Capítulo 4

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—papai faça alguma coisa!

Meu pai olhou para mim e para todos presentes e perguntou
—o que está acontecendo?— meu pai perguntava assustado com a situação, não era para menos, olho para Salvatore e ele está como sempre des que eu conheci, frio e controlado, já o capitão parecia quer pular em cima dele novamente, então totalmente confusa com a situação apenas fico olhando, Salvatore arruma sua roupa que não estava nem um pouco amassada e olha para meu pai
—não está acontecendo nada, o capitão ficou um pouco descontrolado com minhas palavras, esses homens do mar, tsc..tsc— era claro para todos que Salvatore estava provocando o capitão, sem pensar eu acabo falando o que não deveria, ou deveria, eu estava nem aí para a opinião de Salvatore.
—melhor ser descontrolado do que um iludido, descontrolados ainda consegue se curar — os três homens me olham de uma forma surpresa, mas que o olhar de um deles não parecia muito contente e sim muito irritado de tê-lo respondido.
—Scarlet..— antes que Salvatore falasse alguma coisa meu pai me coloca para trás e diz
—cavalheiros vamos acalmar nossos ânimos, tenho certeza que vocês tem coisas mais importantes para cuidar.
—ah eu tenho, tenho que cuidar de uma garotinha que fala demais—era o que? Eu falava demais ou ele que era estranho, ele me fitava enquanto arqueava uma sobrancelha, eu simplesmente ignorei sua fala e virei para meu pai
— papai gostaria de conversar com o senhor, depois que você tiver terminado seus negócios— assim que terminei de falar olho para Salvatore e como ele arqueio uma sobrancelha como um desafio, ele iria ver se iria casar com ele ou não.
Cansada dessa brincadeira de muito mal gosto, faço um comprimento para o capitão e dou as costas caminhando em direção à escadaria, Subi para o meu quarto que até então eu não sabia onde era, por conta disso sai procurando por alguém e encontrei uma moça muito gentil que me mostrou o caminho, a viajem foi tão longa que não esperei por ninguém, rapidamente tirei os grampos e soltei o espartilho, estava tão confusa nada fazia sentido.
Deitei na cama e adormeci pensando em tudo que acometeu.
Quem era ele?

Dia seguinte...

