Azul Intenso

Twenty-eight

Any *pov*

No papel onde os pingentes estavam enrolandos havia algo escrito.

Não é só um colar

Aquela frase me atingiu de jeito, logo sinto sua presença ao meu lado.

- Eu usei o sol todos os dias da minha viagem, eu estava conectado com você a todo momento - da uma pausa - só que eu fui um idiota em não ter te explicado tudo antes de ir e também por não ter entrado em contato com você durante esse um ano - aquelas palavras me destruiram. Tinha sim um significado.

Como não pensei nisso? Como fui idiota o suficiente? Mas agora já tinha ido, eu mudei, e não pretendo voltar a ser como antes.

- Nem no meu aniversário - a única coisa que sai de minha boca.

- Eu sei - abaixa a cabeça - Any, sei que você não vai me perdoar assim fácil, mas vou lutar por isso. Quero que continue com o colar, ele é seu - pega o meu colar passa pelo meu pescoço e o fecha, deixei-o fazer isso porque não conseguia falar nada, fazer nada, apenas ouvia e absorvia cada palavra, tentando entender oque passei no último ano e porque.

Quando finalmente consigo me mexer, levanto o olho pela última vez e vejo ternura em seu olhar, mas logo sigo em direção aos meu pais.

- Oque eu escrevi na carta é verdade - diz em alto tom para que eu possa ouvir mesmo estando longe.

Me lembro de cada palavra que estava escrita naquela carta, principalmente a parte onde ele dizia que sentimentos haviam ficado claros na noite do baile.

[...]

Estava impossível conseguir dormir, então fui para o lugar onde minha mente ficava leve, o mar.

Me sentei na areia iluminada pela luz da lua, ouvia pacientemente o barulho das ondas e sentia a brisa leve em mim.

Começei a lembrar de como foi meu último ano, de como fazia 10 meses que não conseguia mais cantar nem dançar, a única dança que eu fazia era nas líderes de torcida, nada mais.

Eu desisti de viver intensamente faz tempo, não senti mais prazer na vida.

Lagrimas escorriam em meu rosto, lembrando das vezes em que passou pela minha cabeça deixar o mundo, meus pais, meus amigos. Deixar a vida.

Agora Josh tinha voltado, mas poderia ir em bora de novo a qualquer momento, eu não quero ficar todos os dias na esperança de uma mensagem ou ele aparecer derrepente, de novo.

Mas algo me diz para voltar a viver, voltar a ser como antes, desenterrar a antiga Any. Só que não sei como..

[...]

O final de semana passou calmo, hoje será o primeiro dia de aula do novo ano letivo, lembro do meu primeiro dia ano passado eu estava insegura, ansiosa. Mas esse ano estou tranquila, sei que será só mais um dia de aula normal.

Fui pro banheiro, fiz minhas higienes matinais, coloco meu uniforme e dou um trato no meu cabelo. Antes de sair paro na frente do espelho e respiro fundo tentando esquecer o fato de que Josh vai estar lá.

Chego na escola, agora com meu carro já que tinha idade o suficiente para dirigir, vejo Sina sair do carro de seu namorado.

Que por mais estranho que seja, não era o Noah.

Eles começaram sim a namorar, mas um dia o Noah ficou bêbado e falou muitas coisas idiotas para Sina, e aí que eles terminaram. Ele tentou por um tempo voltar com ela mas foi falho e parou depois que Sina jogou umas verdades em sua cara, desde então os dois ficam se provocando, dizem que se odeiam, mas não consigo acreditar, vejo pelo olhar dos dois que eles ainda se gostam.

Faz umas duas semanas que Sina começou a namorar o Ethan, não sei mas não vou com a cara dele, acho que ele só namora a Sina porque ela é uma lider de torcida. Eu e Sofya já tentamos falar para Sina que ele não é muito confiável mas ela não nos escuta.

Vejo que ainda tenho muito tempo para começar a aula, então vou em direção a um lugar que fazia muito tempo que não ia.

Eu precisava ir para lá, eu precisava sentir aquela sensação de novo.

Notas finais

Desculpa pelo capítulo pequeno, estou pensando em postar mais um hoje pra compensar.

Não sejam leitores fantasmas votem, comentem e compartilhem.

Bjss autora.