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MIGUEL
Quando recebi uma ligação da Sabrina há uns meses atrás falando que a nossa mãe havia falecido, eu simplesmente não acreditei, paralisei na hora, deixei ela falando só, eu nem se quer conseguia prestar atenção no que ela estava falando, parecia até que eu tinha perdido um pedaço de mim, sai dos meus pensamentos ao pensar na Sabrina, por mais que eu sentisse a dor da perda naquele momento, me preocupava muito com a minha irmã, ela sempre foi muito apegada a nossa mãe. Perguntei a ela se ela queria morar comigo, eu sabia que seria difícil ficar de luto naquela casa, ela não gostava muito de lá e muito menos da nossa madrasta, que a tratava com indiferença aos outros filhos do nosso pai, ela disse que iria ficar lá por mais um tempo até estar perto de completar seus dezoito anos para que nosso pai não pudesse a impedir de vir. Sempre que dava eu ligava para ela, via como ela estava ou como ia no colégio, implicava com ela mesmo que de longe, ela odiava. Fui cada vez mais ficando sem tempo, aparecia vários serviços e ficava sempre mais difícil de nos comunicarmos, confesso que a gente se distanciou um pouco.
|Los Angeles, sexta-feira [16:25]|
Chego uma hora antes do avião dela pousar, tentando pensar em algo pra falar ou consolar-la, e não me veio nada em minha mente. Ela tinha me mandado uma mensagem avisando que havia desembarcado e eu a procurava entre tanta gente, vejo ela de longe com suas malas, eu aceno pra ela e fico muito animado ao vê-la, naquele momento percebi que eu precisava ver um rosto familiar, confesso que ela já havia mudado muito, já não era aquela menina franzina que eu conhecia há quase quatro anos atrás, agora ela já é uma mulher. Logo ela me vê e vem até mim, sorrio com a animação de vê-la, abraço ela tentando matar a saudade, seguimos até o meu carro. Depois disso nós fomos para casa.
Quase todo o caminho foi silencioso, já que não sabia o que perguntar ou falar para ela, percebia que ela olhava atentamente cada canto do bairro, e logo ela quebra aquele silêncio perguntando sobre o meu trabalho, a respondo e logo mudo o rumo da conversa tentando não demostrar nada, eu não queria que ela soubesse que eu havia entrado para uma gangue.
Ao chegarmos comecei a colocar as bagagens dentro de casa e a vejo indo em direção a sala, olhando cada pedacinho da casa e quando fecho a porta vejo que ela tá com o quadro que tinha a foto da nossa mãe, sem saber o que fazer abracei ela e tentei não chorar, por mais que eu tivesse com o choro preso após ver ela se derreter em lágrimas, mas prometi cuidar dela e é isso que vou fazer.
Depois que minha mãe e a Sabrina foram embora, continuei trabalhando na lanchonete por quase um ano mas precisava de mais dinheiro, meu orgulho não me deixava pedir para minha mãe e principalmente para o meu pai, então fui fazendo alguns serviços para uma gangue e quando fui perceber eu já estava nela.
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Where it all began
FanfictionSabrina é uma menina que teve que se mudar para o México e depois de quase quatro anos ela retorna para los Angeles, para sua antiga casa, nesse retorno tudo muda complemente, principalmente a sua vida. Ela enfrenta de tudo para se manter próxima da...