Ara Frances, nunca imaginou possuir uma família e ainda mais uma tão grande quanto os Weasleys. Por conta de sua ex-tutora, a jovem punk não possuia o menor conhecimento sobre o mundo bruxo e sobre a sua história... Porém após o falecimento da mesma...
Depois do que me pareceu horas, acabei acordando. Minha visão estava embaçada e minha cabeça doía muito, provavelmente por conta que eu a bati no chão. Depois de uns segundos após abrir os olhos, aos poucos consegui recuperar meus sentidos desde a visão até do espaço, e foi nessa hora que percebi que estava na cama em que Frankie havia morrido.
Me levantei de um salto, ignorando a dor na nuca e a tontura. Não me julguem, mas... eu tinha nojo daquela cama. Não porque ela havia morrido ali, e sim porque ELA dormia ali, e como vocês sabem nos odiávamos.
- Meu Merlin! Ara, você está bem? - olhei para trás e visualizei Molly vindo em minha direção com os braços estendidos, e nesse momento me lembrei do que havia ocorrido.
EU ERA UMA BRUXA E TODOS ALI TAMBÉM!
Quase acabei desmaiando novamente, porém Molly, que havia chegado até mim, desta vez conseguiu me segurar.
- Por favor me diga que realmente vocês são meus tios, mas que essa história de bruxaria foi apenas um sonho meu, após eu ter desmaido de emoção por encontrar meus parentes... - supliquei a ela, após eu ter me reconposto deste meu "quase" segundo desmaio.
E com um sorriso amarelo ela negou com um aceno de cabeça.
- Sente-se, eu irei lhe explicar com calma... - ela me levou á uma poltrona do quarto e logo em seguida sentou-se na cama de minha ex-tutora.
"Eu sei que pode parecer estranho, principalmente para você que cresceu como uma trouxa..."
- "Trouxa"?! - lhe questionei a interrompendo.
- É como chamamos as pessoas que não possuem magia alguma... - ela me respondeu e, após um aceno de minha nuca, a mesma continuou a falar:
"Mas eu juro, Ara, que tudo é verdade! Nunca nada estranho ou tido como anormal aconteceu com você?"
Após a sua pergunta comecei a relembrar alguns episódios realmente muito peculiares de minha vida... Como a vez na qual Frankie havia pedido, ou melhor, ORDENADO para que eu sozinha limpasse todas as janelas da casa, detalhe: eu tinha apenas cinco anos e essa casa possuía três andares e, obviamente, inúmeras janelas. É claro que acabei negando e foi nesta hora que Frankie acabou tendo um acesso de ira e começou a dizer o quão imprestável eu era, então a raiva me dominou e, após eu ter piscado os olhos, as mãos de Frankie que estavam a segurar uma garrafa de álcool e uma flanela pegaram fogo.
É claro que durou apenas meros segundos e o fogo nem foi tão intenso assim, mas o suficiente para lhe assutar e fazer com que ela desse um berro daqueles e jogasse a garrafa no chão. Por sorte, como ela estava com luvas de pano, a queimadura não foi tão intensa assim, porém o suficiente para que ela pusesse pôr a culpa em minha pessoa.
