Twenty-five

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Any *pov*

Agora estava sentada em alguma pedras a beira do mar sentindo a brisa em meu rosto, oque me acalmava.

- Any - me assusto com ele me chamando.

- Josh? Oque você ta fazendo aqui? - me levanto e o vejo em pé na areia da praia.

- Você perdeu isso aqui sábado - mostra a presilha - e também - da uma pausa, parecendo criar coragem para me falar algo - você provavelmente não se lembra, mas me ligou ontem a noite - não lembro mesmo - Any aquilo foi um engano.

- Josh não, por favor sai daqui eu não quero falar com você - me viro de volta ao mar.

- Any.. - o interrompo.

- Eu já disse pra sair daqui - fecho minhas mãos em punho.

- Any - o ignoro - Olha me desculpa por ter quebrado seu coração! - grita irritado.

Não acredito que disse isso pra ele, minhas mãos se abrem e me sinto fraca, me viro de volta para ele.

- Sai daqui! Eu não quero te ver! - grito em sua cara e uma lágrima solitária desce pelo meu rosto.

Ele morde os dois lábios por dentro e antes de se virar passa seus olhos pelos meus uma última vez. Logo o vejo sumindo.

Josh *pov*

Antes de ir eu precisava saber se Any me daria algum motivo para ficar, mas ela só me deu mais motivos para ir.

Termino de arrumar minha mala, me despeço do meu quarto e vou em direção a sala, passo no quarto de meu irmão para me despedir e então ir até a sala onde meus pais estavam me esperando para me levar para o aeroporto.

Estou indo para um intercâmbio na Inglaterra, vou para a escola de artes mais renomada da Europa, onde poderei estudar dança, meu grande amor. Me inscrevi antes de Any chegar, nunca pensei que talvez alguém me fizesse querer ficar ao invés de ir atrás do meu sonho. Quando fui aceito a uma semana atrás, pensei bem sobre isso, minha avó me ajudou a tomar uma decisão também, mas ela acabou me deixando mais confuso ainda.

- Tchau pai - o abraço o mais apertado possível.

- Sentirei sua falta filhão - diz, minha mãe estava agora chorando ao lado de meu pai.

- Tchau mãe - ela me puxa para o abraço mais quente e carinhoso que poderia me dar.

- Eu te amo filho - beija minha testa.

- Eu também mãe - uma lágrima cai em meu rosto.

Começo a andar em direção ao portão de embarque, sem olhar para trás, porque sei que não aguentaria.

- Tchau Los Angeles - falo para janela do avião logo quando subimos vôo.

Any *pov*

- Jack vamos rápido - digo assim que entro no carro.

Agora já é noite, logo quando meus pais chegaram de viagem conversei com minha mãe sobre oque sentia sobre Josh, e ela me aconselhou a falar com ele, e é oque estou indo fazer agora.

Não faço a mínima ideia do que vou falar pra ele, só sei que preciso dele, preciso ouvir oque ele tem pra falar.

Quando o carro para em frente a sua casa corro até a porta e toco a campainha varias vezes, quando abrem a porta vejo Úrsula com o rosto meio abatido.

- Oi é.. o Josh está? - pergunto inquieta.

- Ele não te contou? - sua voz era um pouco rouca.

- Como assim? - sorrio confusa.

- Pode entra querida.. - abre espaço na porta para que eu entre.

[...]

Eu não consigo raciocinar direito, estou com o olhar focado em um canto da sala desde que Úrsula disse que Josh tinha viajado.

- Ele me pediu pra te entregar isso - me estende um envelope grande.

- Obrigada - minha voz é trêmula que nem minha mão - eu vou indo - me levanto.

- Ok - se lavanta também, nos despedimos e vou até o carro.

O caminho até em casa foi doloroso e quieto. Eu encarava aquele envelope não querendo abri-lo.

Josh estava agora em um avião provavelmente, indo seguir seus sonhos, sem se despedir.

Corro para meu quarto quando chegamos em casa, me sento em minha cama e finalmente abro o envelope, de lá tiro uma carta, não gosto das lembranças que cartas me trazem, mas sou forte e a leio.

Josh explica sobre sábado, fiquei em certo ponto ainda incomodada com aquela situação, mas ele também explica oque estava sentindo.

Era o mesmo que eu. As lágrimas escorrem pelo meu rosto constantemente.

Vejo que tem algo dentro do envelope, quando tiro vejo uma corrente com um pingente de lua, não consigo entender, porque na carta ele não fala nada sobre e não tem nenhum outro papel que explique.

Fico confusa, mas aquela corrente me da um sentimento de conforto, a coloco ainda em meio as lágrimas, deito em minha cama, me encolho e choro até dormir.

Eu não conseguia acreditar que ele tinha ido.

Eu preciso dele. Preciso do seu toque.

Notas finais

Queria falar que muitas coisas vão mudar, então se preparem para os próximos capítulos..

Beijos autora😘

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