P.O.V Carol
em alguns dias eu obtive a resposta da editora, eles adoraram o livro, o que melhorou muito meu humor dos últimos dias, eu tava prestes a lançar o meu livro.
como Dani tinha dito, acabei tendo que ficar uns dias a mais pra resolver mais algumas coisas. quando contei a Day sobre, a gente literalmente surtou juntas.
ah, sem contar que Day comentou sobre minha briga com a minha mãe pra Tia Selma e ela disse que viria aqui me ver.
no fim, eu já tô surtando pra voltar logo pra perto da Day, eu não aguento mais ficar longe daquela mulher.
- Carol! - ouvi Dani chamar do andar de baixo e saí do quarto, descendo até a sala.
- oi, o que foi? - respondi enquanto descia as escadas.
- a mãe da Day tá aqui na cozinha. - gritou de volta.
apressei meus passos até a cozinha e dei um sorriso vendo Tia Selma encostada na ilha da cozinha. assim que me aproximei, fui recebida por um abraço dela e retribui.
- como você tá, querida? - perguntou assim que nos desfizemos do abraço.
- na verdade tô bem melhor, a editora aceitou publicar meu livro e eu não sei nem descrever como eu tô feliz.
ela pareceu me analisar totalmente antes de dar um sorriso, arrumando meus fios ruivos enquanto olhava para mim.
- fico muito feliz que esteja bem dada as circunstâncias.
dei um sorriso concordando com a cabeça e vi que Dani observava a gente.
- desculpa gente, eu vou deixar vocês sozinhas, ok? - disse deixando a xícara sob a pia antes de se retirar da cozinha, fazendo tia Selma rir.
- tenho a impressão de que já vi essa menina.
- com certeza a senhora já deve ter visto. a Day disse que ela é uma amiga de infância, antes mesmo de me conhecer elas já eram amigas. - disse enquanto ia preparar um café e Tia Selma acompanhou tudo que eu fazia. - quer também?
- eu aceito uma xícara. - disse se aproximando pra me ajudar a fazer o café. - e qual o nome dela mesmo?
- Daniela.
- bom, eu não me lembro muito bem.
- Day disse que elas não eram tão próximas. a gente encontrou ela uns dias depois que eu e a Day ficamos pela primeira vez. - expliquei.
- então deve ser por isso.
- engraçado que ela diz que lembra de brincar comigo e com a Day, mas eu também não lembro muito bem.
tia Selma riu e eu também ri, logo após terminarmos de fazer o café e nos sentamos na mesa da cozinha.
- e sua mãe? - ela perguntou, sem muita enrolação.- já falou com ela desde que brigaram?
- na verdade eu tentei, mas ela não me respondeu. eu falei sobre a resposta da editora. - suspirei, bebendo um gole do café.
- tenho certeza que ela está orgulhosa por isso. você só precisa dar um tempo pra ela entender. - bebeu um gole do seu café.- você sabe que não é tão fácil assim, isso vai de pessoa pra pessoa. eu por exemplo, demorei um tempo pra começar a me desconstruir em relação a isso.
- eu lembro como foi.
- sim, exatamente. - deu uma pausa enquanto me olhava. - sua mãe ama muito você, Carol. eu sei disso. ela só precisa do tempo dela.
- eu sei, Tia. - suspirei novamente. - mas o que importa agora, é que eu tô prestes a lançar meu livro e eu não aguento mais de ansiedade pra tudo isso acontecer.
- sempre amei seu modo de escrita, Carol. tô realmente ansiosa pra ler seu livro.
- eu quero muito ver a reação da Day ao ler. - admiti, com um sorriso em meus lábios.
- tenho certeza de que ela vai chorar igual um bebê.- disse rindo, me arrancando uma risada também.- Dayane é apaixonada por você demais, querida. assim como você é por ela. dá pra ver nos olhos de vocês, e eu fico extremamente feliz por vocês estarem tão bem e felizes juntas. tenho certeza que sua mãe vai perceber isso também.
<···>
felizmente eu consegui conversar com a editora pra resolver as últimas coisas de longe e voltei pra Portugal o mais rápido que eu pude. acabei não avisando a Day, queria fazer uma surpresa pra ela. e durante a noite, queria que pudéssemos ir comemorar juntas finalmente.
fiquei angustiada de ignorar Day o dia todo, mas foi por um bem maior. assim que pousamos em Portugal, pedimos um táxi e fomos pra casa. a noite já tava chegando e com certeza Day tinha acabado de chegar do trabalho.
mesmo tendo a chave, preferi tocar a campainha pra que ela viesse atender.
P.O.V Day
assim que cheguei em casa, tomei um banho e vesti uma roupa qualquer, me jogando na cama logo em seguida, cheia de preguiça.
chequei meu celular e vi que Carol ainda não havia respondido minhas mensagens, o que me deixou meio triste mas ela devia estar ocupada resolvendo tudo pro lançamento do livro dela.
ouvi a campanhia tocar algum tempo depois e arqueei uma sombrancelha, praticamente conheço ninguém que pudesse vir me visitar durante esse horário do nada, então me levantei da cama e vesti um shorts pra que pudesse ir atender a porta.
desci as escadas sem muita pressa, ouvindo a campanhia tocar novamente.
- JÁ TÔ INDO! - gritei, apressando meus passos até a porta.
assim que abri, um sorriso se instalou em meus lábios automáticamente ao ver Carol parada do lado de fora, com um sorriso em rosto e segurando sua mala.
agarrei seu corpo, puxando o mesmo para mim em um abraço e em alguns segundos meus lábios já se encontravam junto aos de Carol em um beijo rápido, deixando diversos selinhos em seus lábios logo em seguida.
afastei meu rosto apenas o suficiente pra observar o seu ainda sem parar de sorrir.
- surpresa. - disse, me fazendo rir baixinho antes de deixar outro selinho em seus lábios.
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"F.R.I.E.N.D.S" - Dayrol
FanficCarol e Day são desde sempre as melhores amigas, aquela dupla inseparável que todos olham e sempre tem alguém que pensa "com certeza se pegam". após terminarem o ensino médio juntaram-se e moram juntas na grande cidade que é São Paulo, Day é uma óti...