Relatos de um viajante PG 09

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Responde o garoto com um olhar que transpirava raiva.
— Tem razão, Pirralho. — continua Larion — Porém, eu consegui uma vez...

— Você é um monstro, um maldito veterano de guerra. — Diz Droin.

— É, tem razão. — Responde o homem gigante, com um brilho nos seus olhos
vermelhos e, um sorriso forte nos seus lábios acinzentados que transpira orgulho.

— Quando estava em minha caçada, pela floresta. Algo aconteceu, uma coisa bem estranha; e benéfica, de certa forma. — Diz o garoto se aproximando de sua cadeira rústica entalhada a mão, o móvel que se localizava próxima há cadeira na qual seu irmão estava sentado.

— O que você quer dizer com isto, garoto? Seja mais direto, conte o que aconteceu. — Indagou o irmão.

— Enquanto eu estava abrigado em uma caverna que encontrei nas montanhas
geladas, eu acabei desmaiando de cansaço pelo fato que passei quase o dia todo caçando nas montanhas. Por fim, acabei acordando com o meu braço em cima das chamas do fogo mas, eu não me queimei, não senti dor, não senti nada, e quando removi o braço as chamas dançavam em torno do meu braço e não se apagava, porém,
eu fechei a minha mão e as chamas se apagaram, como se eu as controlasse. — Balbuciou sem ao menos ter uma pausa para respirar.

Larion solta uma gargalhada em alto e bom som, antes de respondê-lo:
— Imão, deixe de soltar asneiras. Isso é impossível, você deve ter sonhado com isso e achado que estava acordado, garoto tolo.

As Crônicas De PYRONIR Onde histórias criam vida. Descubra agora