29 - M2

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Coréia

Marquinhos: Tu tá ligado da exposição que vai rolar pra tu né, ainda mais agora com essa parada!

Coréia: To ligado po... to pegado com isso, virei alvo fácil pra caralho! Mas se nego tentar a sorte é pedir pra ir pra vala. Eu posso descer junto, mas antes levo muita gente, não considero ninguém não! Se for pra mexer com ponto fraco, bagulho de filho... eu mexo em mãe, pai, irmã... toco o terror! - falei putaço.

Só pica nas costas de vagabundo! Parece que quando tu tá quieto, afim de se aquietar e acostumando com a monotonia aparece várias paradas pra tu se envolver e comprometer.

Não fode! Tanta favela pra nego cair com a cabeça prêmio, vem cair na minha logo agora que eu voltei de frente e to com muito mais trabalho!

Marquinhos: Só mancada, irmão... só mancada! Mas papo reto? Lembrei logo de nós! - eu assenti. - Bagulho doido fí!

Porra... como é que não lembra? Uma puta golpe de estado que eu dei, bagulho histórico. Aquilo ali foi uma das paradas mais doidas que eu já fiz na vida, mas hoje não tenho mais essa coragem não.

Era novinho, emocionado... Só almejava poder e poder! Também não tinha filho, nem ninguém... então era eu por eu, se desse merda seria comigo mesmo.

Mas hoje? Hoje pensaria duas vezes antes de fazer esse bagulho, tu tem que ter muita disposição e assumir grandes riscos pra botar o seu na reta e o de quem não tem nada a ver também.Esse mano matemático que fez isso, assim como o outro foram muito mais loucos que eu!

Coréia: Vou meter o pé! - disse me levantando, tinha acabado de lembrar.

Isabel é foda, tá me deixando louco com essa parada de gravidez. Tudo que eu não me fudi com o meu menó, tava me fudendo nessa, mas só podia ser prova. Hoje eu entendo tudo que minha mãe Ana me disse.

Fica puto, pra mim era um bagulho estranho, nunca fiz essas paradas não, mas no fundo, no fundo eu tava me amarrando em me envolver mesmo a contragosto.

Não pude ir lá no bagulho de ultra, era muita doideira, mas ela arranjou um jeito de fazer nos descobrir juntos né... Já tinha até me esquecido.

Entrei no posto pela parte dos fundos, ainda na minha gestão tinha mandado ajeitar todas essas entradas e saídas estratégicas pros meus soldados.

Entrei com dois soldados que já tinham palmeado pra mim tudo antes mesmo de eu vir. Invadi a sala e pra minha surpresa ou azar, a pastora tava lá também, não entendi nada. Só que a situação foi chata!

Coreia: Licença aqui. - pedi já dentro da sala.

Isabel não disse nada, provavelmente tava puta achando que eu não me virria. Ela só me encarou e virou novamente falando pra medica que eu era o pai da criança. Não me sentei, fiquei da porta mesmo, tava todo deslocado.

A doutora lá tava mostrando várias paradas no monitor pra Isabel que assentia tudo e eu não entendia nada, vez ou outra olhava pra tela, outra encarava a feiticeira. Devia tá do fofocando, não sei que porra afinal ela tava fazendo aqui.

Isabel: Vem cá, senta aqui! - neguei de primeira mas ela insistiu, acabei indo.

Coréia: Já falou aí que parada que é? - perguntei pra ela.

Isabel: Advinha?

Coréia: Gosto de adivinhar não, me fala logo! - já disse puto, fico logo nervoso.

Isabel: Mostra pra ele, Doutora. - disse animadona.

Antes de me falar o que de fato era fez toda uma explicação, mostrou corpo da porrinha toda, mol pequena. Bagulho estranhão, se saísse igual a imagem seria feio pra caralho. Depois de uma aula e de me deixar sem paciência já ela finalmente disse que seria uma menina. Tô fudido!!!

REDENÇÃO 🙏 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora