Why Try

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– Noah – falo olhando em seus olhos e ele sai e fecha a porta.

Olhar para ele foi como ser atingido por uma onda de sentimentos bons e eu queria me afogar neles.

– O que você está fazendo aqui? – seu tom de voz era bem baixo e ele parecia atento demais.

– Podemos conversar? – meu tom também havia diminuído.

Ele bufa e passa a mão em seus cabelos castanhos enquanto me olha, podia ver que seus olhos começavam a lacrimejar.

– Tudo bem, mas não pode ser aqui, vou pegar a chave do carro – ele entra e eu faço sinal para Layla vir até mim.

– O que aconteceu? – ela pergunta quando se aproxima de mim, do outro lado da rua.

– A gente vai conversar, eu acho – mordo o lábio inferior – vou pedir para ele te deixar no hotel.

– Tá bom – ela sorri.

Noah sai de sua casa, aperta o botão em sua chave para destravar o carro e se aproxima de mim.

– Pode levar Layla até o nosso hotel? –  dou um sorriso fraco e ele a olha com o cenho franzido.

– Ok – ele assenti e dá um sorriso fraco também.

No carro, eu estava do seu lado no banco do passageiro e Layla estava no banco de trás. Não queria dizer nada enquanto a garota estivesse ali, eu sentia que aquilo tinha que ser uma conversa privada.

Após deixar Layla no hotel, Noah dirige em direção à saída da cidade.

– Você se lembra de mim? – ele me olha por um segundo.

– Eu me lembro – exito e respiro fundo – eu me lembro de você tocando violão em meu quarto e me lembro de você dizendo que aquela música tinha sido composta para mim – digo tudo olhando para o seu rosto que se concentrava na rua.

– Não era para você estar aqui – vejo uma lágrima escorrendo pela sua bochecha.

– Eu vim aqui atrás da verdade, eu sinto que temos uma ligação, eu sinto que nem se quisesse poderia ficar longe de você.

Ele acaba não falando nada e então eu respiro fundo.

– Você pode estacionar para a gente conversar? – falo sério olhando para ele e ele me olha.

– Tudo bem – Noah dirige por mais 5 minutos e então paramos no estacionamento de um parque.

Nós descemos e caminhamos até um banco, sentamos e ele me olha, parecia estar tenso.

– Eu senti sua falta pra caralho – ele fala dando ênfase na palavra "caralho" e eu dou um pequeno sorriso.

– Então por que você não foi me procurar? – arqueio uma sobrancelha.

– Porque seus pais me proibiram – ele fala olhando para os seus pés.

– Eles não tinham o direito e você poderia ter tido alguma consideração – o olho sério

– Acha que eu não tenho, Josh? – ele me olha também – Se eu tivesse aparecido naquele restaurante, naquele dia, talvez nada disso tivesse acontecido – ele contorce sua boca por um segundo.

– Em qual dia? No dia em que fui baleado?

– Sim – ele respira fundo – nós tínhamos brigado, eu, você e meu pai e então te mandei embora e mais tarde você me chamou para jantarmos e resolver as coisas, mas eu não apareci – ele me olha e continua – é tudo culpa minha, eu sou um puta de um covarde – ele cerra os punhos.

Now Together (Nosh)Onde histórias criam vida. Descubra agora