Capitulo 3

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Ele foi se aproximando até parar de frente com meu rosto.
Eu estava muito assustada porque nunca tive uma proximidade tão grande com um homem ou melhor com ninguém, fechei os olhos e me retrai pois esperava que ele fizesse algo comigo, algo comigo o que? é de vez em quando eu percebia que tinha uma imaginação bem fértil.
Mas ele apenas pegou uma mexa de meus longos cabelos que estavam meio presos, nesse momento abri meus olhos e vi quando ele fechou os olhos apreciando o cheiro, e eu? Fiquei parada apenas olhando para ele, quando eu saísse dessa sala a primeira coisa que eu iria fazer era me beliscar, vai que eu estava sonhando, só assim teria uma explicação pra isso tudo.
Ele abriu seus olhos e então nossos olhares se cruzaram e eu vi dentro deles a mistura de emoções que ele tinha dentro de si.
Mas como poderia ser nem o conheço como ele poderia sentir algo, eu não entendi o porquê dele me querer, ele simplesmente me informou que vamos nos casar sem nenhum tipo de explicação, isso só podia fazer sentido na cabeça dele,
Salvatore nesse meio tempo me deu mais sensações do que eu havia sentido na vida inteira e pior essas sensações eu não sabia nem explicar o que elas eram, até mesmo por não conhecer e como não conhecia essas sensações tinha medo, como qualquer bom ser humano.
—Eu sou louco? Não minha boneca não sou nem um pouco louco, e porque seria Louco?— ele ainda me perguntava porque era louco como se essa situação toda fizesse sentido para ele.
Então com a cara mais confusa que eu pude fazer falei para ele
—O milorde simplesmente, sem nunca ter me visto, fala que vamos nos casar, isso não faz muito sentido para mim.— ele ainda estava muito próximo de mim, como eu era mais baixa que ele, eu tinha que ficar com a cabeça inclinada para cima, piorando a aproximação, suas mãos que antes estavam no meu cabelo agora estavam no bolso de sua calça, então ele apenas me dá um sorriso de canto de boca com um olhar de ironia e fala.
—querida eu já disse que lhe conheço des de muito tempo, não estou casando com nenhuma estranha.
—pois bem, mas eu não te conheço e não vou me casar com alguém que não tenho nenhum sentimento ou tão pouco conheço.— minha expressão não deveria estar as das melhores, mas isso não fazia a mínima diferença para ele, ele não se importava nem um pouco com nada do que eu falava pelo contrário, parecia estar se divertindo com os meus olhares raivosos para ele.
—não se preocupe em pouco tempo você vai ter mais sentimentos por mim do que pode contar, se essa é era sua preocupação ela logo estará resolvida.
Eu estava sem fala, totalmente paralisada, quem ele achava que era pra saber disso.
Então num gesto de raiva eu me afastado bruscamente dele dando passos para trás, tropeçando no tecido do meu próprio vestido, em um gesto rápido, antes mesmo que eu caia no chão, ele me pega pela cintura, firmando seu peitoral com meu busto, descarregando um choque em mim.
Rapidamente coloco minhas mãos em seu peitoral e o empurro tentando me afastar de seu contato, fazendo ele me puxar para mais perto, como se isso fosse possível.
—me solta... me solte, o que as pessoas pensariam se nos vissem assim.—falo ainda o empurrando mas inclinando minha cabeça para cima, para ter a visão de seus olhos, o verde parecia com mais brilho ainda, com um sorriso ele fala
—por favor minha querida você não entendeu ou não quer entender? Vamos dizer que é a segunda opção, então vou explicar calmamente, você é minha noiva, não importa se as pessoas nos verem assim ou não.
Indignada com tais palavras, forço meu corpo para trás, me liberando de seus braços e indo rapidamente para a direção da porta, enquanto caminhava praticamente correndo, ouço sua voz me chamar, eu estava a dois passos de pegar na maçaneta dourada, calmamente eu me viro para trás, ele estava parado no mesmo lugar, extremamente impecável, nem parecia que estava sendo empurrado a dois segundos atrás.
—tsc..que situação Scarlett, deixa o convidado sozinho enquanto corre para fora da sala, e ainda o empurra, seus pais não iriam querer ver que sua filha trata as pessoas assim certo? isso não é muito educado querida.— eu acho que eu nunca quis bater em alguém como eu queria bater nele, como alguém podia ser desse jeito, então apenas lhe dei um sorriso de canto de boca o olhando com toda a minha raiva, já que eu não tinha condições de fazer muita coisa.
Voltando a me virar para cumprir minha missão de sair dessa sala, ele volta a falar
— tudo o que você precisa saber é que farei um baile para lhe apresentar para a sociedade inglesa, será em alguns dias gostaria da sua presença, já que o baile é para você, você entendeu?—Baile? Um baile para mim? mal cheguei mas estava louca pra ir, nunca tinha visto um, mas isso não importava eu não queria ser apresentada se fosse para me casar com ele, era tanta informação que eu já estava tonta.
Então eu apenas falei
—não se preocupe lorde Salvatore, vou lhe agraciar com minha presença.
falei ainda de costas e sai daquela sala.
Eu não queria ser nada dele, apesar dele ser...ele ser ele, eu podia ver que era um homem totalmente difícil de se lidar, que história é essa de casamento, de me ter visto bebê, meus pais sabem disso? Eles concordaram em me casar com alguém que nunca vi?
Enquanto pensava e caminhava para o jardim onde meus pais estavam, já que eu tinha um milhão de perguntas para eles me responderem, eu trombei com alguém e quase cai novamente por sinal, se não fosse por um homem que até então eu não sabia o nome eu teria caído, ele me segurava pelos braços e olhava para o meu rosto com aqueles grandes olhos azuis, estava quase para falar obrigado e perguntar quem era ele mas ouço uma voz falando que parecia bem familiar aaa sim
--mas que merda é essa Scarlet?— viro meu rosto para o lado de me deparo com ele, Salvatore, o homem que até então não conhecia tira sua mão de meu braço, eu novamente olho para Salvatore e percebo que seu olhar não parecia divertido, nem muito amigável, então simplesmente falei
--eu..Eu..quase cai e esse cavalheiro me segurou, no momento não sei que é esse milorde.—Falei alternando meu olhar entre os dois.
—me perdoe milady, permitam-me apresentar-me eu sou o capitão Jack Johnson ao seu dispor, se me permite você deveria ter mais cuidado.
—muito obrigada, mas...—quando ia perguntar o ele fazia em minha casa, Salvatore se intromete
novamente, era impressionante que perto dele eu nunca conseguia terminar minha frases.
—o que faz aqui johnson?— Salvatore se coloca a minha frente me obrigando a ficar em seu lado
—vim tratar de negocios com o Marquês Francisco, mas não imaginei que a filha dele tinha voltado, Todos falam muito de você milady e agora vejo o porquê.
Falou me olhando demoradamente.
—Como assim falam de mim?—A cada segundo des que voltei pra casa só fico mais e mais confusa e curiosa, antes que ele pudesse me responder, Salvatore se intromete.
—se você veio conversar sobre negócios deveria estar em um local apropriado não no jardim, não acha querida?— Salvatore olha para mim com um olhar sério, o que eu acho é que eu quero falar com meus pais, para tirar esse louco da minha casa o mais rápido possível, eu não respondi nada para ele, apenas olhei para o chamado capitão jonhson que retribui um olhar nada amigável para Salvatore
— tanto faz Salvatore, o que você faz aqui?
—vim falar com minha noiva.— olhou para mim com um sorriso de canto eu retribui com um olhar de raiva, eu não era noiva dele coisa nenhuma, pelo menos não ainda.
—Desculpe Capitão mas esse homem não é meu noivo, apesar de o milorde ficar falando isso toda hora, no caso acabo de o conhecer também.— talvez não tenha sido a melhor decisão ter falado aquilo, já que ele quase me matou pelo olhar apesar disso sua respiração e seu corpo estava totalmente controlado.
—ah querida, você adora negar os fatos, bem jonhsson você está convido para nosso noivado, chame Vanessa para ir com você.— eu não faço ideia do que tinha acontecido, ou quem era Vanessa, que fez o capitão simplesmente saltar ou melhor tentar socar a cara de Salvatore, em um gesto rápido Salvatore me empurra para longe já que eu estava ao seu lado.
Só tive tempo de ver jonhsson sendo empurrado por Salvatore e ser segurada por meu pai

—papai faça alguma coisa!

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