cap. 37 🌆

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P.O.V Carol

- tira o salto, baby. fica melhor pra andar na areia. - Day falou, assim que me tirou de perto dos meninos, falando que tinha uma surpresa pra mim.

- ai, espera. - me abaixei, tirando o salto e vi Day tirar os sapatos também. - pronto.

segurei meu salto em uma mão, enquanto com a outra entrelacei meus dedos nos de Day.

a gente caminhou por um tempo, pela beira da praia já que a areia molhada facilitava pra que a gente andasse, em um certo ponto do caminho Day se virou pra mim.

- fecha os olhos, baby. - pediu, e eu fiz o que ela pediu. - não vale abrir.

afirmei com a cabeça e deixei que Day me guiasse, assim que paramos de andar soltei sua mão.

- posso abrir?

- agora sim. - respondeu e eu abri meus olhos.

dei um sorriso ao observar o local, estávamos um pouco longe da casa da família de Day, e também não parecia que era uma área frequentada. havia uma pequena barraca montada, com algumas velas iluminando o interior da mesma. ao redor da barraca, havia algumas pétalas de rosa vermelha. estava simples, mas com certeza divino.

levei meu olhar para Day, segurando a minha emoção e vontade de pular e agarrar ela.

- calma, eu vou falar. - Day disse, me fazendo rir baixinho concordando levemente com a cabeça para que ela começasse. - desde sempre eu fui apaixonada por você, e talvez a gente tenha enrolado muito pra conseguir aceitar esse fato. o que importa, é que daqui alguns meses, nós fazemos um ano juntas e provavelmente vamos voltar para o Brasil. quando fomos pra Portugal, nunca imaginei que minha vida pudesse mudar tanto como mudou, e eu descobri que o clichê, nem sempre é ruim. na verdade é muito bom. desde que a gente se conheceu, lá atrás, eu sempre soube que eu queria dividir minha vida até o final com você, e hoje nós estamos aqui, e minha vontade só aumenta. isso não é um pedido de casamento, não ainda, mas eu senti a necessidade de te demonstrar em palavras tudo que você me faz sentir. - a essas alturas, algumas lágrimas já rolavam pelo meu rosto. - seu livro já já tá no mundo, e eu não sei dizer o quão orgulhosa eu estou de você. e feliz por saber que tem um pouco de nós nele. eu te amo, Caroline Biazin, e eu quero passar o resto da minha vida com você.

soltei os saltos na areia e abracei o corpo de Dayane, deixando minhas lágrimas rolarem por meu rosto, molhando levemente o couro de sua jaqueta.

- eu te amo, Dayane. - sussurrei, me afastando apenas para olhar em seus olhos. - eu quero, e vou, viver o resto da minha vida com você.

- a gente é muito emocionada. - Day falou fazendo nós duas rirmos, aproveitei pra deixar um tapa em seu ombro.

- não corta o clima, idiota. - disse, entre minha risada. - mas me diz, o que você planejou?

- eu planejei te trazer aqui, falar tudo isso, passarmos a noite aqui e fazer uma coisa... - Day olhou em volta, me fazendo olhar também e assim que nossos olhares se cruzaram novamente vi seu sorrisinho.

- o que... - não tive tempo de terminar a pergunta, senti Day me levantar e correr comigo até a água, me soltando no mar.

fechei os olhos ao cair na água e assim que me levantei joguei água em Day.

- filha da mãe. - disse, rindo enquanto tentava correr dentro da água até ela, que me jogou água.

- fica aí, não vem não. - disse, rindo e me jogou mais água.

<···>

- tô só observando você estragando sua jaqueta. - disse, vendo Day fazer uma careta.

- eu implorei tanto pela jaqueta e estrago ela no primeiro dia que eu uso. - disse, saindo de cima de mim e eu dei uma risada.

- mas tudo bem, acho que não estragou. mas a você tem que secar ela bem quando chegarmos. - falei, puxando a coberta para cobrir meu corpo.

Day fez o mesmo, entrando de baixo da coberta junto comigo. abracei seu corpo e me acomodei em seu peito.

- mas se estragou, eu te bato. - disse por fim, rindo.

- tô com fome. - Day resmungou, se mexendo um pouco. - me alcança essa mochila.

olhei para trás, vendo a mochila no canto da barraca e enrosquei meu pé em uma das alças, puxando a mesma até que minha preguiça me deixasse me inclinar pegando a mesma. entreguei pra Day e me afastei de seu corpo, vendo a mesma tirar um salgadinho de dentro da mochila.

- quer? - perguntou, após abrir a embalagem e eu neguei com a cabeça. - eu devia ter pego as comidas da minha mãe antes de vir, o Victor vai comer tudo.

vi ela começar a comer o salgadinho e dei uma risada, me arrumei sob o fino colchão e prendi meu cabelo, que havia se soltado.

- você tá muito quieta. - Day chamou minha atenção, então virei meu rosto pra mesma.

- eu tô pensando. - dei um sorriso. - é muito estranho, de uma forma boa, estar aqui com você. nunca imaginei que em uma virada do ano, fosse ouvir essas coisas de você. passar a noite na praia... é tudo muito inesperado pra minha eu de alguns meses atrás.

- pra mim também é inesperado. - deu uma pausa pra engolir o salgadinho. - na verdade, nunca achei que pudesse ter chance com você.

- eu sempre pensei em você. - admiti. - mas eu tentei me enganar durante muito tempo, principalmente porque você sempre tava apaixonada por alguém. tinha medo de falar algo e estragar tudo que a gente tinha construído.

- baby, eu nunca nessa vida, ia me afastar de você pela sua sexualidade. - a mão livre de Day segurou a minha. - mesmo que eu não fosse ser sua namorada como hoje eu sou, nossa amizade ia ser a mesma. sempre foi desse jeito, e continuaria sendo sempre.

- tive tanto medo. - suspirei e Day se aproximou, deixando um beijo em minha testa.

- agora somos nós. - sussurrou. - sempre vamos ser. eu te amo.

&quot;F.R.I.E.N.D.S&quot; - Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora