Eu acredito em destino, que nossa história já está escrita e eu só sou protagonista de algo já predestinado.Se isso realmente for real, na moral eu posso socar a cara de quem escreveu minha vida, nunca, em nenhum momento tive facilidades, nada pra mim foi fácil.
Desde cedo eu tive que lutar pra ser o que sou, pra ter o que tenho e não falo só de bens materiais não.
Eu lutei e me esforcei, quando minha mãe conseguiu uma bolsa na escola onde ela trabalhava de zeladora eu estudava o máximo, tinha as melhores notas porque eu não poderia perder a oportunidade de ter um bom estudo.
Quando sofri bullying por ser o filho da zeladora, eu lutei sozinho porque não poderia envolver ninguém, a bolsa era mais importante do que um olho roxo.
Meu pai é feirante, e quando completei 8 anos eu comecei a ajudá-lo, três vezes por semana eu estava lá ajudando a vender suas verduras, eu usava da pouca habilidade de persuasão e do meu rostinho angelical para pedir às pessoas que nos ajudassem comprando.
Estava tudo indo bem até que, os garotos do meu colégio me viram e o inferno voltou, além de filho da zeladora era filho do feirante.
Não pense que me envergonho dos meus pais, pelo contrário eu tenho orgulho do quanto eles lutam todos os dias para que tivesse comida na mesa e para me garantir um futuro melhor.
Eu apanhava na escola apenas por ser pobre, e você pode pensar.
Caramba, como você não desistiu?Pois é, sabia o que me motivava, era chegar em casa e ver meus pais que apesar do dia exaustivo de ambos, ainda tinham tempo para jantar e limpar a casa juntos. Me ajudava nos deveres às vezes caindo de sono.
E em meio a tudo isso, eles me amavam e se amavam incondicionalmente.
Eu lutei por eles também.
Aos 14 anos eu percebi que não era como os garotos da minha idade, eu não me atraia por meninas, elas são lindas e simpáticas, mas não me imaginava namorando nenhuma das minhas amigas.
Eu me vi apaixonado por um garoto, e caramba eu fiquei extremamente confuso.
Resolvi conversar com meus pais sobre isso, nós sempre tivemos uma boa relação e sempre pude me abrir com eles sobre tudo.
Mas pra minha surpresa meu pai não recebeu esse fato tão facilmente, foi aí que mais uma luta começou.
Mostrar ao meu pai que o fato de eu gostar de garotos não mudava meu caráter.
Eu seria o mesmo Jimin de sempre, minha mãe me acolheu mesmo que de certa forma ela ainda não "aceitasse" e imaginava que seria uma fase, que passaria.
Meu pai se afastou de mim, não falava comigo como antes eu me culpava todos os dias por isso. Quando ele percebeu que eu ainda era seu Jimin, meigo, trabalhador, agora eu tinha uma barraca que eu mesmo cuidava então duplicou a renda da feira, estudioso, ele me pediu desculpas e também me disse que estaria comigo pra sempre.
E o mais gostoso foi ouvir " Eu tenho orgulho de você ".
Foi difícil passar quase 6 meses sem falar direito com meu pai, ele era meu porto seguro e não ter seu apoio doía muito.
Eu pensei que tudo na minha vida estivesse bem, apesar de tudo que vivi no ano seguinte eu ainda via coisas boas.
Pensei que, quando finalmente estivesse fazendo faculdade tudo seria menos complicado, estaria focado no meu futuro nas notas e matérias e nada mais me atrapalharia.
Pois é eu estava errado, cá estou eu recostado na porta pensando nas últimas horas que passei com Jeon Jungkook ainda sinto seu perfume que ficou em mim.

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After Time
FanfictionCapa feita pela @boraxarchive Jungkook, um estudante de música tem seus relacionamentos com prazo de validade, 6 meses, esse é o seu tempo estimado. A cada semestre uma nova pessoa. Depois de uma grande decepção amorosa se fechou para o amor escap...