cap. 24 🌆

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Maratona 10/10

preparem os corações pra os próximos caps.

P.O.V Carol.

acordei algum tempo depois, com a cabeça doendo, provavelmente pelo choro antes de dormir. me levantei da cama, enrolando o edredom no meu corpo e saí do quarto descendo pra cozinha.

Day estava lá, fazendo alguma coisa mas eu não dei muita atenção, procurei uma das cartelas de comprimido e tomei um. Day ficou me observando o tempo todo, mas não falou nada.

- o quê? - perguntei, num tom baixo parada na entrada da cozinha.

- como você tá, baby? - ela perguntou, colocando o copo que estava em sua mão na pia. estava bebendo algo.

- não sei. - suspirei, vendo ela se aproximar e envolver seus braços em meu corpo. - não era só um livro.

- eu sei, baby. - colocou uma mecha do meu cabelo por trás da minha orelha, retirando o edredom de minha cabeça pra ver meu rosto.

- era importante. era sobre nós. sobre mim. sobre você. - disse encostando minha cabeça em seu ombro. - cadê a Dani?

- tá dormindo. já tá tarde. - deixou um beijo no topo da minha cabeça. - vamo pro quarto, não queria te acordar e fiquei na sala.

murmurei alguma coisa, sentindo Day me virar e andar comigo até o quarto, fechando a porta atrás de si.

- a gente vai dar um jeito, ok? - disse enquanto me deitava na cama, sentando ao meu lado. - a gente sempre dá um jeito.

P.O.V Day

acho que já se passaram um três dias, e Carol continua na mesma: comendo pouco, dormindo muito, sem vontade de fazer nada... ver ela assim tá me doendo mais que qualquer outra coisa.

todos esses três dias, não passo um sequer sem pensar em uma forma de ajudar ela. infelizmente não consegui ficar sem ir a escola de música, afinal haviam três dias que fui contratada e não podia fazer isso. mas Dani tava me ajudando com Carol, ficava o dia todo lá até que eu chegasse.

- ela comeu? - perguntei a Dani, que estava na sala.

- quase nada.

suspirei. era horrível sentir que eu não podia fazer nada pra ajudar.

- pode ir pra casa. obrigada por ficar com ela esses dias.

- não precisa agradecer, Day. se cuida.

Dani logo foi embora e eu subi pro quarto, vendo Carol parada ao lado da janela, olhando alguma coisa.

- amor. - chamei, ouvindo só ela murmurar alguma coisa. - ei, baby. eu odeio ver você assim.

- não se preocupa. - ela disse num tom mais baixo.

- você tem que comer mais.

- não tô com fome.

- os policiais me ligaram hoje, disseram que conseguiram dois suspeitos.- comecei, sabendo que ela não ia responder nada. - se dermos sorte, eles conseguem recuperar seu notebook e aí você tem o livro de novo.

- isso não vai acontecer. - Carol disse me fazendo negar com a cabeça.

- baby... - ela me interrompeu.

- você acha que alguém roubaria pra ter? eles com certeza já devem ter vendido. e se conseguirem recuperar, não vai ser hoje e nem amanhã. a reunião tá marcada pra terça, esses processos demoram.

- baby, eu juro que eu tô tentando pensar em algo pra te ajudar.

- não tem como ajudar, Day. o meu livro foi perdido.

- você sempre... - parei de falar quando percebi uma coisa que podia ajudar. - você sempre fazia cópia de tudo que você escrevia no colégio lembra?

- lembro. mas o que isso tem a ver? - me olhou pela primeira vez no dia.

- tem a ver que você tem esse hábito até se você escreve uma mensagem de feliz aniversário pra alguém e salva no seu notebook. - disse indo até o armário dela. - e você sempre passa as cópias pra o seu... - procurei o que queria e dei um sorriso ao ver. - pen-drive!

me virei, vendo ela se aproximar. dei um sorriso observando o pen-drive na minha mão e olhei pra ela.

- como a gente não pensou nisso? - perguntei, com um sorriso enorme no meu rosto.

- talvez porque eu nunca use o pen-drive. - deu uma pausa. - eu sempre salvo pra caso aconteça algo, mas eu nunca tive problemas com meu notebook.

- a gente tem que comprar um notebook novo pra você. - disse entregando o pen-drive pra ela. - eu vou comprar agora. não aguento mais ver você triste.

deixei um selinho nos lábios dela, vendo um sorriso fraco nos mesmos.

- gosto quando você sorri. tava com saudades de ver isso. - disse sorrindo enquanto encarava ela e saí do quarto indo direto pra garagem.

<···>

- será que eu fiz a cópia mesmo, baby? - me olhou. - e se eu estivesse tão entretida que não tenha feito?

- amor, você faz cópia até se você colocar uma ordem de números aleatórios. é um vício seu que você nem percebe. - afirmei ligando o notebook e olhei pra ela. - vai, coloca o pen-drive pra gente ver.

ouvi ela suspirar e encaixar o pen-drive no notebook, deixei que ela ficasse com o notebook sob as pernas e observei ela abrir os arquivos que tinham.

- e aí? - perguntei, virando meu rosto pra olhar pra ela, que tava chorando, mas com um sorriso enorme nos lábios que já significava algo muito bom.

-tá tudo aqui. - Carol disse enquanto sorria. - literalmente tudo.-me olhou. - obrigada, Day. eu te amo muito. - disse me abraçando toda desajeitada, me fazendo rir baixinho.

- eu te amo, baby. não aguentava mais te ver tristinha.

<···>

Carol ficou tão feliz de recuperar o livro dela, que eu acho que se pá nunca tinha visto ela tão alegre. Dani aparentemente sumiu de novo durante uns dois dias, só apareceu no fim de semana. Carol terminou o livro em três dias, e cuidava daquele notebook e daquele pen-drive como se fosse a própria vida.

a polícia sempre nos informava sobre como tava o caso, segundo o que falaram da última vez, foi apenas um homem que entrou na nossa casa e tá foragido.

- então nós vamos sair pra comemorar hoje, não é? - Dani sugeriu, animada.

- com certeza. - afirmei olhando pra Carol.

- gente sei não...

- tá com medo por causa da última vez que a gente saiu juntas? - Dani perguntou.

- é... e-eu não quero perder meu livro de novo.

- amor, ninguém vai invadir, ok? - disse olhando pra ela que pelo visto não se deu por vencida, e era uma tarefa complicada fazer Carol acreditar em qualquer outra coisa quando ela tinha algo na mente.- mas a gente não vai então. amanhã você viaja pro Brasil, vocês têm que descansar mesmo.

&quot;F.R.I.E.N.D.S&quot; - Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora