O Brutamonte do apê 210. XVIII

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-Amor, cheguei!

Alertei enquanto terminava de fechar a porta de entrada do nosso apê.

-Tô na cozinha!

Ele respondeu.

Fui correndo ao encontro dele e quando o vi parado frente ao fogão com o seu fiel pano de prato no ombro e cozinhando, um sorriso enorme brotou em meus lábios. Como era bom poder estar em casa e tê-lo ali. O abracei por trás e dei varios beijos em sua nuca o deixando todo desconcertado.

-Para! Eu vou me queimar...

Disse ele tentando se desprender de mim.

Atendi seu pedido e olhei para as panelas ali no fogão desejando poder comer naquele mesmo instante. Parecia estar muito bom.

-Amor, o cheiro está maravilhoso. Lá de fora a gente sente o aroma dessa comida.

-Sério?

Ele me perguntou espantado.

-Seríssimo!

Fui até a gaveta e peguei um garfo, eu queria muito poder pelo menos provar um pouquinho da comida. Desde o almoço eu não comi mais nada, eu estava varado de fome. Assim que fiz menção em colocar o garfo na panela para pegar um pouco daquele Yakisoba, a mão violenta do Rafa bateu em mim.

-Hei, tá louco? Só vai comer quando estiver tudo pronto. Saia dessa cozinha, vá!

-Nossa amor, só um pouquinho.

Supliquei.

-NÃO!

Ao ver que sua feição não era boa eu sai dali me desculpando e fui para o meu quarto. Peguei uma cueca e um short leve e segui para o banheiro. Tomei um banho rápido para me livrar do pouco suor que tinha e fiquei esperando no sofá o bendito jantar ficar pronto.

-Já acabou amor?

Perguntei alto pelo fato d'eu estar distante dele.

-Daqui a pouco eu termino. Só estou acabando de fazer o molho agridoce.

Continuei a ver o filme que passava na tevê e intercalava com as mensagens do WhatsApp. Não demorou muito e finalmente o jantar estava pronto.

-E aí, tá bom?

Perguntou Rafa com aqueles olhos verdes lindos que tinha.

-Muito amor. MUITO!

-Que bom que gostou.

Terminamos de comer em silêncio, estávamos os dois com fome e saboreando aquela comida divina.

Eu amava o Rafael por inteiro, mas algumas partes eu amava mais que as outras, e numa escala feita por mim, a segunda melhor parte dele era a forma maravilhosa com que ele cozinhava.

A primeira eu nem preciso dizer a vocês não é? Dica: é sexual.

Terminamos o nosso jantar e eu evidentemente lavei as louças e corri para perto dele no sofá.

-Ah amor, eu fiz torta de limão. Quer?

Disse ele se levantando e indo em direção a geladeira.

-Óbvio que eu quero amor. Nem precisa perguntar. Só manda.

Ele sorriu para mim e cortou duas fatias da torta e trouxe para comermos na sala.

-Porra amor. Isso tá muito bom. Você jura que nunca fez nenhum cursinho de culinária ... seila.

-Nunca fiz. Tudo que sei foi observando minha mãe e minhas tias na cozinha. Eu sempre fui o garoto que ficava mais tempo com as tias do quê com os tios e primos.

O Brutamonte do ApêOnde histórias criam vida. Descubra agora