O Sol raiava intensamente no lado de fora.
Eu tinha levantado e olhava para o quarto o estudando cada detalhe, o quarto era em tons pastéis com doutorado, acho que dava o quarto de dez garotas do internato, era um exagero esse tamanho, mas de qualquer modo era muito bonito, caminhei até as cortinas e me deparei com um enorme jardim, aqui em Londres as propriedades tinha enormes jardins, o que eu achava magnífico, pois amava flores principalmente orquídeas negras, talvez meus olhos estivessem me enganando, ou tinha sido a minha imaginação, ainda estava dormindo, era a única explicação, no jardim tinha um vulto, parecia um homem correndo.
Tem guardas aqui também?
Tomo um susto com o barulho das batidas da porta, me desfiz de qualquer pensamento e pedi para entrar, logo vejo a senhorita de ontem que me ajudou a achar meu quarto, entrar pela porta e se colocar a minha frente com uma reverência, ela parecia ter por volta de vinte e poucos anos, eu chutava por volta disso, logo ela se pronuncia
—senhorita scarlett vim ajudá-la a se arrumar, sua mãe espera por você na sala de desenho.— ela estava de cabeça baixa fitando o chão, parecia ser tímida, eu não me achava nem um pouco assustadora, me lembrei que ainda não sabia seu nome.
—ah sim tudo bem, eu esqueci de perguntar qual seu nome?
—pode me chamar de lindesey senhorita, fico feliz em ajudá-la a se vestir.— diz em quanto me fitava envergonhada, tinha que descer logo então pedi a ela um vestido azul claro que tinha bordados no colo, coisa que eu achei lindo, apesar de ter sido criada num colégio de freira com roupas que escondem tudo e que vamos concordar que são feias.
Bem continuando me troquei e fui ao encontro de mamãe, ela estáva sentada de frente a uma enorme janela onde se podia ter toda a visão do Jardim, quando me aproximei ela se levantou e falou
—minha querida você está radiante— diz me fitando, ela deu um pequeno sorriso que não chegava a seus olhos, enquanto pegava sua xícara de chá, que estava na mesinha ao lado
—obrigada mamãe, você está magnífica também mas porque a senhora me chamou?—eu nunca tive uma boa relação com minha mãe, eu parecia para ela uma filha não muito desejável, talvez seja por isso que sempre que ela ia me visitará voltava o mais rápido possível, então eu não fazia muita questão de ficar ao seu lado também.
—Scarlet  não seja impaciente—ela me olhou com um olhar de repreensão então abaixei meu olhar para meus sapatos, que falando nisso eram lindos, estava maravilhada de poder me vestir sem aquelas roupas, e nem minha mãe iria atrapalhar minha animação, esperei ela falar o que queria.
—continuando.. te chamei aqui para levá-la para escolher o seu vestido para o baile.—
Ergui meu olhar para ela com surpresa, então elas sabia dessa loucura e aquecia saber que era ele, eu ainda não acreditava que Salvatore estava falando sério, eu nem queria fazer compras na verdade eu preferia saber o que estava acontecendo.
—bem mamãe eu não entendo, eu estou realmente noiva dele?
Mas eu não desejo isso, mal o conheço, ele falou um assunto estranho comigo, me espera a anos, que me viu ainda quando era bebê..
—querida entenda, ele é o melhor pretendente para você, Victor Santiago é um duque muito rico, sua mãe era filha um Sheik, a é essa história de que ele te viveu bebê é apenas um detalhe, agora você está me dando dor de cabeça sem mais perguntas, vamos logo fazer o seu vestido.-Eu não acredito que ela estava apoiando todo esse absurdo, eu iria dar um jeito nisso ou não me chamo Scarlet Santiago.
Dei um passo para trás enquanto fitava seus olhos da cor dos meus, que não pareciam nem um pouco amigáveis.
—mas mamãe eu não quero me casar eu sou muito nova e isso é um absurdo— tentava argumentar com ela como se isso mudasse alguma coisa
—E mas nada isso é para o seu bem, quantas mulheres não dariam tudo só para se casar com ele.— seu olhar transmita  deboche, eu realmente não a entendia, eu não iria ficar discutindo com ela, quando voltasse dessa palhaçada iria falar com meu pai, ele sempre fazia minha vontades, ele iria dar um jeito.
—está bem, me de um minuto que iremos.—
fui caminhando com muita raiva até a cozinha, na verdade estava indo por instinto eu não conhecia nada dessa casa, um corredor levava a outro e a outro, deveria ter uma mapa, seria mais fácil, eu tinha certeza que tinha passado mais de um minuto, minha mãe já deveria estar impaciente, mas meu estômago reclamava por comida, então vi um empregado passando e decidi segui-lo talvez ele estivesse indo para a cozinha.
Tudo era muito iluminado na minha casa, passei pela porta de madeira que ele fazia passado e dou de cara com vários pares de olhos.
--éeee eu vim pegar algo para comer, não achava ninguém.— só agora me dei conta de que poderia ter chamado alguém para me trazer comida.
Uma moça que estava sentado no balcão olha para mim e fala
—não se preocupe senhorita scarlett nos  iremos levar para você até a sala de jantar.
—obrigada!—Sabia que para eles era estranho eu ir até a cozinha pois uma dama de classe alta não deveria ir na cozinha, eu não aguentava tantas regras mas eu não queria deixar eles desconfortáveis então fui para a sala de jantar.
Poucos instantes depois está Stefany e uma senhora trazendo minha comida, o prato se dava por diversos doces, não queria ficar sozinha comendo naquela enorme sala
—fiquem comigo me façam companhia, eu odeio comer sozinha.
Fiz cara de pidonha
Elas acenaram para mim em concordância e com isso, eu comecei a comer, pedi que elas ficasse à vontade então elas começaram a falar do baile, o meu baile, elas fofocam que iria estar toda a sociedade inglesa e que elas me ajudaria a me arrumar, eu fiquei muito animada eu queria ficar bonita, com raiva ou não iria ser meu primeiro baile, e claro eu poderia desfazer toda aquela confusão.
Assim que terminei de comer fui até mamãe, ela como sempre não estava de muito bom humor, subi na carruagem o balançar dela me dava enjoou, isso me lembrou o que a madre Teresa tinha me ensinado, que depois que um homem se casa com uma mulher eles podem ter filhos, eu não sabia como eles eram feitos mas não tinha vontade nenhuma de aprender mas talvez pode ser que é ficando muito próxima de um homem, deve ser por isso que não deixam as senhoritas ficarem sozinhas com homens.
Entre meus pensamentos de como conversar com meu pai sobre Salvatore é sobre as coisas que tinha aprendido no internato me dou conta que chegamos ao centro de Londres, que não ficava tão longe  e entramos numa loja cheia de vestidos e tecidos, dona margo que conhecia minha mãe a muitos anos parou na minha frente, ela era uma senhora gordinha e baixa com os cabelos castanhos em um coque, ela parecia ser simpática, só sabia quem ela era pela a descrição que minha mãe tinha me dado sobre ela no internato quando eu perguntava sobre quem fazia os vestidos, ela me olhou com um sorriso
—meu Deus que bela senhorita, Salvatore e tem sorte de ter você, vamos fazer um vestido magnífico—Eu fiquei imaginando como ela sabia que Salvatore era meu noivo então resolvi perguntar
—obrigada pelo elogio madame, mas como sabe que eu sou "noiva" dele?—Ela solta uma risadinha e me fita com os olhos brilhando.
—A cidade toda está sabendo que a preciosa filha do conde Francisco vai se casar com o duque Salvatore e que haverá um baile.— eu tinha consciência que meu rosto estava queimando, eu virei um pimentão e não era de vergonha não, era de raiva, parecia que todos sabiam de tudo menos eu, a suposta "noiva".
Minha mãe vendo que eu estava muda resolve falar
—margo como sabe viemos aqui para fazer um vestido para Scarlet, eu tenho que dar uma volta, então deixo ela a seus cuidados.-ela se vira para mim.
—veja o que é preciso para o seu vestido.
—tudo bem.—E assim fui deixada junto com um monte de garotas que tiravam minhas medidas.
Eu já tava achando tudo isso uma porcaria, não queria nem ver como iria ser no baile com todas aquelas mulheres, eu estava percebendo que estar muitos anos em um internato me deixou, digamos meio reclusa de convivência em sociedade.
—milady que cor gostaria que seu vestido fosse feito?
Uma garota com os cabelos loiros pergunta para mim, enquanto tirava a medida de minha cintura.
—humm—pensei um pouco e decidi que a cor seria o significado do meu nome.
—Eu quero ele vermelho.
—ótima escolha senhorita— ela me dá um pequeno sorriso e me mostro um vestido maravilhoso, que nem no meus sonhos eu teria visto um igual, tinha quase certeza que não iria conseguir andar com ele, mas o vestido era perfeito, eu só iria noivar uma vez na vida então claro que eu o queria, isso se tiver um noivado, o que eu duvidava muito.
As meninas o ajustaram no meu corpo para ver como iria ficar, enquanto estava avaliando no meu corpo ouço uma moça chorando preocupada perguntei
—qual seu nome senhorita?— a moça parecia ser uma ajudante da loja
—é lisa senhorita.
— se me permite, porque está chorando? Precisa de ajuda?
— esse foi o último vestido que minha mãe fez, ela morreu a duas semanas.
--oh meu Deus,eu..meus pêsames—eu não sabia o que falar para consolar ela ela logo limpas as lágrimas e fala
—está tudo bem senhorita
—se precisar de algo pode me procurar lisa
—eu agradeço mas não quero incomodar
—não diga isso, você é tão gentil—dei um olhar solidário para lisa, vejo que o sol já estava quase se pondo, queria voltar logo para casa, para conversar com meu pai sobre toda essa história de casamento.
Sai da loja pensando em lisa e no meu pai olhei para os lados quando.....

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