Capítulo 18

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Mal dormi essa noite assim que o primeiro raio de sol foi visto eu já estava em pé pegando as minha pequena malinha, já tinha separado uma roupa que roubei da empregada na tarde de ontem , ela vai ter que me entender foi por uma boa causa, só usava um vestido sem qualquer tipo de adorno marrom que de verdade era simplesmente horrível, mas era exatamente o que eu queria, parecer uma camponesa qualquer, coloco a touca branca e a amarro nos meus cabelos escondendo o ruivo, e jogo um xale por cima a única joia que carregava foi o colar que sempre esteve comigo o S com rubi, escondendo ele debaixo da roupa, eu estava pronta, saio do meu quarto fazendo o mínimo de barulho possível e desço a escadaria rapidamente, todos estavam dormindo ainda era exatamente 5 horas, vou até a ala dos empregados no fundo chegando aonde fica os cavalos, não daria tempo de se quer pegar um pão, mas era melhor ir logo do que alguém me ver, eu deveria agradecer as Freiras por deixarem a gente montar, não que eu fosse uma amazona, mas eu conseguia pelo menos chegar em algum lugar era isso que esperava, minha direção no entanto não era das melhores , eu morava a pouquíssimo tempo no condado, e se não fosse por Amélia ter me falado aonde era o Porto eu ficaria totalmente perdida, eu não morava exatamente na cidade de Londres mas morava muito próxima em watford uma cidade do condado de Hertfordshire, para a minha tristeza de acordo com Amélia o Porto mais perto era em londres, do rio Tâmisa demorava 2 horas para chegar de cavalo lá mas era melhor que nada, eu só podia implorar para não encontrar ninguém.

Monto no cavalo de pelo marrom, e logo começo a correr pelos campos eu iria pelo sentido sudeste, fazia o cavalo correr como como nunca, precisava chegar o mais rápido possível, eu diria que tinha se passo uma hora des que sai de casa, não trouxe relógio mas conseguia ver a posição do sol, no internato não havia relógio a não ser o sino que tocava na hora de acordar, almoçar, rezar, jantar e domir novamente, então brincávamos de advinhar as horas vendo de acordo com o sol, suada e cansada de cavalgar paro em baixo de uma árvore, acredito que estava no caminho certo podia notar as marcas de carruagem por aqui, enquanto amarrava o cavalo em um galho, olho para o horizonte sentindo a brisa, e sensação de liberdade, era indescritível, nunca tinha sentido nada assim, sem ninguém para me dar ordens eu ainda estava com medo de ser pega e de como seria minha vida daqui pra frente mas agora já foi teria que continuar, noto algo preto no horizonte, aberto os olhos olhando para o campo, no mesmo sentido que eu podia ver um cavalo com o pelo todo preto e robusto correr, eu diria com seu dono em cima, não teria problemas seja quem for nunca iria parar uma camponesa humilde, o cavalo parecia muito bem cuidado para ser um camponês deve ser um aristocrata vindo de Londres, mas se fosse isso seria vir de carruagem não? De qualquer forma não era problema meu, eu apenas baixaria a cabeça, mas o destino não foi tão generoso comigo como eu achava que ele seria ou melhor eu já sabia que ele não seria, estava fugindo do meu destino, mas do destino não se foge ele sempre, acredite sempre encontra você, pena que eu não sabia disso na época.
No momento em que viro minha cabeça para olhar para o cavalo, sinto a touca desprender sendo ajudada pelo vento, revelando meus cabelos vermelhos, assim que percebo vou em busca dela mas logo ouço o som do casco do cavalo mais perto e sinto a presença de alguém próximo, o que seria de mim agora e se fosse alguém perigosa, eu não penso em mais nada e começo a correr, corro como se minha vida dependesse disso pelos campos verdes podia ouvir o som da bota do homem na grama correndo atrás de mim, no momento em que viro para olhar para trás, acabo tropeçando em meus pés, sendo segurada pela cintura e no mesmo instante reconheço a voz que estava fugindo.

—então você está aqui boneca!—sua fragrância inconfundível, essa voz rouca e que aparentava não estar nem um pouco feliz, não tinha dúvida era Salvatore, eu não podia acreditar na tamanha má sorte que eu possuía, eu estava literalmente no meio do nada e ele ainda conseguia me achar, não era possível, eu não podia acreditar nisso, começo a me debater em seus braços forçando o meu corpo para o chão, sendo virada logo em seguida.

