Só, em seu apartamento. Jordan costumava a refletir sobre um certo para de olhos cor de âmbar, que vez ou outra sondava seus pensamentos e sonhos. Até que os sonhos deixaram de ser apenas sonhos.
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Parrish abriu a porta do seu quarto usando de uma força exagerada - segundos depois ele mesmo admitiria isso - enquanto afrouxava o aperto da gravata no seu pescoço.
A porta se abriu debilmente. Rangendo de forma aguda, como se assobiasse. O som fez o policial se lembrar de uma nota mental há muito esquecida; que deveria colocar um pouco de óleo nas dobradiças.
Jordan olhou em volta, se espreguiçando, observando o fim de tarde manchar as paredes de laranja. Estava satisfeito. Gostava de quando seu turno mais terminava cedo e ele não estava casado. Pois assim poderia se divertir um pouco e se distrair.
Nada de televisão ou qualquer merda do tipo. Só havia um meio para fazer isso. Parrish sabia muito bem disso. Uma vez que a imagem que lhe vinha em mente era recorrente; um par de olhos castanhos, um sorriso torto e um rosto pontilhado.
A gozada era certeza.
Jordan seguiu para a sua cama. Enquanto caminhava livrou-se dos sapatos e da gravata, deixando-os largados no chão. Estava animado e com pressa.
O policial lançou um olhar furtivo para a cama, precisamente para debaixo dela. Ele logo se agachou e esticou o braço, tateando o chão até encontrar uma alça. Quando o puxou trouxe consigo uma bagagem de mão.
Ajoelhado no assoalho - com as coxas torneadas quase estourando o tecido da calça justa - quase sentindo-se um pouquinho culpado pelo que estava prestes a fazer.
Uma pequena homenagem ao seu crush.
Jordan abriu a mala com certa pressa. Trazendo a luz sua singela coleção de brinquedinhos adultos. A pequena mala estava recheada deles. Dos mais diversos tipos, tamanhos e cores.
A mão do policial pairou sobre eles - indecisa - por um instante. Até ele pescar do interior o seu favorito.
Parrish o empunhou e o encarou com esmero. Era um pênis de borracha de dezessete centímetros bem realista. Pálido e com a cabeçorra rosinha. Ele mesmo havia pontilhado a extensão, para simular pintinhas e ficar do jeito que imaginava como seria.
O loiro arreganhou os dentes para o objeto. Se levantando e seguindo para o banheiro com passos apressados. Pronto para executar o seu ritual crepuscular.
Assim que chegou ao banheiro o policial hesitou. Os olhos pulavam do brinquedo para o box; chegando a conclusão de que não fazia o menor sentido ele se banhar primeiro. Uma vez que, ao terminar, estaria suado e gozado.
Parrish deixou o pênis sobre a pia e passou a desfivelar o cinto, se livrando da calça e da cueca.
Ele fitou seu reflexo no armarinho. Decidira ficar com o camisa creme de botões e suas meias sociais, que subiam-lhe até os joelhos. Antes de pegar o tubo com lubrificante.
