Capítulo três

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|TAFNE|

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|TAFNE|

Não sei o que os finais de semana tem de diferente dos demais dias, que parece levar nossa mente a loucura e a cometer certos tipos de coisas que normalmente não faríamos em outras ocasiões. É o que pondero seriamente  no momento em que abro meus olhos no dia seguinte após minha saidinha de comemoração, e me deparar com a visão de um peitoral masculino rijo e caloroso, no qual eu estou com a cara praticamente colada e os cabelos espalhados sobre o mesmo.

Por Deus, Tafne!

Cuidadosamente, retiro o braço levemente musculoso, sem exageros, que exibe uma tatuagem, acredito que seja uma tribal ou coisa parecida, que se inicia no alto do ombro e termina logo abaixo no antebraço, e o afasto milimetricamente de minha cintura, como se estivesse desarmando uma bomba altamente perigosa.

Ufa, ele não acordou! Seja lá quem for esse homem, ainda permanece de olhos fechados imerso em um sono profundo, e eu agradeço aos céus por esse pequeno milagre.

Agora falta só mais um pouquinho para me livrar por completo do casulo do desconhecido... estreito os olhos temerosamente e faço uma prece fervorosa em silêncio, enquanto empurro delicadamente a perna grossa, quase da largura de um tronco, para longe do meio das minhas.

Eu estou livre! Obrigada, Deus. Juro que nunca mais entrarei em outra enrascada como esta, juro mesmo, de mindinho e tudo o que mais quiser!

Deixo os lençóis caírem sobre o colchão ao me sentar, e agindo como uma completa criminosa que invade propriedades alheias, saio da cama pé por pé, evitando fazer qualquer tipo de ruído que possa despertar o sujeito dorminhoco, e começo a procurar por minhas roupas que estão espalhadas pelo chão do quarto.

A tarefa é simples, mas se torna um tanto difícil devido ao fato de que o local está mergulhado numa penumbra, o que acaba consumindo alguns preciosos segundos a mais para realiza-la, contudo encontro todas as peças.

Vestido, peças íntimas e sapatos...

Meus amados sapatos de estimação, que haviam dado uma bela facada no orçamento para pagá-los, e que em hipótese alguma poderia perdê-los ou deixá-los para trás, tanto pelo valor financeiro barra emocional, como também porque não pretendo deixar o hotel parecendo uma maluca que foge com os pés descalços logo pela manhã. 

Me apresso em vestir rapidamente o vestido da noite anterior, e minha cabeça gira por um instante quando flashes e recordações do que fiz com o maravilhoso espécime de homem deitado a poucos metros de mim, voltam com tudo em minha mente.

Garota, o que foi que você fez? Está doida por acaso? Me repreendo ao mesmo tempo em que mordo os lábios me permitindo contemplar de cima a baixo, a beleza do cara que agora está esparramado de bruços, com o lençol cobrindo precariamente apenas parte de seus quadris. Engulo dolorosamente a saliva presa em minha garganta, e me perco por alguns segundos em uma centena de pensamentos intensos.

O Clichê dos Apaixonados-DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora