O Brutamonte do Apê 210. PENULTIMO CAPITULO.

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Eu acordei naquela manhã de sábado totalmente dolorido, na empolgação da noite passada quem acabou fodido -literalmente- fui eu. Mas se esse era o preço por ter uma noite de sexo tão gostosa com o meu amor, então que seja.

–Bom dia, amor. – Disse Hugo sorridente me encarando, contudo, ao me ver passar me arrastando pela cozinha franziu levemente o seu cenho e soltou: – Tudo bem?

Fitei seus olhos brilhosos e vitoriosos e respondi sem dar muita moral:

–Não se faça de idiota.

–Te machuquei muito?

Sua entonação agora pareceu levemente preocupada e enquanto eu pegava uma xícara no armário, falei:

–Só um pouquinho, mas daqui a pouco passa, relaxa!

–É... Eu não tenho culpa de ser bem dotado.

Suas palavras saíram extremamente convencidas e o seu sorriso ao final estava estampado em sua cara, como se ele fosse o homem mais foda do mundo. Revidei um olhar reprovador a ele e balancei minha cabeça em negativa.

–Sério mesmo que você falou o que eu acabei de ouvir?

Ele continuou a sorrir maliciosamente e não me respondeu.

–Quer saber: você tem razão. Você é dotado demais Hugo, infelizmente não dá mais para mim. Acabamos por aqui. – Completei.

–Para, não brinca com isso. – Ele me respondeu agora sem toda a pose convencida que tinha a segundos atrás. –Desculpa!

–Oi? Não ouvi direito...

Respondi o torturando.

–Me desculpa amor.

Seus olhinhos redondos e escuros me fitavam de uma forma linda ao se desculpar. Ele poderia falar à merda que fosse, nada nesse mundo seria capaz de me fazer declinar ao amor que tenho por ele.

–Te perdoo seu idiota... Mas quer saber?... – Me reclinei sobre a mesa e fiquei mais próximo dele, e pertinho do seu ouvido, terminei de dizer o pretendia.

Assim que terminou de ouvir meus sussurros, ele respondeu logo em seguida com toda a sua pose de macho alfa novamente:

–Ahhhh, eu sabia! Reclama reclama, mas eu sei que mando bem.

Suas palavras soaram altas ali e eu o olhava rindo e pensando em como ele era besta.

Aquela era a minha nova realidade: noivo daquele bruto a minha frente. Ok. Nem tão bruto assim, mas ele ainda era um cavalinho.

Depois de um café reforçado me sentei no sofá enquanto Hugo arrumava a cozinha. Disquei com pressa o numero do meu pai, precisava urgente contar todas as novidades a ele e a mamãe. Uma euforia latente fazia o meu coração pulsar mais rápido e um leve receio do quê eles achariam me fazia tremer um pouco. No segundo toque sua voz alta se fez presente em meus ouvidos:

–Que surpresa boa meu filho... Novidades?

Eu achei um pouco estranho sua saudação, parecia até que ele já sabia o que viria a seguir. Não me lembro de tê-lo atendido outras vezes já com essas indagações da parte dele.

–Para falar a verdade: tenho sim! –Respondi totalmente nervoso e com um sorriso congelado em meus lábios. –Mamãe está perto?

–Está sim, vou chama-la.

Ao longe ouvi meu pai gritar pelo nome da minha mãe e com pressa ela apareceu na conversa.

–Filho? Que saudades meu amor. Como você está?

O Brutamonte do ApêOnde histórias criam vida. Descubra agora