Seus olhos que pareciam de um verde mais negro do que me recordava, sua boca em uma linha reta enquanto me segurava pela cintura forçando seu tórax contra o meu peito, podia sentir seu olhar de raiva, surpresa, decepção e algo que parecia pior que tudo isso, tristeza, eu nunca tinha o visto assim, parece que meu desejo se tornou realidade, eu realmente vi a cara que ele fez quando ele descobriu que a noiva dele fugiu, eu preferia nunca ter visto porque instantânea eu não sei o porque, paro de me debater e fico parada esperando uma reação sua, ou melhor eu nem sabia o que fazer, estava tão surpresa quanto ele.

—O que você está fazendo aqui Scarlett? Que não seja o que estou pensando, que não seja o que eu penso que você tentou fazer. — seu aperto se torna mais forte em meu braço e na minha cintura, talvez tentando acreditar que não era real, inconscientemente abaixo a cabeça.

—eu te pedi Scarlet, eu te pedi pra me obedecer ou você conheceria uma lado meu que eu não queria te mostrar, eu fui paciente com você, eu te dei tempo, eu fui gentil com você, eu fiquei a PORRA de 6 DIAS LONGE DE VOCÊ, tudo para deixar você pensar, aceitar a ideia por mais que me machucasse ficar longe de você, por mais que me machucasse ter que esperar você!
—tudo para você simplesmente tentar fugir?— ergo meus olhos para o seu rosto, meus olhos caem em seus lábios que ostentava um sorriso irônico, mas seus olhos demonstram tudo menos ironia ou alegria, eu não iria negar estava fugindo e continuaria se ele não tivesse me parado, e vou continuar, e que gentileza ele me mostrou além de sua obsessão?

—isso é tudo culpa sua Salvatore! Se não tivesse simplesmente imposto para mim como se não fosse nada que teria que me casar com você, eu não estaria fugindo, eu deixei muito claro para você que eu NÃO quero me casar com você! Nem com ninguém que eu não ame! mas você insiste nessa ideia, eu quero ser livre, nem nos casamos e você só sabe me prender!— eu não sei se foi a melhor ideia eu ter falado isso, porque como se fosse ainda humanamente possível ele ficou ainda com mais raiva, suas veias saltavam enquanto seu rosto estava começando a ficar vermelho, eu jurava que ele estava se segurando, ele me solta abruptamente, dando passos para trás enquanto agarrava no seu cabelo preto o puxando para trás, ele para por um segundo fecha os olhos e os abre erguendo sua cabeça para mim e se aproximando novamente, pega no meu queijo firmando seus olhos nos meus e como uma promessa fala.

—ouça bem Scarlett, que você nunca esqueça essas palavras, não há acordo entre nós, eu nunca, está me entendendo? Nunca vou deixar você ir, não tem formas ou tentativas, seu destino está preso ao meu e não há nada que você faça para mudar isso, uma hora você vai aceitar querendo ou não!— antes mesmo que eu pudesse protestar, seu braço enlaça minha cintura enquanto sua outra mão agarrou no meus cabelos, deixando meu corpo totalmente colocado ao seu e meu rosto totalmente imóvel, era o fim! o que esse idiota iria fazer comigo

—salvato..—sua boca se cola a minha, eu estava tendo o meu primeiro beijo, eu não não acredito que ele se foi com o idiota desse louco possessivo! Meus olhos arregalados em pânico enquanto ele pedia passagem com a língua, vendo que eu não iria ceder e estava em completo choque, sinto um gosto metálico em meus lábios me forçando a abrir a boca, sua língua quente entra em contato com a minha, isso era completamente nojento e estranho, eu não sabia o que fazer com a minha língua, que tipo de beijo era esse? Se usava língua em beijos? Aos poucos como não conseguia me soltar, fecho os olhos e sigo seus movimentos que por incrível que pareça eram controlados e calmos, ele parecia saber exatamente o que estava fazendo sua mão que estava enroscado nos meus cabelos guiava o beijo, de acordo com a vontade dele, mas seu aperto não era nem um pouco controlado, ele desforra sua raiva na intensidade da força de suas mãos que me apertavam, era algo totalmente novo e estranho, eu não sabia o que estava fazendo meu estômago parecia que tinha borboletas, sua boca sustando a minha enquanto sua língua se enrosca na minha, sendo exigente comigo, obrigando que eu o seguisse, bato repetidas vezes em seu ombro pela falta de ar, até que ele para encostando sua boca na minha e me dando um selar, ainda na posição de antes ele afasta dia cabeça olhando para o meu rosto ofegante e tinha certeza que vermelho, como se quisesse gravar a cena.

—nunca querida Scarlett!— era uma promessa.

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