Capítulo 09

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Meia-hora depois, diversos carros com agentes da Polícia Federal e Interpol entravam no Porto de Suape, onde foram recebidos a tiros num fogo cruzado. Por um lado, num pátio repleto de contêineres, os três sérvios disparavam com pistolas e submetralhadoras. Do outro lado, na entrada de um grande galpão, os dois egípcios atiravam com AKs 47.

Quando os agentes chegaram, os três eslovacos já enfrentavam os dois egípcios que revidavam com muitas rajadas. Tiros atingiram o SUV onde Henrico estava e a adrenalina corria como fogo em suas veias. Saindo do carro, um dos policiais federais, ao lado de Henrico foi atingido no peito e caiu, logo se levantando com uma careta de dor. Nada grave, afinal todos eles estavam usando coletes à prova de balas. Carlos Assis, com um fuzil H&K G36 avançava, atirando, contra o trio balcânico e Henrico viu um deles ser lançado para trás com sangue espirrando pelo ar.

Henrico avançou também, mas logo sentiu seu braço, perto do ombro, sofrer um impacto que espalhou uma onda de dor por todo o lado esquerdo de seu corpo. Largou o fuzil no chão e puxou do coldre na coxa direita a sua pistola Glock 17 e, antes de dar seu primeiro tiro em ação pela Interpol, viu os dois sérvios que permaneciam de pé se rendendo.

Nesse momento, os dois egípcios corriam para dentro do balcão, virando para trás e atirando. Henrico e outros agentes correram atrás deles, também atirando. Um dos egípcios caiu ferido e o outro parou de repente, erguendo os braços e se rendendo.

A ação durou poucos minutos. A superioridade numérica da PF e Interpol prevaleceu. Um dos egípcios foi morto e também Jovan Kolarov. O outro membro da Irmandade Muçulmana foi preso e também os sérvios Radmilo e Lazar.

Henrico segurava o braço esquerdo com a mão direita, reduzindo a hemorragia que o tiro lhe causara. Ele não era especialista, mas tinha conhecimento suficiente para saber que havia sido de raspão e assim que recebesse atendimento médico estaria bem. No momento, havia algo mais importante para fazer. Olhou para o agente Assis e gesticulou com a cabeça na direção do edifício da Central de Operação Portuária. Ambos, então, correram para lá com o objetivo de impedir que zarpasse um dos navios gregos.

A Mão Negra (Conto em 10 capítulos - Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora