cap. 41 🌆

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P.O.V Day

escutar Carol falar tudo aquilo, me fez ficar dividida. estava feliz por ela estar presente, mas triste por saber que ela ia largar tudo que ela mais queria durante anos. ainda assim, estava também aliviada, se ela estava se sentindo asfixiada por isso, dar um tempo seria a melhor coisa a se fazer.

e eu, bom, eu estaria aqui pra ela. a qualquer momento, em qualquer situação. após muito choro e muita conversa, decidimos terminarmos de arrumar a casa, entregaríamos a chave amanhã cedo e o carro também.

- baby, você tá bem? - Carol perguntou, me vendo parada na varanda, observando o nada e o tudo.

os braços dela envolveram meu corpo em um abraço por trás, e eu dei um sorriso virando meu rosto para olhar para a mesma.

- eu tô bem, babe. - disse, dando um sorriso e me virei de frente para ela. - me sinto mal de deixar esse lugar.

- eu também. - confessou, dando um sorriso. - muitas coisas aconteceram aqui, né?

- muitas. - concordei, dando uma risada. - aliás, acho que grande parte de mim sempre vai ser desse lugar.

- de nós duas. - Carol falou, com um sorriso. - mas tudo tem um fim.

- espero que nós duas não tenhamos. - dei um sorriso e Carol colou nossos lábios em um beijo.

era incrível as sensações que Carol me proporcionava, fazendo nada ou tudo, sempre me causava sensações boas. em pensar que eu demorei tanto tempo pra enxergar o que tava bem na minha frente o tempo todo. sempre foi Carol.

em alguns instantes, já estávamos nuas sob a cama, desfrutando uma da outra como sempre, mas como se fosse novamente a primeira vez.

ainda melhor que da última vez, e pela primeira vez foi diferente de todas as outras. tinha nossa saudade, nosso amor, e tudo de mais clichê que eu possa descrever.

caímos sob a cama, exaustas, e eu fiz questão de abraçar seu corpo, deixando um beijo sob o topo de sua cabeça.

- eu te amo. - sussurrei, acariciando as costas de Carol.

- eu te amo. - Carol sussurrou de volta e ambas sorrimos.

era incrível tudo que envolvia Carol, e eu já não me importava com o que aconteceria daqui pra frente, contanto que Carol estivesse comigo, eu sei que estaríamos bem.

<···>

Alguns Anos Depois.

acordei com a risada de uma criança, e uma bronca de Carol.

- ei, não ri tão alto! - reclamou, mas também estava rindo baixinho. - sua mãe tá cansada, meu amor.

aos poucos abri meus olhos e pude ver Carol com Daniel em seu colo, fazendo cócegas no pequeno. havíamos adotado Daniel alguns anos antes, quando ele tinha só um ano, e agora, com seus cinco, era um garoto totalmente esperto.

acho até que ele se parece bastante com Caroline, o jeito dele era parecido com o dela.

dei um sorriso ao observar os dois, me espreguiçando enquanto me sentava sob a cama, coçando meus olhos.

- tá vendo? eu falei pra você rir baixinho, filho. - Carol disse e eu pude ver - ou melhor, sentir - Daniel se jogar no meu colo me fazendo rir.

- bom dia, mamãe! - disse, me abraçando e eu retribui ao abraço, rindo baixinho.

- bom dia, pequeno. - falei, vendo ele se ajeitar na cama entre eu e Carol.

- sabia que meu dentinho tá mole, mamãe Day? - disse, mostrando o seu dente mole, o balançando e eu dei um sorriso.

- e você vai tirar, não é? - perguntei, bagunçando os cabelos castanhos do pequeno.

- a mamãe Carol disse que se eu deixar o dentista tirar, ela me dá chocolate. - o pequeno disse, todo sorridente.

olhei pra Carol, que cobria a boca enquanto ria baixinho e neguei com a cabeça.

- vocês dois não têm jeito né? - falei, em um tom mais afirmativo do que interrogativo.

o que nos fez parar nosso momento foi o choro de Lua, que ecoou pela babá eletrônica.

- acho que alguém acordou também. - disse, rindo enquanto Daniel corria pra descer da cama, e Carol se levantava.

- você vai cair correndo desse jeito. - Carol gritou enquanto Daniel já estava no corredor.

Lua havia sido decisão nossa, Carol havia engravidado e agora a nossa filha estava com alguns meses. posso afirmar que nunca fui tão feliz, não como tô sendo agora.

mas, voltando a alguns anos atrás... Carol arriscou um pouco de tudo, até se decidir. passamos por algumas coisas, mas nada demais, e no fim, Carol decidiu que me ajudaria a fundar minha escola de música.

hoje, nós temos a escola, após alguns anos tentando e mesmo que tenhamos uma equipe ótima, nós duas fazemos questão de participar ativamente de tudo, principalmente ensinando.

Daniel passava algum tempo lá, sempre que dava, mas ultimamente, com a Lua ainda com dez meses, a gente estava ficando mais em casa. às vezes Carol vai, e eu fico com as crianças, e outras vezes, eu vou e Carol fica em casa.

no fim, Thaylise e Vitão não deram certo, mas continuam se falando. em falar nisso, Victor era o padrinho de Daniel, junto com Thay. e Bruno é padrinho da Lua, junto com Elora. outro ponto que eu deveria explicar, já que pensei que ela havia ficado brava comigo.

Elora se sentiu muito mal por tudo que aconteceu, mas assim que voltamos para o Brasil, eu e ela conversamos e aos poucos viramos ótimas amigas.

nossos pais eram os avós mais babões que eu já conheci, nunca vi amarem tanto uma criança quanto nossos filhos. e isso era o importante, estávamos todos muito bem e felizes, no fim conseguimos isso.

recebi uma mensagem em meu celular e logo o peguei, vendo que era mensagem de Bruno, avisando que já estava tudo pronto e que podíamos deixar os pequenos com ele. dei um sorriso e respondi ele, agradecendo por tudo.

- AMOR... - gritei, enquanto me levantava e ia até o quarto dos pequenos, vendo Carol dar mamadeira pra Lua.

- oi, meu amor. - falou, e eu observei Daniel tentar pegar a mamadeira da mão dela. - calma Daniel, você já vai poder dar mamadeira pra Lua, mas se continuar assim eu não vou deixar.

- tá bom. - disse, com uma carinha manhosa e eu dei risada, antes de voltar ao assunto.

- o Bruno disse que os meninos podiam ficar com ele pra nós duas irmos na escola de música. - disse, e vi ela dar um sorriso.- só precisamos arrumar eles.

PREPAREM O CORAÇÃO
quem sabe eu seja boazinha e traga outro capítulo antes da hora...

&quot;F.R.I.E.N.D.S&quot; - Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora