Grupo Ruim

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"Quem mais está em nosso grupo?" Agatha perguntou a Sophie, rompendo a tensão.

Sophie não respondeu. Na verdade, ela agia como se Agatha nem estivesse ali.

A última aula do dia, Sobrevivendo a Contos de Fadas, era a única que misturava alunos do Bem e do Mal. Depois que a professora Dovey ordenou que os meninos Sempre fossem ao setor de Armamentos para devolver suas armas pessoais - única maneira de acalmar Lady Lesso, furiosa por ter perdido uma gárgula para a espada de Tedros - as duas escolas apresentaram-se nos portões da Floresta Azul, onde as fadas dividiram-nas em Grupos Florestais, com oito Sempre e oito Nunca em cada grupo. Enquanto outros alunos encontravam seus líderes ( um ogro para o Grupo 2, um centauro para o Grupo 8, uma ninfa lírio para o Grupo 12), Agatha e Sophie foram as primeiras a chegar debaixo de uma bandeira, estampada com um 3 vermelho-sangue.

 Enquanto outros alunos encontravam seus líderes ( um ogro para o Grupo 2, um centauro para o Grupo 8, uma ninfa lírio para o Grupo 12), Agatha e Sophie foram as primeiras a chegar debaixo de uma bandeira, estampada com um 3 vermelho-sangue

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Agatha tinha tanto a dizer a Sophie sobre sorrisos, peixes e incêndios, e, mais do que tudo, sobre aquele filho nojento do Rei Arthur,  mas Sophie nem olhava para ela.

"Não podemos simplesmente ir pra casa?", implorou Agatha.

"Por que você não vai pra casa, antes que seja reprovada, ou acabe virando uma toupeira?" Sophie estava enfurecida. "Você está na minha escola."

"Então por que eles não nos deixam trocar?"

Sophie virou-se para ela. "Por você... porque nós..."

"Precisamos ir para casa", Agatha encarava-a.

Sophie esboçou seu sorriso mais bondoso. "Cedo ou tarde, eles verão o que é certo."

"Eu diria que cedo", uma voz falou.

Elas viraram-se e viram Tedros, de camisa chamuscada e com o olho inchado, azul e roxo.

"Se você está ansioso por algo para matar, que tal matar-se dessa vez?", disparou Agatha.

"Um 'obrigada' já seria o suficiente", Tedros disparou de volta. "Arrisquei minha vida para matar aquela gárgula."

"Você matou uma criança inocente!", Agatha gritou.

"Eu salvei você da morte contra todo instinto e razão!", rugiu Tedros.

Sophie ficou olhando os dois, boquiaberta. "Vocês se conhecem?"

Agatha virou-se para ela. "Você acha que ele é seu príncipe? Ele é apenas um saco de vento que não consegue encontrar nada pra fazer além de ficar se mostrando por aí com metade do corpo nu, e enfiar o nariz onde não deve!"

"Ela só está zangada porque me deve a sua vida", Tedros bocejou, coçando o peito. Ele sorriu para Sophie. "Então, você acha que sou seu príncipe?"

Sophie corou delicadamente, da forma como havia ensaiado antes da aula.

"Eu sabia que era um erro, no evento de boas-vindas", disse o príncipe, estudando-a com olhos azuis inquietos. "Uma menina como você não deveria estar nem perto do Mal." Ele virou-se para Agatha com uma careta. "E uma bruxa como você não deveria estar nem perto de alguém como ela."

A Escola do Bem e do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora