O Brutamonte do Apê 210. XIX

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O final de semana estava bem próximo e eu desejava ansiosamente poder descansar um pouco. As semanas que se passaram pareciam ter combinadas em serem "pesadas". Eu estava mortinho por ter passado alguns dias focado nos livros para pode me dar bem nas provas que já estava realizando. Hugo, por sua vez, estava chegando em casa visivelmente mais cansado por conta da jornada dupla de estudo e trabalho.

Contudo, mesmo em todas as minhas ocupações eu não deixava de fazer o seu café e jantar, ele já comida bobagens demais pela rua durante o dia, o mínimo que eu podia fazer era deixar sua casa o mais acolhedora possível a cada final de dia para quando ele chegasse.

-Vida, cheguei!

Ele me alertou assim que pôs os pés dentro de casa.

-Área de serviço.

Gritei em resposta.

Eu estava estendo algumas roupas no varal terminando de fazer o ultimo tópico da faxina que comecei assim que tinha chegado em casa. Eu queria poder passar o fim de semana tranquilo ao lado do meu gigante, apenas nos curtindo. Depois de algumas semanas agitadas nós merecíamos um pouco de paz.

-Hum, limpou a casa toda sozinho. Que namorado mais prendado que eu tenho.

O beijo em meus lábios veio logo em seguida á aquela fala, suas mãos fortes me colaram ao seu corpo e eu o abracei me deixando levar em seu carinho. Descolamos-nos com facilidade e eu logo o puxei para a cozinha o alertando com empolgação:

-Teremos lasanha hoje!

Ao ouvir minhas palavras seu sorriso se abriu instantaneamente e como era lindo vê-lo sorrindo. Eu amava a sensação de deixa-lo feliz... Para falar a verdade: eu amava tudo nele.

-EU TE AMO PORRA!

O seu ataque de euforia tinha sido inesperado e um pouco assustador, ele me agarrou e me pôs em seu colo como se o meu peso não fosse nada demais, me jogou no sofá e me deu vários beijos seguidos.

-Vai tomar banho, porquinho.

Disse a ele enquanto me desprendia dos seus beijos e abraços de urso. Rapidamente os seus olhos negros me olharam com mais intensidade e sua feição tinha mudado um pouco, parecia que ele me via como uma pressa naquele momento. Sorrindo cheio de si e tentando ser sexy ele respondeu:

-Vem comigo?

-Não!

Disse sorrindo e querendo descobrir de onde ele podia tirar tanta energia para transar, me reclamava horrores sobre estar cansado, mas quando o assunto era sexo, ele mudava COMPLETAMENTE o enredo.

O seus olhos me fitaram suplicantes dessa vez.

-Por favor!

Ele disse baixinho.

Como ele podia ser tão besta daquele jeito? E que cara de pau ele tinha!

-Não! E dessa vez eu não vou cair em suas suplicas. Quer gozar? Você tem duas mãos para te ajudar.

Levantei-me no mesmo instante e fui em direção à cozinha para apressar a lasanha que estava no forno. Ouvi seus passos pesados e revoltos cortarem a sala e irem direto para o banheiro. Espero mesmo que com raiva ele ainda siga o meu conselho, porque sexo comigo ele não teria naquela noite.

-Como foi o trabalho hoje, amor?

Eu perguntei enquanto me servia da lasanha.

-Puxado! Mas muito melhor do quê semana passada.

-Que bom... E o clima com Fernando? Como está?

Fiz aquela pergunta um pouco temeroso em saber a resposta, Hugo tinha me dito que nas semanas anteriores Fernando estava estranho mais do quê o normal com ele. Além de dar trabalho a ele que não mais o competia (e em grande quantidade), a relação deles parecia ter ficado mais estreita. Hugo estava desconfiado em ser uma "vingança" por ser ele o meu namorado e não o Fernando. Eu não acreditei no primeiro momento, mas assim que vi Hugo chegar dia após dia sempre mais cansado eu comecei a achar que ele poderia ter alguma razão naquilo tudo.

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