Aquilo, iria comer aquele coelho?

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(Pedro)

  O rapaz estava totalmente impaciente, ele teria uma nova ajudante, não que precisasse de uma ajudante, porém seu rei teve a belíssima ideia de fazer de sua sobrinha uma ajudante para o feiticeiro. O rei lhe contará que a garota estava aprendendo a controlar a magia, e a ideia seria levá-la para "estudar" com alguém que ao ver, era basicamente um expert. Ao ouvir o barulho dos cavalos, Rezende não se conteve e rapidamente olhou pela janela. Avistou uma garota, por conta de sua altura, parecia ser bem mais nova que o feiticeiro, tinha longos cabelos castanhos e estava vestindo um longo vestido vermelho com detalhes brancos, não conseguia ver seu rosto, por conta da distância daquela torre. Tinha a certeza que mas cedo, ou mas tarde, haveria uma apresentação.
— Feiticeiro Rezende, o rei está... — Um dos dois guardas foi interrompido pelo feiticeiro.
— Já sei, vamos, vamos. — Aqueles o seguiram até uma grande sala, naquela havia uma grande mesa, com um grande banquete, ao lado de seu rei, ali estava uma garota, sentada, com um pequeno véu branco ocultando seu rosto. O feiticeiro mesmo assim pôde perceber seu olhar sobre ele, aquilo lhe incomodou um pouco.
— Sente-se! — Disse o rei se levantando daquela grande mesa e apontando para uma cadeira qualquer. — Logo começaremos com as apresentações! — O velho rei parecia estar realmente feliz com a chegada de sua sobrinha. Após Pedro se sentar, sem demora a garota retirou aquele véu que cobria seu rosto, revelando sua pele pálida, seus lábios finos, com um forte batom avermelhado, uma aparência delicada, porém suas sobrancelhas franzidas, davam-lhe um toque de arrogância. Antes do rei apresentar sua sobrinha, a garota se adiantou, pode-se notar um leve sorriso no rosto daquela.
— Então... Irei aprender magia com... Ele? — Ela desviou a atenção do feiticeiro, e começou a encarar o tio.
— Sim, Alice. Rezende em comparação com os outros, é um dos melhores feiticeiros! Tanto que, tem a posição de feiticeiro real. Aliás, vocês têm a mesma idade, logo os mesmos interesses, e até poderão criar uma amizade. — Disse o tio. A garota assentiu.
— Prazer, me chamo Alice. — Disse simplesmente.
— Me chame de Rezende, ou apenas Pedro, como preferir. — Respondeu o rapaz.
— Certo... Titio, irei acompanhar Rezende até sua torre, quero conhecer o lugar em que futuramente irei aprender sobre magia.
  O rei os deixou ir, logo chegaram naquela torre, a garota olhou em volta, apenas conhecia a magia pelos livros, aquelas poções e tudo aquilo, estava sendo realmente novo para ela. 
— Então... Feiticeiro Rezende... O que irá me ensinar primeiro?
— Escute aqui, Alice... Quero silêncio, mantenha esse lugar organizado, se mexer em algo... Quero que o deixe no mesmo lugar e na mesma posição que o encontrou, e por último… Não ache que só por ser sobrinha do rei, terá algum poder sobre mim, entendeu? — Alice não pôde deixar de rir, ela encarou o feiticeiro e revirou os olhos.
— Você é apenas um feiticeiro, que por sorte não foi queimado. O que falou para meu tio? "Oh... Vossa Majestade, prometo ser leal e servi-lo..." E depois fez uma cara de cachorro sem dono, não foi? Estou começando a achar que aquele velho começou a ficar sensível. — Ela pegou um livro que estava em uma estante. — Já que não irá me ensinar nada hoje, irei levar este livro comigo. — Antes do mesmo ter uma reação a garota já havia saído pela porta.

(Felipe)

  Ao sair de seu quarto, notou que a porta do quarto onde Rafael estava dormindo, estava entreaberta. O garoto havia saído dali?
— Rafael? Onde você está? Não acredito que saiu outra vez... — Deu um tapa na própria testa, ao adentrar ao quarto de Rafael, notou que mesmo dormia tranquilamente. Felipe puxou as cortinas, fazendo os raios de sol entrarem naquele quarto. Logo voltou sua atenção para o rapaz, porém uma dúvida veio em sua mente, onde estava o  manto do jovem mago? Calmamente procurou por todos os cantos daquele quarto, ao finalmente o encontrar, se dirigiu até sua empregada.
— Quero que lave isto... Se não ter jeito de recuperá-lo apenas mande fazer outro igual. — Felipe entregou aquele manto para a empregada. Haviam vários rasgos no mesmo. A empregada apenas assentiu. — E... Aqui está as medidas, tamanho, essas coisas... Entregue-as para o mordomo, mande-o ir até o alfaiate. Outra coisa... Roupas confortáveis, Lange ainda não é acostumado com tudo isso. — Outra vez a mulher assentiu, logo após teve um sorriso vindo de Felipe, a mulher retribuiu e se retirou, carregando consigo aquele manto.
  Felipe caminhou até o escritório onde ficava, estantes com vários livros, e quase no centro da sala, havia uma mesa, novos projetos estavam ali, anotações, e alguns modelos. Equipamentos que pudessem facilitar ajudar o ser humano, facilitar o trabalho, dentre essas coisas. Ele se sentou naquela cadeira, e se pôs a pensar. Depois de alguns minutos, notou a porta se abrir lentamente.

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2020 ⏰

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