Capítulo 5

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Oi mozinssssss. Cês tão gostando?? Comentem se não a mamãe aqui não vai saber se vocês estão gostando ou não.

Boa Leitura, meus iludidos por camren
(não julgo porque também sou 😘❤)

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No dia seguinte Lauren chegou animada na agência. Estava com o layout do cardápio de Camila e doida pra ligar pra ela e mostrar. Atendeu um cliente que já tinha agendado uma visita e depois ligou pra ela. 
 
- Bom dia bonitinha. 
- Bom dia. 
- Seu layout está pronto. Por acaso sabe me informar o valor calórico de cada item? 
- Sei. 
- Então me mande que vou colocar. Acho que a informação nutricional vai ajudar. Os clientes se sentirão pressionados de forma positiva. – riu. 
- Interessante, assim eles podem ter noção de quanto comeram. 
- Se quiser pode colocar embaixo da cada suco ou prato, o que ele pode proporcionar a saúde. Vai ficar bem legal. 
- Vou te passar tudo por e-mail e aí você me manda pra que eu possa dar uma olhada. 
- Ah, achei que poderia ir aí te mostrar. 
- Não precisa, vamos ser práticas. 
 
Lauren ficou desapontada, queria ver a chef de novo. 
 
- Tudo bem, fico aguardando o restante das informações. 
 
Trocaram e-mails e Lauren enviou o anexo antes do almoço. Camila achou muito bonito. Ficou impressionada com o trabalho dela. Era um cardápio diferente, com cores alegres sem ser enjoativo. Era de muito bom gosto e achou que a publicitária merecia uma surpresa. Saiu de sua sala e passou pela de Dinah. 
 
- Vou almoçar fora e volto à tarde. 
- Preciso desmarcar algo? 
- Não, estarei aqui para todos os compromissos. 
 
Saiu e deixou a secretária curiosa. Quando entrou na Rio Quality pediu pra falar com Lauren, um rapaz muito bonito pediu que ela esperasse um minuto, mas esqueceu de perguntar quem era. 
 
- Não perguntou quem é? Já estou saindo pra almoçar. 
- Desculpe Lauren, foi a pressa porque sabia que já estava de saída. Eu vou pedir pra voltar outra hora. 
- Como é a pessoa? 
- É uma morena de cabelos cumpridos e olhos castanhos. Tenho a impressão que já a vi por aqui. 
- É baixinha? 
- Ahan. – riu. 
- Camila. Pode mandar entrar. 
 
O rapaz voltou e pediu que Camila o acompanhasse. Quando ela apontou na porta a morena já estava sorrindo. 
  
- Ei, que surpresa! 
- Desculpe vir sem avisar. 
- Você não precisa disso. 
- Vim porque achei fantástico o cardápio e vou mandar fazer, mas primeiro preciso saber como posso pagar pelo serviço. – mal acabou de falar e se arrependeu, sabia que viria algum comentário maldoso da parte de Lauren. 
- Hum, você acha mesmo que eu ia te cobrar? – a resposta a surpreendeu. – Não faria isso, primeiro porque eu que me ofereci, segundo que nem deu trabalho e por último, não cobraria nada de você. 
- Poxa, agora fiquei sem graça. 
- Não fique, estou fazendo com o maior prazer. E se precisar te ajudo em outros detalhes se quiser. 
- Detalhes? – olhou desconfiada. 
- Sim, alguma mudança no café, se quiser mudar logomarca, o interior. Pra mim está tudo ótimo viu? Só estou oferecendo meus serviços. 
- De graça eu não aceito, vai ficar chato. 
- Chato seria eu te convidar agora pra almoçar e você não aceitar. Por favor, estou morrendo de fome. – quase suplicava. 
 
Camila sorriu e aceitou. 
 
- Tudo bem, aonde vamos? 
- Tem um restaurante muito bom aqui perto, sempre almoço lá. 
- Estou à disposição. – sorriu. 
 
“Quem me dera…!” – pensou a morena. 
 
Almoçaram num clima agradável e conversaram tanto que pareciam conhecidas há anos. Camila se mostrou mais descontraída e Lauren a surpreendia com gestos e frases inusitadas. Deixando o papo mais engraçado e por incrível que pareça, se sentiu bem à vontade. Deram risada de vários assuntos e quando viram a hora, Camila estava atrasada para um compromisso. 
  
- Meu Deus! Preciso ir, tenho uma reunião agora e tenho que mandar meu texto para o jornal. 
- É da sua coluna? 
- Sim. 
- Eu leio, agora mais assiduamente. – sorriu. – Sobre quem ou o que vai falar hoje? 
- Coincidentemente mencionei esse restaurante. 
- Olha e vai falar bem? 
- Você vai ler. – sorriu. 
Saíram e com muita insistência Lauren deixou a chef no escritório, parou em frente e ela desceu do carro. 
 
- Obrigada pela carona. 
- Eu que agradeço a companhia. 
 
Quando Camila chegou, Dinah estava a toda ligando para o celular dela. 
 
- Mulher! Onde se meteu? O pessoal quase que vai embora. 
- Desculpa gente, me enrolei no trânsito e infelizmente não tive o que fazer. Vamos começar… 
 
Sentou rapidamente e de longe se via mais agitada e com um sorriso fascinante. Dinah estranhou. Aproveitou que não precisou ficar na sala e foi ligar pra Lauren. 
  
- O sorriso dela é por sua causa? 
- Ela está sorrindo? 
- E muito, me diga qual foi o segredo? 
- Um almoço, conversa agradável, acho que fiz ela rir e se distrair um pouco. 
- Camila precisa disso, faça mais vezes. Ta ganhando minha chefinha. Não a vejo tão empolgada assim faz um tempo. Ela só se empolga com uma receita nova ou um elogio da crítica. Vai em frente Lauren. 
- Estou fazendo meu melhor. 
Mais tarde quando Lauren leu a coluna de Camila, ficou surpresa. Ela falou sobre o restaurante e disse que era um dos melhores lugares da cidade e que a boa companhia fechava com excelência. Seu ego foi lá nas alturas e isso deu mais impulso para conquistá-la. 
Na sexta-feira Camila ficou por conta de elaborar a festa de um ano e só ficou tranquila quando seus funcionários acabaram de arrumar tudo pra ir embora. Os pais haviam ficado satisfeitíssimos e já tinham agendado uma festa de noventa anos para daqui um mês. 
 
- Vou olhar como está a agenda. – Camila falou educadamente. 
- Por favor, nos consiga uma data. Minha mãe adorou a festa e disse que você é a melhor. Eu pago o que for preciso. 
 
Apesar de o dinheiro ser bem vindo, Camila não se deixava abalar por comentários assim. 
 
- Farei o que puder, na segunda converso com minha secretária e ela entra em contato com vocês. 
 
Depois de agradecerem, ela saiu. Só não contava com a chuva forte que caía lá fora. 
- Gente, como vou pra casa? - tentou uma rua e estava impedida, tentou outra e a água já havia tomado boa parte. Seu carro era alto, mas não quis arriscar. Ligou pra Dinah, mas o celular dela não atendia. – Ingrata, onde você está que não me ajuda nessa hora!? 
 
Pensou em ir para um hotel, mas nos que conhecia não conseguia chegar. Por fim, parou num canto e ficou esperando dentro do carro. Em dado momento a chuva piorou e ela ficou com medo. Tentou o celular de Dinah mais uma vez, mas sem sucesso. Seu último recurso foi Lauren, ligou no celular e rezando pra que ela atendesse. O telefone tocou, tocou e o medo começou a tomar conta. 
 
Lauren saía do banho quando ouviu seu celular tocar. Quando olhou pra ver quem era, quase não acreditou. 
 
- Camila?! Ah, por isso essa chuva toda. – riu de si mesma. – Alô! 
- Lauren, desculpe te incomodar essa hora, mas eu estou aqui na Barra com problemas pra voltar pra casa nessa chuva. Você poderia me ajudar? 
- Me dá seu endereço, estou descendo agora pra encontrar com você. 
 
Camila passou o endereço e Lauren foi de táxi, assim poderiam voltar no carro dela. Com toda experiência do motorista, não demorou muito a ver de longe o carro da mais nova. Pediu que ele parasse ao lado e desceu rapidamente. Bateu no vidro e Camila abriu. 

- Ei, ficou presa. Deveria ter me ligado antes, não precisava ficar aqui sozinha. 
- Não queria incomodar ninguém. 
- Você nunca me incomoda Camila. Vamos, sai por aqui. Naquela rua sai direto pro meu apartamento. – apontou. 
Camila foi com muita calma e quase uma hora depois chegaram ao apartamento de Lauren. Deixou o carro na garagem e subiram. Estava quieta, como se tivesse incomodada. Na verdade não queria estar ali, queria estar em casa no seu cantinho. Quando a morena abriu a porta ela se espantou ao ver o apartamento. Tinha uma mistura de rústico com clássico. Paredes com detalhes em tijolinhos, móveis modernos e muito espaço. Uma escada muito parecida com a de sua casa, toda de vidro levava ao segundo andar e de onde estava podia ver o lado de fora. Lauren também gostava de vidro, assim como ela. 
 
- Seja bem vinda. – sorriu a publicitária. – Venha, vamos ficar ali fora pra ver a chuva, tem um lugar aqui que acho que vai gostar. 
Pegou Camila pela mão e a levou na varanda, era grande e tinha o que parecia ser uma cama, era transparente e com um colchão de casal. Podiam ver a chuva cair e ao fundo no detalhe particular, a vista do mar. Camila ficou impressionada, tanto que até então não conseguiu articular uma palavra. 
 
- Tudo bem? – Lauren perguntou preocupada. 
- Tudo, eu… gostei do seu apartamento. Muito bonito. 
- Obrigada. Viu? Não é só você que gosta de vidro. 
 
Camila sorriu do comentário. 
 
- Vem, senta aqui. Está com fome? 
- Agora não. Já estive, mas o tempo que fiquei esperando no carro e o medo da água subir e me carregar foi tanto que até perdi o apetite. 
- Ô tadinha, devia ter me ligado. Sabe onde moro e estava mais perto de você meu anjo. 
- Não gosto de incomodar ninguém. 
- Espero que não haja uma próxima vez, mas se houver, por favor, me ligue. Você não incomoda. Olha, aqui não é a casa de uma famosa chef de cozinha, mas tem algumas coisinhas pra comer. Vou preparar um sanduíche pra você. 
- Ah eu quero ver isso. 
- Está desconfiando da minha capacidade culinária? – a morena levantou uma sobrancelha, gesto que Camila achou lindo. 
- Não, imagina, estou querendo te ver na cozinha só isso. 
- Em muitas culturas essa sua vontade seria uma tara sexual. – riu fazendo a chef rir. 
Lauren preparou o sanduíche sob os olhos atentos de Camila. Quando entregou para ela sorriu. 
 
- Se tiver bom, pode colocar no seu café. Aí você põe meu nome nele. 
- Claro, vai esperando. 
- Ah, está desdenhando de mim. – fez bico. – Pois vai comer e gostar. 
 
Camila comeu e realmente estava gostoso, mas não disse nada. Depois que terminou é que deu seu veredito. 
 
- Pra uma publicitária, até que você fez um bom sanduíche. 
- Viu como tenho muitas qualidades? 
- Ahan, fazer sanduíche, ser muito solícita, conquistadora nata… 
- Salva vidas e muito, mas muito gentil. E não gostei da parte da conquistadora nata. Não sou conquistadora. 
- Você é sim e gosta disso. 
 
Lauren achou graça do modo como ela falava, parecia que Camila a conhecia, mas tinha muitas qualidades que ela nem imaginava. 
 
A chuva não dava trégua e Camila ficava cada vez mais preocupada. Seu rosto denunciava porque não parava de franzir a testa. 
 
- Na sua casa não vai água, vai? 
- Não, lá é alto e nem tem rio perto. 
- Por que está com essa carinha então? 
 
Às vezes a mais nova achava meio bobo o tratamento de Lauren com ela, não tinha intimidade para ela a chamar de meu anjo, nem tratá-la com adjetivos no diminutivo. Só não havia falado nada, para não chateá-la. Seu pensamento foi cortado pela insistência da outra. 
- Ta preocupada mesmo. 
- É que eu quero ir pra casa, quero tomar banho, descansar. Meu dia foi longo. 
- Sem querer te desanimar, mas com essa chuva toda, acho bem difícil que consiga voltar pra casa hoje. É óbvio que iria te levar, mas o centro do Rio deve estar debaixo d’água. Dorme aqui. 
- De jeito nenhum! 
- Qual o problema? Se você não dormir aqui vai dormir aonde? 
- Não sei, mas aqui não. 
- Nossa, está tão ruim assim? – perguntou chateada. 
- Me desculpe, não falei por mal. – Camila se arrependeu. – É que eu estou cansada, precisando de banho, queria ficar na minha casa. 
  
Lauren ponderou, porque Camila tinha razão em querer descansar, estava muito tarde. 
 
- Façamos o seguinte, tome seu banho, eu te empresto uma roupa de dormir e você fica no meu quarto. Eu durmo na sala. 
- Não precisa se descolar por minha causa, vai dormir mal. 
- Você não conhece meu sofá, não tem como dormir mal nele. – riu. – Vem, tome seu banho pra relaxar. 
 
Levou Camila até seu quarto, já imaginando a cara dela quando visse o banheiro. Quando Camila entrou nem conseguiu disfarçar o susto. 
 
- Deus do céu! Seu banheiro é no meio do quarto? 
 
Lauren soltou uma gargalhada. 
 
- Calma, só o chuveiro e a banheira. – ela se referia à redoma de vidro que ficava no quarto, qualquer um que estivesse lá veria quem estava no chuveiro. 
- Você não tem vergonha de tomar banho aí? 
- Como assim vergonha? Moro sozinha, vou ter vergonha de quem? – ainda ria. – Calma que eu vou sair do quarto pra você tomar seu banho. 
- Só tem esse banheiro aqui? 
- Não Camila, tem o social e um lavabo lá embaixo, mas esse é mais confortável. Fique a vontade. Tem toalha e um roupão pra você aqui. – entregou à chef. – Quando terminar estarei na sala aqui do lado, é só chamar. 
  
Camila tomou banho se sentindo vigiada, depois que saiu do quarto foi chamar por Lauren, mas ela cochilava no sofá. Sentou numa mesa de centro próxima e ficou olhando, como se velasse seu sono. Tinha um rosto tão calmo dormindo que parecia um anjo. 
 
“Anjo!? E por que não? O que ela te fez pra pensar o contrário?” – seu rosto era muito bonito. O nariz era perfeito e a boca parecia ter sido esculpida a mão. Os cílios eram longos e o cabelo muito bonito, quis passar a mão, mas teve receio de acordá-la. Chegou bem perto do rosto dela e sentiu seu perfume, se não tivesse juízo, a beijaria naquele momento. Perdeu a noção do tempo com aquela proximidade que Lauren abriu os olhos de repente. 
-Oi!– sorriu. 
- Não me assusta! – Camila se afastou rapidamente. 
- Eu quem deveria estar assustada. Você aqui me encarando. Senti seu perfume e acordei. 
- Não estou usando perfume. – levantou e andou pro lado da janela. 
- Só que você tem um cheirinho muito bom, com perfume ou não. Não quer dormir? Achei que estivesse no segundo sono. 
- Vim dar boa noite. – falou sem encará-la. 
- Ah… boa noite então. Durma bem e se precisar de qualquer coisa me chame. 
- Obrigada pela ajuda mais uma vez, pode deixar que amanhã cedo eu vou embora. 
- Sem pressa, uma coisa de cada vez e agora é dormir. 
 
Lauren a levou até o quarto ajeitou a cama, Camila não podia reclamar, pois a morena a deixou bem à vontade. Dormiu que nem percebeu. 
Acordou, porque seu relógio biológico não permitia que acordasse tarde. Podia dormir a hora que fosse que no dia seguinte estava de pé as sete. Depois que saiu de casa, nunca mais conseguiu ter um sono tranquilo. Era sempre agitado e cheio de sonhos ou pesadelos que ela preferia ficar acordada mesmo. Foi ao banheiro e depois que saiu do quarto passou pela sala, Lauren ainda dormia. Desceu e entrou na cozinha, teve a ideia de fazer um café da manha. Pensou que seria uma boa forma de agradecer. Procurou ovos na geladeira e se sentiu mal por estar intrometendo nas coisas dela. 
 
- É por uma boa causa. 
 
Rapidamente preparou uma omelete com ricota temperada e azeite. Procurou ingredientes pra fazer uma panqueca, fez um molho leve de peito de peru e outro doce de mel com creme de leite. Picou frutas e deixou ao lado para colocar na panqueca. Fez café e esquentou o leite. Pegou algumas laranjas e fez um suco também. Mexer com aquela comida lhe deu fome, mas não queria comer antes de Lauren. Nem se tocou de que a esperava pra tomar café com ansiedade. Subiu as escadas e foi até a sala onde ela dormia. Sentou novamente na mesinha de frente para Lauren e tentou chamá-la. 
- Ei… – falou baixinho. – Acorda moça! Já é tarde. – alisava os cabelos. – Lauren… psiu. – tirou uma mexa da franja e passou as costas da mão no rosto dela. 
- Hum… – a morena resmungou. – Já quer ir embora? Quantas horas? – esfregou os olhos. 
- São quase oito horas, mas… 
- Oito da manhã? Você está me acordando às oito horas da manhã? Não acredito. – colocou as mãos no rosto e respirou fundo. 
- Ué eu… ah… não é tão cedo. Eu queria que você… 
- Pode se considerar a única pessoa do mundo que teve coragem de me acordar. – levantou e ficou de frente pra ela. – E de bom humor, porque só de ver esses olhinhos, meu dia já promete coisas boas. – sorriu. Lauren tinha a capacidade de desconsertar Camila e isso a incomodava. 
- Fiz uma coisa, vem… – a pegou pela mão e puxou pra descerem. 
- Calma, me deixa trocar de roupa. 
- Não, está ótima. Anda! 
 
Lauren riu. 
 
- Estou é? Primeira vez que me faz um elogio. 
 
Camila parou e olhou pra trás. 
  
- Mentira! Já elogiei seu trabalho. 
- Não é a mesma coisa, elogio pessoal conta mais. 
- Para de graça, vamos. 
 
Entraram na cozinha e a mesa estava posta. 
 
- Nossa que lindo! Quem fez? – a cara era de uma criança levada. 
 
Camila olhou sério pra ela. 
 
- Brincadeira. Que linda a mesa, adorei. Abriu meu apetite, coisa rara de manhã. 
 
Por um momento a chef ficou chateada, havia se esforçado e sentiu que era em vão. 
 
- Sabia que há muito tempo não tenho um café da manhã? Acho que é por isso que não como de manhã, não tenho animo de fazer só pra mim. Nem quando viajo e fico em hotel eu desço pra comer. – olhou pra ela. – Deve ser por isso que te admiro tanto, pela capacidade de me surpreender com coisas simples e que enchem meu coração de alegria. 
 
Camila ficou até vermelha pela declaração. Lauren é que não sabia, mas ela sim a surpreendia sempre e isso estava a amolecendo. 
 
- Vamos comer então? 
- E o que tem de bom? 
 
A chef a serviu e contou como foi fazendo cada item. Comeram conversando sobre vários assuntos e descobriram que tinham muitas coisas em comum e outras muito diferentes, mas isso não minava o sentimento que crescia entre elas. 
 
- Eu nem sabia que tinha isso tudo na minha cozinha. 
- Pra você ver que ter imaginação não é só pra publicitário. – riu. 
- Um a zero pra você. – piscou o olho pra ela. 
 
Depois de tomar café Camila quis ir pra casa, estava preocupada, pois naquele sábado teria mais uma festa a realizar. 

- Esse final de semana você está bem ocupada, não? 
- Sim, chego a emendar uma semana na outra sem folga. 
- Tenho uma amiga que quer fazer uma festa para os filhos, vou indicar você. Posso? 
- Claro. Passe meu telefone pra ela. É aniversário? 
- Não, parece que é alguma comemoração da escola. É aquela com quem estava conversando no seu café outro dia. 
- Ah sim, me lembrei. Bom, muito obrigada pela ajuda. Você mais uma vez me salvou. 
- Sou boa nisso. – sorriu. 
- E é modesta também. 
 
Despediram-se depois de ainda esticarem a conversa. A sensação era de que nem uma nem outra queria se separar. Como sempre, Camila foi quem cortou o clima e saiu, deixando a morena pensativa. 
 
- Será que ela está cedendo? – se perguntou.

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