Good

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Que situação...

Que situação...

Que situação...

Desde que saíra pela porta da frente da casa dos Stilinski aquela frase ecoava na cabeça do – muito confuso – delegado Jordan Parrish.

Havia, sim, se tornado menos presente com o passar dos dias – dias esses que fizera um grande esforço para manter-se afastado – era verdade; mas ainda estava ali. Ressonando em seus tímpanos como uma música muito grudenta. Uma música cheia de vigor que não dava o braço a torcer até ele ouvi-la um pouco a cada dia.

A frase, as lembranças, voltava sempre se distraía ou via-se ocupado.

E ele fazia um grande esforço para isso, para conseguir alguma ocupação para sua mente ociosa. Muito embora estivesse inclinado a refazer seus próprios passos. Os que levaram-no ao fatídico que dia que praticamente devorou o rapaz. A vergonha parecia lhe consumir em intensas labaredas, só em lembrar a expressão estarrecida de Stiles quando tudo acabou; quando o jovem se desfez em sua boca e Parrish o engoliu no choque. Vergonha!

Dia e noite seus pensamentos avulsos voltavam-se unicamente para a pessoa que o deixava inquieto, nervoso, de quatro: Stiles Stilinski. Voltavam-se também para o fato de como controlar seu ímpeto pareceu-lhe algo antinatural; de como a boca do rapaz pareceu sobrenaturalmente mais atrativa. De como as mãos pressionando seus ombros – empurrando-o para baixo – pareceram um comando no qual ele não podia descumprir.

A situação – em que ele mesmo se colocara – parecia persegui-lo. Pairava sobre a sua cabeça como uma nuvem turbulenta de tempestade. Deixando-o quase que paranoico; como se a coisa toda tivesse sido filmada e o vídeo estivesse circulando por ai. Cada olhar que recebia, pouco importava a quem pertencia, parecia acusar Jordan maldosamente. Lembrando-o de que ele havia feito um oral no filho do seu superior.

Já havia se passado dias. Ele preferiu não contar. Apesar de vez ou outro uma vozinha impertinente chutar uma contagem.

O que dera em sua cabeça? A pergunta martelava em sua mente de forma respetiva. Tal como muitos outros questionamentos. Lhe cansava. Tirava seu sono. Ele não tinha coragem de encarar o xerife nos olhos, parecia que ele sabia de algo: Stiles pior ainda. Da imagem que se lembrava, não conseguia decidir o que aquele olhar, aquela expressão do Stilinski significava. Pavor, choque, incredulidade? Parrish queria socar a própria cara. Havia estragado tudo.

Sabia disso.

Por isso deixou seu telefone de lado. Para evitar desculpas esfarrapadas. Sabia que seriam. Pois o monstrinho em seu peito foi bem alimentado, com o beijo e o sexo. E aquele um por cento não o deixava se arrepender; não totalmente.

•×•

Parrish tentou disfarçar seu modo inquieto durante os turnos. O máximo que conseguiu. Principalmente nas rondas com a sua parceira. Mas Clark percebera algo estranho e enchia-lhe de perguntas sempre que podia. E por muito pouco ele não abriu a bocarra. Mas conteve-se, por mais que desejasse se livrar um pouquinho daquele peso. Sanar algumas das suas dúvidas.

In Your Brown EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora