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Coréia

Flashback On

Denner: A senhora me chamou de filho? - perguntei sorrindo.

Elza: Claro, ué. É a primeira vez que não me culpo por não ter tentado mais uma vez te abortar antes de tu vingar de vez. - disse debochada.

Aquilo acabou comigo de verdade. Minha feição de feliz imediatamente foi pra triste e eu abaixei minha cabeça.

Elza: Ficou triste? Não fica não! Tu é guerreiro pra caralho, sabe? Eu tomei umas cinco injeções pra te tirar mas infelizmente elas não deram resultado. Deus deve gostar de lixos como você mesmo!

Fim do flashback

Filho? Ainda teve coragem de me chamar de filho, filha da puta do caralho!!! Que parada de filho o que... que inferno, na moral! Porque essa mulher voltou? Era pra essa desgraçada estar morta, na moral.

Peguei o pino e despejei um pouco de pó no meu dedo indicador cheirando logo em seguida. Tava boladão, tava de cara quente com tudo isso na mente.

Coréia: Desgraçada! - chutei a mesinha de centro longe junto com a garrafa de whisky e copo.

Tava dias com isso na minha mente me pertubando, pesando na minha cabeça. Se antes eu já não tinha mais paz, depois que essa mulher apareceu é que eu não tenho mesmo.

Essa mulher voltou e com ela minhas piores lembranças, meus piores dias. Papo reto, já passei por várias paradas na minha vida... nego da rua já fez muita maldade comigo, já me disseram várias coisas... mas nenhuma delas, nenhuma em todos esses anos chegaram aos pés do que ela um dia já me disse e fez comigo.

Minha vida virou cumprir minhas metas, beber e me drogar. Fiquei fodido! Mas ela sempre teve esse poder sobre mim... Elza me trazia os piores sentimentos, sempre foi assim! Infeliz! Desgraçada!

Olhei no relógio e já era quase 20h, que merda! Sai da minha antiga base, peguei minha moto e guiei pra base da Isabel.

Isabel: Olha quem apareceu... - disse sarcástica se levantando do sofá assim que eu entrei.

Tava pilhadão, nem pra cara dela olhei. Subi direto e tomei um banho. Catei umas peças que eu deixo aqui e desci procurando uma parada pra eu poder guiar.

Isabel: Vai me ignorar? É assim? Some por dias, finge que eu nem sua filha existimos e agora volta aqui como se nada tivesse acontecido??? Hoje é dia de você pegar o Léo e tu nem pegou! - começou a falar várias paradas e eu já comecei a me emputecer.

Coréia: Eu vou pegar ele agora. Não fode! - disse passando a mão no nariz. - Cadê a parada que eu deixei aqui?

Isabel ficou me encarando é aquilo já tava me deixando mais puto que tudo. Julgamento silencioso me irritava pra caralho!

Coréia: Tu viu minha parada? - disse abrindo as gavetas e jogando quase tudo no chão.

Isabel: Eu não sei o que você tá procurando.

Coréia: Exquece! Deixa essa porra que eu acho. - falei nervosão. - Vou buscar o menó pra cá.

Isabel: Você não tá bem... Tu tá sé drogando? Tu tá pancado. - balançou a cabeça em negativa. - Você não vai buscar o Léo não! - disse autoritária, cheia de rojão. Bolei!

Coréia: E tu que vai me barrar por acaso??? - fui pra cima dela. - Baixa tua bola, caralho! - apontei o dedo na cara dela. - Tu é quem, filha da puta???

Isabel: Tira o dedo na minha cara! - disse dando um tapa na minha mão e tentou me empurrar.

Fiquei puto, meu ódio subiu na hora! Isabel adora peitar, não se manca nem assim. Acha que o poste que mija no cachorro, não respeita não.

No que ela me empurrou eu no automático dei um retão no ombro dela com força, que foi pra trás se desequilibrando e caindo no chão!

Isabel: Você é um filha da puta! Desgraçado! - tentou me chutar.

Coréia: Tu fica na tua! Não me testa não pra eu não te comer na porrada.

Isabel: Vai, faz isso. Me bate, seu covarde! Me bate! - disse gritando enquanto já chorava.

REDENÇÃO 🙏 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora