Irei buscá-lo até no Inferno

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(Rafael)

Aquela noite estava calma demais, aquilo deixava o rapaz um pouco preocupado, nenhum dos guardas reais foram verificar se estava tudo bem, como sempre faziam, Rafael ao olhar pela janela, notou que não haviam guardas vigiando a torre, ele aproveitou e colocou seu capuz, resolvendo sair dali. Porém o que este não esperava, era que aquilo era uma armadilha para o jovem mago. Ao descer as escadas, havia um guarda ali, Rafael se assustou e arregalous os olhos.
— Então... Era você mesmo… Se tentar usar seus poderes contra mim, o castigo será pior, vamos! — Aquele homem em um movimento rápido desembainhou sua espada e a apontou para o pescoço de Rafael, a reação do rapaz, foi apenas esticar as mãos e abaixar a cabeça. Seus pulsos foram atados por uma corda, que foi fortemente apertada. O jovem mago sabia que se negar, não iria adiantar, sua rainha era rígida e quanto achava que estava certa, ninguém era louco ao ponto de dizer o contrário.
O rapaz foi puxado pela corda, fazendo aquela apertar mais seus pulsos, o fazendo soltar um baixo grunhido de dor. Rafael sentia a ponta da lâmina perto de sua cintura, começando a tremer levemente, por conta da pequena distância entre sua cintura e a lâmina, se o rapaz fizesse algum movimento brusco, já imaginava e sentia aquela lâmina entrando lentamente por ali. Seus olhos se fecharam bruscamente por conta daquele pensamento. Logo chegaram, as grandes portas se abriram, a rainha sentada em seu trono, com um semblante neutro, podendo-se apenas notar um leve movimento de suas sobrancelhas, que se arquearam rapidamente. Um dos guardas empurrou Rafael até o centro daquela grande sala.
— Ajoelhe-se. — Ditou aquele homem rapidamente, chutando uma das pernas do loiro, o fazendo automaticamente cair de joelhos.
— Saiam todos. — Disse aquela, fazendo um leve movimento com a mão. Os guardas assentiram com a cabeça, e logo foram saindo dali, apenas deixando Rafael e sua rainha. Ela desceu de seu trono, parou na frente do rapaz e suspirou.
— E-Eu não... Perdoe-me, minha rainha, eu imploro! — Disse Rafael já não aguentando segurar as lágrimas.
— Rafael... Não é a primeira vez que fazes isso, sempre soube de suas escapadas daquela torre. E todas as vezes, fingi não notar. Porém desta vez, um de meus guardas notaram seu rosto. Poderia levá-lo até a forca, porém lhe perdoei. No dia em que você iria morrer, lhe dei a oportunidade de viver. — Algumas vezes sua voz falhava e ela parava para respirar fundo.
— Eu quero morrer! Perdi tudo! Você tirou tudo de mim! Meus pais nunca iriam se virar contra você, eles eram pessoas boas, lembro-me que eles... — Antes do mesmo terminar a frase, seu rosto foi golpeado fortemente.
— Criança ingrata, deveria deixá-lo morrer! Porém agora irei fazê-lo sofrer e se arrepender do que acaba de dizer sobre sua rainha! — Ela voltou para seu trono e se sentou ali. — Guardas, tirem este rapaz daqui. — Sem demora dois guardas apareceram e tomaram fortemente o rapaz pelos braços.
— E como punição de como tratou sua rainha, o jovem mago irá ser chicoteado quinze vezes. E se tentar fugir outra vez, irá para a forca.
Os guardas jogaram Rafael em uma sala vazia, aonde o rapaz ficou, até o homem que tinha seu rosto coberto por um tipo de tecido, aparece com um tipo de chicote em mãos, esse se aproximou do loiro, pegando nos cabelos de Rafael e o fazendo levantar a cabeça.
— Você de novo aqui, bonitinho?– Ele gargalha da situação onde Cellbit se encontrava.— E aí como estão suas costas desde a última vez, hein?– O loiro se negou a falar qualquer coisa só queria que aquilo fosse feito o mas rápido possível. — Huh?! Me responda!– Esse bate o chicote nas costas do outro.
O rapaz solta um grito de dor tão alto, que talvez até mesmo a própria rainha tenha ouvido.
— Cale-se! – O jovem foi chicoteado mas as quatorze vezes que lhe estavam, até o mesmo cair ao chão gemendo de dor.
O homem que o torturava gargalhava da humilhação do outro, esse então toma o rosto de Rafael, apertando rudemente as bochechas do outro.
— Parece que você não aprendeu o que acontece com ratos sujos como você... Para começar tudo isso, nem vivo você deveria estar, mas não se preocupe! Tenho certeza que você logo vai estar junto com os ratos dos seus pais... No inferno.– Esse homem então enfia suas unhas nas costas de Rafael que já estavam fragilizadas por conta dos chicoteamentos. Aquele homem deixou Rafael ali joga sobre o chão, gemendo por conta da dor. Este trancou aquela sala, o deixando machucado e preso ali.

O Inimigo Da Coroa - MitwOnde histórias criam vida. Descubra agora