendiam em uma trança em cima da cabeça, a pele morena dourada parecia se diferenciar de todas as outras anormalidades a sua volta, o vestido negro parecia ser feito a se encaixar nas curvas de seu corpo, os quadris largos a cintura fina os seios avantajados segurados pelas rendas, cada passo que ela dava fazia aquela montanha estremecer, o poder magnificado transbordava dela. E de mim, transbordava o veneno e a vontade de mata-la, ela era a pura arrogância, sentada em seu trono fazia seus próprios súditos sofrerem, cada palavra soada por sua boca era puro desdém. Ordenou que seus súditos dançassem, como não sabia dançar me posicionei como um dos últimos das filas , observei as danças e quando ela já estava perto o suficiente, ajeitei o capuz e me posicionei de costas para ela, girei , por debaixo do pano que cobria meu rosto vi sua expressão, os seus olhos violetas estrelados, pareciam buscar onde se fixar, eu sorri sarcasticamente, acompanhei sua dança e percebi que ao contanto quente de sua mão com o frio da minha ela soava.

-Quem. È. Vôce?

Sua voz saiu, doce ao doce que eu imaginei como seria seus gritos agudos. Então eu respondi e me despedi daquela dança ridícula.

-O seu pior pesadelo.

Ela virou de costas e saiu andando e eu me misturei a multidão que se formava novamente andando. Fui atrás de uma das paredes e senti garras rasparem meus escudos mentais, devolvi com ondas de personalidade atacando as garras negras. Sorri satisfeito e atrás daquela parede eu esperei minha presa de lindos olhos cair em minha armadilha.

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⏰ Last updated: Jun 10, 2020 ⏰

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