Thirty-seven

1.7K 94 31
                                    

Josh *pov*

O dia demorou séculos para passar, mas finalmente chegou a hora de encarar Any. Isso não vai ser fácil.

Coloquei uma calça jeans rasgada e e uma camiseta preta básica, um tênis qualquer e minha tipica bandana, que é azul, quase a mesma cor de meus olhos, gosto disso.

Ouço a campainha tocar, respiro fundo, e desço para encarar logo tudo isso. Quando estava no meio da escada meu olhar encontra com o da cacheada, ela usava um lindo vestido preto de alças que estava por cima de uma blusa branca, seus cabelos estavam perfeitamente definidos enquanto tinham uma presilha segurando duas mechas de cabelo de cada lado.

Fico perdido a apreciando, ela estava tão linda, termino de descer as escadas e precebo melhor como era a presilha. Espera aquela não era a que dei para ela no baile?

Sim era.

- Eh boa noite - os comprimento, Priscila me dá uma abraço, o pai de Any apenas me dá um aperto de mão e quando chego em Any não sei oque fazer. Simplesmente ficamos paralisados olhando um para o outro, ela parecia inquieta com alguma coisa.

- Bom vamos para a sala de estar esperar o jantar ficar pronto - meu pai nos tira do transe, apenas assinto ainda a olhando, ela se vira e vai em direção onde eles iam.

Melhor acabar com isso logo.

- Any - falo num tom que só ela possa ouvir - a gente pode conversar? Imagino que já saiba sobre oque - ela respira fundo como se procura-se coragem para falar.

- Tudo bem - faço sinal com a cabeça para irmos em direção a um corredor distante que dava para o estúdio de dança.

Paramos mais ou menos no meio do corredor e não pronunciamos nenhuma palavra, apenas nos encaravamos com medo de falar.

- Então - quebro o silêncio - sobre ontem - fito o chão.

- Eh - passa a mão na nuca pensativa - aquilo..

- Não sei..

- Se foi certo..

- Ou se deveria ter acontecido - falo e levanto o olhar para ela de novo.

- Acho que foi um erro - da dois passos para frente se aproximando.

- Também - me aproximo também.

- Estavamos bêbados - agora estava em uma distância perigosa.

- Eh - concordo com a cabeça.

A cada momento estavamos mais perto um do outro, já podia sentir sua respiração de encontro com meu rosto. E em um ato simples colamos nossos lábios, não por atitude de um mas dos dois, os dois foram, os dois queriam. Coloco minhas mãos em sua cintura e ela as dela em minha nuca, era calmo mas com muito desejo, o beijo de Any era incrível, nunca dava vontade de parar. A viro e choco suas costas com a parede, de uma forma que não doa, mas que de mais desejo ao beijo. Agora estavamos em um ritmo mais rápido mas somos obrigados a parar pela falta de ar.

- Droga - dizemos em uníssono.

- Ninguém pode saber - Any fala e concordo.

- Mas eh.. a gente vai.. - começo a falar inseguro.

- Fazer isso de novo? - pergunta finalizando oque eu tentava falar - Acho que vai depender do momento - gesticula com as mãos nervosa.

É obvio que isso virá a se repetir, é inevitável.

- Acho que precisamos voltar - digo ignorando oque acabara de se passar pela minha cabeça.

- Sim - começamos a andar por aquele corredor até a sala de estar.

Any *pov*

O fato de ser inevitável que eu e Josh nos beijassemos mais fazes passava pela minha cabeça, não sei se isso é bom ou ruim, acho que bom, por que o beijo dele é o melhor.

Quando chegamos na sala todos nos encaravam curiosos, queriam saber aonde a gente estava e oque estavamos fazendo, obviamente tinha malícia nos olhares.

- Aonde vocês estavam - meu pai ativa o modo super protetor, olho para Josh para que ele inventasse algo.

- Eu estava mostrando uns passos novos que aprendi no intercâmbio para Any - ele mente bem, até eu podia acreditar que ele havia mesmo me mostrado passos novos.

Antes que possamos falar qualquer coisa, um dos empregados avisa que o jantar está servido. Fomos até a mesa e Josh se sentou do meu lado, não sei porquê mas tudo bem.

O jantar foi tranquilo, conversamos sobre coisas diversas e agora esperávamos a sobremesa. Levo um susto quando sinto um peso sobre minha coxa direita, abaixo o olhar até ela e vejo a mão de Josh a acariciando, volto meu olhar até ele mas o mesmo olhava para seus pais e fingia que não estava fazendo nada.

- E como vai a escola - Úrsula pergunta e tento disfarçar que estou nervosa.

- Tranquila - sorrio e tento não deixar claro que me assustei novamente porque Josh começou a apertar minha coxa mais para cima - não é Josh? - olho o repreendendo pela sua atitude de baixo da mesa.

- Sim - para sua mão a centímetros do lugar onde precionava seus dedos ontem a noite.

Depois de um tempo que a sobremesa chegou, ele levantou sua mão, pediu liçença e disse que iria ao banheiro.

Mensagem on*

Você: Sina me liga rápido, depois te explico.

Mensagem of*

Meu telefone começa a tocar, peço liçença também e vou na direção que Josh havia ido, finjo que atendo mas na verdade desligo. Quando finalmente o alcanço chamo seu nome o fazendo parar.

- Cacheada? - pergunta com o cenho franzido.

- Sim, eu vim aqui pra te entender - franze mais ainda o cenho - por que raios você estava com a mão na minha coxa?

- É um lugar proibido? - brinca.

- Não é isso, mas Joshua nossos pais estavam ali, muito perto, e se eles tivessem percebido? - cruzo os braços.

- Mas não perceberam - reviro os olhos - posso ir ao banheiro agora?

- Pode, mas nunca mais faça isso - me viro e volto para a mesa.

- Ela tinha uma duvida sobre se um trabalho era pra amanhã - me sento.

- Ahh mas Any você me disse que não tinha nenhum trabalho por isso te deixei ir a festa - droga.

- Mas então o trabalho é só para semana que vem e também fiz ele sexta - menti feio.

- Ata - sorrio falsamente.

Odeio mentir para minha mãe, mas oque eu iria falar? Que eu pedi para Sina me ligar só pra mim poder ter uma desculpa para ir atrás de Josh, porque durante a sobremesa ele estava com a mão em minha coxa com uma distância mínima da minha intimidade, e que ele sentia liberdade para fazer isso porque quase transamos ontem e nos beijamos no corredor enquanto mentimos que Josh estava mostrando uns passos novos?

Nem pensar.

Agora percebi o quanto estou omitindo para meus pais, me sinto mal com isso mas, não tem como.

Azul Intenso  Onde histórias criam vida. Descubra agora