Planning

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Stiles não conseguiu concluir o próprio desafio: Alcançar o delegado Parrish.

Quando enfim chegou no último degrau da escada – e espiou através da janela – a viatura já tinha partido à muito tempo.

O rapaz se xingou um bocado também. Por ter de reconhecer que o homem tinha razão. E quase pode ouvir sua voz, ronronando, docemente em seu ouvido: Do jeito que você anda demoraria uma vida para subir...

No caso foi descer mesmo.

O rapaz esperou por algum tipo de esclarecimento. Que Jordan aparece e tentasse se explicar. Mas a resposta não veio fácil. E – assim como o delegado – parecia ter se perdido durante o percurso entre a sua casa e a delegacia.

Ele repassava os impasses daquele dia mentalmente. Tipo: te beijei, chupei e fugi?? E chegava a conclusão que estava mais perdido do que no momento em que percebeu que tinha batido o jipe. Com certa insistência, começava a se perguntar se deveria ter avisado o cara; se seria melhor ter falado que estava quase, indo ou vindo, prestes a gozar. Se o fato de ter atirado para todos os lados naquela boca teria o chateado de alguma forma. Francamente.

Mas no fundo sabia que não era isso. Pela confusão em seu rosto. Na desculpa sem sentido. Aquilo alimentava sua raiva, Stiles odiava ser tratado como um coitado.

De qualquer forma, Jordan não apareceu minutos depois. Como seu pessimismo lhe preveniu. Muito menos horas depois, tampouco nos dias seguintes. E se Jordan já não usava o celular – para dar algum sinal de que estava a caminho – naquela situação deveria tê-lo jogado fora.

Uma coisa, uma coisa pequenininha não entrava em sua cabeça. Como aquele homem simplesmente o pegava desprevenido com um beijo; praticava um oral dos sonhos e simplesmente sumi sem mais explicações? Como ele tinha a coragem?

Eram questionamentos recorrentes. Coisas de minutos em minutos.

Oras bolas, estava arrependido por ter tomado uma atitude? Fracamente. Como se Stiles Stilinski não reparasse nos olhares. Como se Stiles não soubesse das suas intenções. Como se o Stilinski não pretendesse algo desde que o convidara para a festa e ousara beijar-lhe o rosto rosado.

O acidente, em suma, trouxe algum benefício.

O castigo não lhe ajudava em nada também. Sem poder sair, não tinha muita o que fazer. E também não possuía a coragem – a capacidade de arrumar uma boa desculpa – para pedir informações ao pai. Iria levantar questionamentos, como da vez que convidara o delegado, e ele não estava com cabeça para interrogatórios.

Queria muito entender o delegado Jordan Parrish e seus trejeitos. Talvez a culpa tenha sido um pouquinho sua; por causa da cara. Em um momento como aquele – ainda mais naquele momento – foi difícil conter sua perplexidade, com um homenzarrão daqueles caindo de boca no seu pau. Algo que só acontecia nos seus pensamentos mais íntimos e bem sujos. E Stiles já ouvira vezes suficiente sobre a cara que fazia enquanto o orgasmo fluía para fora do seu corpo; bem, não era exatamente uma cara, uma boa expressão...

In Your Brown EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora