A charada do Diretor da Escola

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Enquanto as duas escolas dormiam, duas cabeças surgiram na superfície dofosso negro. Sophie e Agatha espiavam a torre fina e prateada que dividia o lagoe o lodo. Longe demais para nadar. Alta demais para escalar. Um ciclone defadas guardava o pináculo, enquanto um exército de lobos armados com bestaspregava placas de madeira ao redor da base."E você tem certeza de que ele está lá em cima?" perguntou Sophie."Eu o vi.""Ele precisa nos ajudar! Não posso voltar para aquele lugar!""Bom, nós simplesmente imploramos por piedade até que ele nos mandepra casa.""Como se isso fosse funcionar", Sophie bufou. "Deixe-o comigo."

As meninas tinham passado duas horas matutando sobre todas aspossibilidades de fuga. Agatha achava que elas tinham que ir escondidas para afloresta e encontrar o caminho de volta a Gavaldon. Sophie, porém, frisou quemesmo que conseguissem passar pelas serpentes do portão, e por outrasarmadilhas estúpidas, elas simplesmente acabariam perdidas. ("Deve haver umbom motivo para que o nome seja Floresta Sem Fim.") Em vez disso, ela propôsque procurassem vassouras, tapetes mágicos ou qualquer outra coisa nosarmários da escola que pudesse fazer com que sobrevoassem a floresta. 

"E para que direção voaríamos?", perguntou Agatha. 

As duas descartaram outras opções: deixar um rastro de farelos de pão (issonunca dava certo); procurar um caçador, ou um anão gentil (Agatha nãoconfiava em estranhos); fazer um pedido para uma fada madrinha (Sophie nãoconfiava em mulheres gordas); até que, finalmente, só restou uma.

 Contudo, agora, olhando para cima, para a fortaleza do Diretor da Escola,elas tinham perdido toda a esperança.

 "Nunca chegaremos lá em cima", Sophie suspirou. 

Agatha ouviu um grasnido à distância. 

"Afaste esse pensamento." 

Pouco tempo depois, elas estavam de volta à Floresta Azul, cobertas delodo, observando um ninho de imensos ovos negros, por detrás de um arbusto.Na frente do ninho, cinco pássaros stymphs, esqueléticos, dormiam na gramaíndigo, manchada pelo sangue de um bode comido pela metade. 

Sophie fez uma cara feia. 

"Estou de volta onde comecei, coberta de grudefedorento, e só Deus sabe quantas moscas comedoras de carne e... o que estáfazendo?"

 "Assim que eles atacarem, nós montamos."

 "Assim que eles o quê?" 

Então, Agatha já estava na ponta dos pés, indo em direção aos ovos. 

"Os sapatos queimaram seus miolos!", sussurrou Sophie. 

Enquanto Agatha se aproximava do ninho, ela teve uma visão mais próximados stymphs adormecidos, de seus dentes afiados, de suas garras retorcidas e seusrabos pontudos, que arrancavam carne de ossos. Duvidando, repentinamente,de seu plano, Agatha recuou, tropeçou em um galho, e caiu em cima da pernade um bode, provocando um estalo ruidoso. Os stymphs abriram os olhos. Ocoração dela disparou. 

A menos que um vilão os desperte. 

O vestido rosa não os enganaria. 

Agatha encarou os demônios que despertavam. Ela não podia desistir agora!Não depois de fazer Sophie querer voltar para casa! Ela avançou em direção aoninho, roubou um ovo e partiu para o ataque... 

"Não posso olhar, não posso olhar...", Sophie sussurrava, espiando por entreos dedos, esperando ver sangue e membros voando. 

Os pássaros, no entanto, cruéis, farejavam Agatha como se fossemcachorrinhos em busca de leite. 

"Aaah! Isso faz cócegas!", ela deu um gritinho. Sophie cruzou os braços. 

Recostando-se para trás, Agatha entregou o ovo a ela. 

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⏰ Última atualização: Jul 21, 2022 ⏰

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